Por trás de um dos nomes mais tradicionais e inovadores do mercado imobiliário brasileiro, o Grupo Katz entra em 2025 com metas ambiciosas e um plano ousado para dobrar seu Valor Geral de Vendas (VGV). A meta: alcançar R$ 300 milhões neste ano, o dobro dos R$ 150 milhões registrados em 2024. E o caminho para isso passa por inovação, sustentabilidade e uma boa dose de ousadia.
Presente há 50 anos no setor e com atuação concentrada em Minas Gerais, São Paulo e Bahia, o grupo é composto por três empresas com DNA complementar: a Katz, voltada para incorporações residenciais e comerciais; a Hauz, especializada em construções personalizadas de alto padrão; e a Cosmos 3D, braço tecnológico com impressão 3D de estruturas em concreto.
Um dos pilares da nova fase do grupo é a internacionalização. Com a Cosmos 3D — fruto de uma joint venture com a espanhola IT3D — o Grupo Katz está levando inovação nacional para além das fronteiras. A empresa já atua em Portugal e na Espanha, sendo pioneira na aplicação de impressão 3D de concreto em larga escala na construção civil europeia. “A exportação de tecnologia é um passo estratégico. Estamos levando inovação para outros mercados com o objetivo de transformar a forma como construímos”, afirmou Daniel Katz, CEO do grupo, em entrevista ao BRAZIL ECONOMY.

Além da tecnologia, a sustentabilidade vem ganhando protagonismo nas operações. O grupo tem incorporado o uso de energia solar, materiais recicláveis e madeiras de reflorestamento em seus projetos. “Nosso compromisso com o meio ambiente está presente em cada etapa do processo construtivo”, reforçou Katz.
A aposta na impressão 3D também ajuda nesse sentido. A tecnologia permite criar estruturas personalizadas com maior rapidez, precisão e menos desperdício de material — reduzindo custos e impacto ambiental.
Luxo em alta e planos para o futuro
Mesmo em meio a um cenário econômico de juros elevados e consumo retraído, o Grupo Katz aposta na força do mercado de alto padrão. Segundo Katz, o público desse segmento continua aquecido e menos suscetível às oscilações macroeconômicas. A Hauz, por exemplo, encerrou 2024 com R$ 150 milhões em obras, incluindo projetos de peso como o Hotel Clara Arte e o hotel do Inhotim, em Minas Gerais.
“Queremos estar entre os responsáveis pelos prédios mais luxuosos do Brasil nos próximos 10 anos. Esse é o nosso objetivo, sempre com assinatura de qualidade e exclusividade”, afirmou o CEO.
De olho nas tendências globais, o Grupo Katz também está desenvolvendo soluções em construção modular e retrofit — modelo que visa a revitalização de imóveis antigos com novas tecnologias e eficiência energética.
“Nossa missão é criar casas e estruturas de alta performance e sustentabilidade. A construção modular é uma grande aliada nesse processo”, explica o CEO.
Com um backlog estimado em R$ 700 milhões, o Grupo Katz vê a crise como uma oportunidade de diferenciação. “Sabemos como navegar em águas turbulentas. Nossa experiência, aliada à capacidade de inovar, tem aberto caminhos para crescer mesmo em um mercado mais seletivo”, comentou.
Com foco em diversificação, sofisticação e tecnologia, o grupo segue se reinventando — agora com o olhar voltado para o futuro da construção. “A impressão 3D vai revolucionar o setor e estamos prontos para liderar essa transformação, no Brasil e no mundo.”