Federer entra para o clube dos bilionários graças a investimentos fora das quadras

Tenista segue os passos de outras estrelas do esporte que transformaram fama em impérios financeiros. Nomes como Tiger Woods, LeBron James e Michael Jordan também atingiram cifras bilionárias

Preston Fore (Fortune)
Compartilhe:

Imagens: GettyImages

Parceiro de marcas de luxo como Rolex, Mercedes-Benz e Lindt, Federer acumulou cifras milionárias com patrocínios

Parceiro de marcas de luxo como Rolex, Mercedes-Benz e Lindt, Federer acumulou cifras milionárias com patrocínios

Lendário do tênis com 20 títulos de Grand Slam no currículo, Roger Federer agora integra o seleto grupo de bilionários. Aos 43 anos, o suíço acumula um patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão, segundo o índice de bilionários da Bloomberg. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, a maior parte dessa fortuna não veio das quadras.

Em 24 anos de carreira, Federer faturou cerca de US$ 130,6 milhões em prêmios. Oito conquistas em Wimbledon e cinco no US Open fazem dele um dos maiores nomes da história do tênis. Ainda assim, são os acordos comerciais e os investimentos fora do esporte que realmente alavancaram sua riqueza.

Parceiro de marcas de luxo como Rolex, Mercedes-Benz e Lindt, Federer acumulou cifras milionárias com patrocínios. Estima-se que ele receba US$ 8 milhões por ano da Rolex e US$ 5 milhões da Mercedes-Benz. O contrato com a fabricante de chocolates Lindt já rendeu cerca de US$ 20 milhões ao atleta.

A guinada mais significativa, no entanto, ocorreu em 2018, quando Federer encerrou uma parceria de décadas com a Nike e firmou um contrato com a marca japonesa Uniqlo, no valor de US$ 300 milhões por 10 anos.

Outro movimento estratégico foi a aposta na marca suíça de calçados esportivos On, em 2019. Federer adquiriu 3% da empresa após notar o entusiasmo da esposa e de amigos pelos produtos. Desde então, a On se popularizou nos Estados Unidos e, segundo a Bloomberg, hoje está avaliada em US$ 17 bilhões. Com isso, a participação do tenista pode valer pelo menos US$ 500 milhões.

Mesmo com uma carreira marcada por excelência no esporte, Federer tem reforçado a importância de buscar um propósito maior. Em discurso para formandos da Universidade Dartmouth, em 2024, incentivou os jovens da Geração Z a olharem além do mundo conhecido:
“Todos vocês têm muito a oferecer, e espero que encontrem suas próprias formas de fazer a diferença, porque a vida é muito maior do que a quadra”, afirmou.

Federer segue os passos de outras estrelas do esporte que transformaram fama em impérios financeiros. Nomes como Tiger Woods, LeBron James e Michael Jordan também atingiram cifras bilionárias ao explorar sua imagem fora do campo ou das quadras.

Com as redes sociais e mudanças nas regras sobre uso de imagem (NIL, na sigla em inglês), atletas conseguem fechar contratos publicitários ainda mais cedo. Já existem jovens esportistas que se tornaram milionários antes mesmo de completar 18 anos. De acordo com o site On3, dezenas de atletas universitários possuem acordos de patrocínio milionários.

Por outro lado, esse novo cenário também levanta debates. Para ex-jogadores como Shaquille O’Neal, o foco excessivo no dinheiro pode prejudicar o desenvolvimento dos atletas. Em seu podcast, ele criticou a movimentação frequente de estudantes entre universidades em busca de melhores contratos:
“Se eu te der um cheque de um milhão de dólares, você não pode ficar só 300 dias. Tem que me dar pelo menos dois anos”, afirmou.

A trajetória de Federer exemplifica como o esporte se tornou uma vitrine global não apenas para o talento atlético, mas também para estratégias de negócios cada vez mais lucrativas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

ASSINE NOSSA NEWSLETTER E
FIQUE POR DENTRO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO MERCADO

    Quer receber notícias pelo Whatsapp ou Telegram? Clique nos ícones e participe de nossas comunidades.