“Redata potencializa P&D e o conhecimento nacional”, diz general manager da Lenovo

Para Erick Pascoalato, menos custos para construir grandes equipamentos de armazenamento de dados vai elevar o patamar do Brasil, que tem ainda a questão energétia como aliada na atração de projetos

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Imagens: Reprodução Lenovo

Brasil possui 188 os 12 mil datacenters espalhados pelo mundo

Brasil possui 188 os 12 mil datacenters espalhados pelo mundo

Durante apresentação na manhã de terça-feira, em São Paulo, da linha de workstations e de um modelo de storage que serão fabricados no Brasil pela Lenovo, Erick Pascoalato, general manager de infraestrutura da companhia no País, comentou sobre o potencial do Redata (Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center no Brasil), regulamentado por medida provisória do governo federal, que garante incentivos fiscais e até isenções na aquisição de equipamentos. “Trazendo equipamentos sem impostos, podemos potencializar o setor de pesquisa e desenvolvimento, além do conhecimento nacional”, afirmou o executivo.

“A hora que os datacenters começarem a ser criados aqui, cada vez mais potencializamos o conhecimento que, agora, está lá fora e trazemos para o conhecimento nacional”, complementou Pascoalato ao citar, por exemplo, projeto da Lenovo de tradução simultânea de Libras (Língua Brasileira de Sinais) entre devices usando Inteligência Artificial. “Poderemos executar mais projetos desse tipo.”.

Para o executivo, os Estados Unidos — que absorvem 46% de toda a estrutura de armazenamento de dados do planeta (são cerca de 12 mil) — estão ficando saturados, o que abre possibilidades para o Brasil (que possui 188 datacenters), especialmente pela questão energética, muito demandada pelos datacenters.

“Temos muita qualidade em energia ainda. Hoje se desligam algumas fontes de energia para não dar sobrecarga no sistema”, disse o general manager. “A hora que tirar esse firewall dos custos, os datacenters vão voar por aqui.”

Segundo o governo, o Redata traz mais segurança e soberania para tratamento e armazenamento de dados no País. As empresas beneficiadas terão que investir 2% de seus investimentos em P&D nas cadeias produtivas digitais no Brasil, ao menos 10% dos serviços deverão ser reservados para o mercado interno e os projetos deverão cumprir exigências de sustentabilidade, com energia renovável ou limpa, além de eficiência hídrica.

O supercomputador Harpia é o maior equipamento da América Latina e está entre os 200 mais poderosos do mundo
O supercomputador Harpia é o maior equipamento da América Latina e está entre os 200 mais poderosos do mundo

Contratos com a Petrobras

Ao lado de Pascoalato, Daniel Bittencourt, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Lenovo, falou sobre o contrato de R$ 150 milhões junto à Petrobras para fornecimento de máquinas e prestação de serviços tecnológicos. O acordo foi assinado na segunda-feira (1º).

“São 2.500 devices de storages e uma parcela significativa de workstations, que vão ser instaladas nos datacenters da Petrobras. Equipamentos mais high-end, com as GPUs mais avançadas que temos para disponibilizar, como as da NVIDIA, juntamente com os bastidores, ou racks, e toda uma camada grande de serviços para instalação”, explicou.

No ano passado, a Petrobras encomendou à Lenovo cinco supercomputadores no valor de R$ 500 milhões. A entrega do primeiro, de R$ 435 milhões, ocorreu em agosto.

O supercomputador Harpia é o maior equipamento da América Latina e está entre os 200 mais poderosos do mundo. A máquina equivale a 10 milhões de celulares ou 200 mil notebooks, aumentando a capacidade computacional da Petrobras em mais de 60%.

O equipamento possui cerca de 50 toneladas e mede aproximadamente 50 metros de comprimento, considerando todas as suas partes alinhadas. É utilizado pelos geofísicos da Petrobras para processar dados sísmicos brutos e transformá-los em imagens detalhadas do subsolo.

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