Hurst Capital cresce em ativos alternativos, desconectados de bolsa e juros altos

Com R$ 2 bilhões em ativos, de 115 mil investidores de 110 países, fintech brasileira visa fechar 20 parcerias neste ano e liderar o mercado de investimentos alternativos

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Imagens: Divulgação

Arthur Farache, CEO: "Os fluxos de caixa desses ativos alternativos têm baixa correlação com os ativos tradicionais"

Arthur Farache, CEO: "Os fluxos de caixa desses ativos alternativos têm baixa correlação com os ativos tradicionais"

A Hurst Capital nasceu em 2017 para universalizar – e democratizar – o acesso aos ativos alternativos que, até então, tradicionalmente eram acessíveis apenas para detentores de grandes fortunas. É necessário dizer que o momento era favorável, já que a taxa Selic fechou aquele ano em 7%. Dali em diante, caiu até 2020, quando chegou ao patamar de 2%. Nos anos seguintes, houve uma subida vertiginosa e oscilações: 2021 (9,25%), 2022 (13,75%), 2023 (11,75%), 2024 (12,25%) e atualmente está em 14,75%. Mesmo nesse período, em que a procura por renda fixa se torna atrativa, a Hurst se desenvolveu.

O motivo? Arthur Farache, CEO da fintech, é quem dá os argumentos: “São investimentos com alta descorrelação do mercado tradicional, de juros ou de bolsa. Os fluxos de caixa desses ativos alternativos têm baixa ou nenhuma correlação com os ativos tradicionais que o investidor já tem na carteira. Então, não importa muito se a bolsa está subindo ou caindo, se a Selic cai ou sobe, se o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) aumenta ou diminui o índice. No final do dia, os nossos riscos são bem desconectados disso tudo”, afirmou o executivo ao BRAZIL ECONOMY. “São ativos ideais para diversificação da carteira, para aumentar a rentabilidade e diminuir a volatilidade.”

A busca por esse modelo de investimento tem impulsionado os negócios da Hurst, que, no ano passado, aumentou sua base de ativos em 70%, alcançando R$ 2 bilhões. São 115 mil investidores, de 110 países. “A rentabilidade média dos últimos anos é de 21,1% ao ano”, afirmou Farache. Para 2025, a expectativa de crescimento é de 40% na base de clientes.

Para isso, a Hurst Capital visa promover 20 novas parcerias internacionais. Os alvos são os mercados dos Estados Unidos, Europa, Ásia e Oriente Médio. Esse movimento de olhar para fora já tem ganhado força na operação da companhia.

“Hoje temos três importantes operações em andamento, mas já estamos em negociações para entrarmos em outras. E, em cinco anos, queremos estar presentes nesses principais mercados internacionais”, afirmou o CEO da Hurst.

A plataforma brasileira de ativos alternativos já possui três grandes operações no exterior. Uma delas é com a Neural Growth / OurCrowd AI Fund e envolve a big tech Nvidia, uma das maiores companhias de tecnologia do mundo.

A Hurst participa da captação de recursos em conjunto com a plataforma de venture capital OurCrowd, que gerencia mais de US$ 2,3 bilhões e investiu em mais de 440 empresas e 56 fundos em cinco continentes. A OurCrowd colabora com o programa Nvidia Inception para oferecer suporte técnico e acesso a recursos avançados para startups de inteligência artificial. Com prazo de 100 meses, a expectativa é de rentabilidade de 23,81% ao ano, em dólar.

Outra operação internacional ocorre em parceria com a Realty Mogul, referência em crowdfunding imobiliário nos Estados Unidos. Com duração de 15 meses e rentabilidade em dólar de cerca de 13% ao ano, os investidores miram participação na aquisição indireta do Woodford Ridge, um complexo classe A com 93 casas para aluguel, em Bonaire, na Geórgia.

Também está em andamento, pela Hurst Capital, a operação de certificado de recebíveis Stock Options – Techs USA, em parceria exclusiva com o fundo Cedar Tree, que oferece acesso a um portfólio de aproximadamente 120 empresas privadas líderes de tecnologia nos EUA, entre elas alguns unicórnios. Com prazo de 52 meses, a expectativa de retorno é de 20% ao ano, em dólar.

Nos três casos, o aporte mínimo é de R$ 10 mil.

“Fomos pioneiros no Brasil em originar, oferecer oportunidades e tornar acessíveis investimentos em ativos reais para diversificação em carteiras. Por isso, nos tornamos referência e ganhamos a confiança de parceiros estrangeiros, como esses dos Estados Unidos – país onde a fiscalização e as punições para quem descumpre regras são muito mais severas”, disse Farache.

“Atendemos aos altos níveis de exigência daquele mercado”, concluiu o CEO da Hurst, que objetiva transformar a empresa na maior plataforma do mundo em investimentos alternativos.

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