Villa Piva, marca de produtos naturais e saudáveis, entra em uma nova fase. A empresa da influenciadora digital e empresária Maria Rudge Piva de Albuquerque e do empreendedor Otávio Piva de Albuquerque Filho vai inaugurar sua primeira loja física no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, nas próximas semanas. O contrato acaba de ser assinado, e o Villa Piva Café, que também terá uma experiência de venda de outros produtos da empresa, começa a ser montado em uma nova área de bem-estar que está sendo instalada no centro de compras, um dos mais requintados e tradicionais da capital paulista.
A produtora de sucos, água de coco, chás, cafés, geleias e mel, que até então comercializava seus itens no e-commerce próprio e de parceiros, além de mais de 10 mil pontos de venda espalhados pelo Brasil, passará a atender os consumidores diretamente. “Os clientes terão uma experiência total da marca e dos produtos”, disse Otávio Piva, CEO da Villa Piva, com exclusividade ao BRAZIL ECONOMY.
Essa é a principal novidade do ano, mas não a única. Maria Rudge e a dermatologista Alessandra Fraga desenvolveram um skin tea para atender a um mercado cada vez mais preocupado com produtos saudáveis e de procedência. “A proposta é um chá de infusão que cuida da saúde de dentro para fora”, afirmou o executivo.
É mais um avanço da marca no desenvolvimento de produtos voltados ao bem-estar mais amplo das pessoas. Ainda no ano passado, a companhia colocou no mercado uma linha Protein, de sucos (sabores maçã, tangerina e uva) com 15 gramas de proteína — um suplemento alimentar sem aditivos e sem adição de açúcar.
As novidades da Villa Piva fazem parte da aceleração dos negócios da marca, criada por Maria Rudge em 2017, a partir de uma frustração. Ela procurava um suco 100% natural para seu primeiro filho, Otávio (hoje com 12 anos) — também é mãe de Miguel e Maria do Rosário. Após uma busca incansável pelos mais variados mercados, mas sem sucesso em encontrar itens confiáveis, resolveu ela mesma criar um produto. Estudou e pesquisou por dois anos até chegar a um suco de laranja envasado com um único ingrediente: fruta.
Essa história é o DNA da companhia. Mais do que isso: é o valor, a missão e a visão da Villa Piva — sempre contada e divulgada nos materiais da marca. “Fiquei com vontade de fazer um suco para meu filho. Para ter a praticidade, no final de semana ou em uma viagem, de levar algo pronto, mas sabendo exatamente o que ele estava consumindo”, é o relato de Maria Rudge no catálogo de apresentação dos produtos da Villa Piva de 2025.
Do suco de laranja, partiu para bebidas de uva, tangerina e maçã. Em seguida, tomate. “São dois quilos de fruta por litro de suco, em média.” Depois, combinados com goiaba. Vieram os combinados com hibisco, canela e gengibre. Vieram ainda os chás prontos gelados, com mate e hortelã; preto com limão; verde com hibisco, cavalinha e dente-de-leão. Nesses oito anos de jornada, já são 55 SKUs desenvolvidos pela empresa.
A parte de sucos é produzida no Rio Grande do Sul e em São Paulo; as geleias, em território paulista; os chás de infusão, em Minas Gerais; e a água de coco, na Bahia. Os cafés são provenientes de fazendas do Sul de Minas e do Noroeste de São Paulo.
TESTE BEM-SUCEDIDO
A água de coco é um caso à parte. Foi eleita, pelo concurso Paladar, do Estadão, em 2023, a melhor do País — sucesso de crítica e de público. Quando lançada, a Villa Piva procurava parceiros de vendas. Ofereceu o produto à Casa Santa Luzia, um varejo premium paulistano, que resolveu testar.
Um teste mesmo, já que na gôndola o preço era o dobro dos concorrentes. Uma caixa com 12 unidades foi a oportunidade. Acabou rapidamente. Com o sucesso, no dia seguinte veio o pedido de 10 caixas.
“Tivemos a certeza de que o consumidor está disposto a pagar por qualidade”, frisou o CEO da Villa Piva. “É uma tendência global de consumo, e também uma geração nova muito mais conectada, muito mais atenta, lendo muito mais rótulo e mais preocupada com o que consome”, acrescentou, ao ressaltar que os produtos são comercializados, além de em mercados, também em restaurantes, empórios, aeroportos, cafés e farmácias espalhados por todo o território nacional — e, claro, em marketplaces e aplicativos de entrega.
Por meio de parceiros, os produtos da Villa Piva já estão sendo vendidos em 12 países, principalmente europeus. As exportações já representam 5% das vendas totais. Avançar nessa linha é uma estratégia? Sim, mas com os pés no chão, que levaram a marca até o atual momento.
“Pretendemos aumentar nossa participação e nosso trabalho de comércio exterior. Mas é um pouco mais a longo prazo, porque no Brasil temos relacionamento maior e melhor com os canais, e fica mais fácil de chegar aos clientes. Em outros países, uma empresa brasileira enfrenta concorrência mundial — é mais demorado”, avaliou Otávio Piva.
DIVULGAÇÃO
Esse mesmo conceito de qualidade — natural e saudável — vale para os demais itens da marca, que também lançou uma linha de chás e, mais recentemente, mel, geleias e cafés especiais: em grãos, moído, em cápsulas, e o polinizado por abelhas nas flores brancas e perfumadas que crescem nos ramos dos cafeeiros.
São esses produtos que estarão à disposição dos clientes no Villa Piva Café, do Shopping Cidade Jardim. Enquanto o local está sendo preparado, Maria Rudge, com seus 600 mil seguidores no Instagram, segue sendo a maior divulgadora da marca nas redes sociais.
Além dela, centenas de fãs da Villa Piva e dezenas de outras influenciadoras também fazem o marketing digital dos itens. “À medida que crescemos, aumentamos nossa exposição publicitária, seja orgânica ou paga, e nossa equipe comercial”, disse Otávio Filho.
A evolução das vendas é de 40%, em média. Foi assim em 2024 em relação a 2023, e no balanço do primeiro trimestre deste ano. Essa também é a projeção de evolução para 2025. Significa dizer que a Villa Piva dobra de tamanho a cada dois anos e meio — apesar de manter sob sigilo os números totais de faturamento. “É um crescimento saudável e sustentável”, afirmou o CEO. Como os produtos da Villa Piva.
