Em tempos de desafio energético, Axial busca um lugar ao sol no mercado brasileiro

Companhia espanhola de trackers solares aposta suas fichas no País, sua segunda maior operação no mundo, ao anunciar um novo diretor-geral e ampliar a planta em Camaçari (BA). Crescimento foi de 873% em 2023 e de 158% em 2024

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Imagens: Divulgação

Com 20 anos de atividades, a Axial está entre as 10 empresas que mais comercializam trackers solares no mundo

Com 20 anos de atividades, a Axial está entre as 10 empresas que mais comercializam trackers solares no mundo

Com mais de mil projetos em 40 países, a Axial Brasil, braço nacional da espanhola Axial Structural Solutions, tem no País sua segunda maior operação entre os seis escritórios que possui espalhados pelo planeta. A fabricante de trackers solares (rastreadores que acompanham o movimento do sol ao longo do dia) está há apenas três anos no Brasil e tem agradado a matriz, que faz parte do Grupo Alonso, holding da Espanha que possui mais de 80 empresas e atua nas áreas logística, energia, infraestrutura, lazer e serviços. A Axial Brasil tem avançado com novo escritório em São Paulo e a mudança da planta de Camaçari (BA) para uma área maior na mesma cidade. E recentemente anunciou o espanhol Ronald Carias Esteban como diretor-geral da operação brasileira.

“A Axial é uma empresa jovem no País, mas que vem demonstrando a que veio. Desde que a marca desembarcou por aqui em 2022, estamos batendo novos números a cada ano”, disse o executivo ao BRAZIL ECONOMY.

Em território nacional, a Axial tem se desenvolvido a partir de duas frentes. Uma delas é seu know-how com capacidade de entrega. São 20 anos de atividades, posicionada entre as 10 empresas que mais comercializam trackers solares no mundo. Por aqui, já é uma das principais fabricantes desses sistemas, com uma estrutura de negócios completa, tanto em termos comerciais, de engenharia e industriais.

No último balanço divulgado pela companhia, com receita de 120 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, o Brasil foi citado como “mercado poderoso”, no qual vai “continuar a fortalecer sua presença”. No mundo, a corporação também realiza projetos de referência, como a maior usina fotovoltaica construída até hoje no Reino Unido.

O espanhol Ronald Carias Esteban é o diretor-geral da Axial Brasil
Ronald Carias Esteban comanda a Axial Brasil

Apesar de estar no Brasil há apenas três anos, a Axial já alcançou números bastante expressivos no mercado. Atualmente, são 503 MWp (megawatt-pico) contratados, atendendo grandes empresas do setor solar. A título de comparação, 1 MWp de potência instalada pode produzir 1,2 GWh (gigawatts-hora) de energia por ano, capaz de atender 540 residências.

A ascensão no mercado brasileiro tem sido meteórica. Sem revelar número de faturamento consolidados, em 2023 as vendas foram 873,3% maiores do que as registradas em 2022, primeiro ano da empresa no País. A base comparativa era pequena, mas em 2024 cresceu 158,7% em relação a 2023. “Dentre os seis escritórios que temos ao redor do mundo, o mercado brasileiro é o segundo mais importante, inclusive pelo potencial territorial e energético de um país tropical”, afirmou Esteban.

Para o diretor-geral, o mercado brasileiro de energia solar oferece um enorme potencial de crescimento para empresas de trackers. Em novembro, o superou a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar e tornou-se o sexto a alcançar esse nível, juntando-se aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a entidade, a fonte solar representa 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, segundo lugar entre os sistemas disponíveis, atrás apenas da energia hidrelétrica.

“Ao adaptar nossas estratégias e soluções às características do mercado local, investir em inovação tecnológica e estabelecer parcerias estratégicas, podemos aproveitar as oportunidades e contribuir para a construção de um futuro energético mais limpo e sustentável para o Brasil”, discorreu Esteban.

Para o diretor da Axial Brasil, a união de recursos naturais, políticas públicas e a demanda crescente por energia limpa compõe um “cenário fascinante” para o desenvolvimento e uso de soluções como os rastreadores solares. “Observamos o mercado brasileiro como um dos melhores para o crescimento da nossa empresa”, disse.

Sobre a mudança de endereço da fábrica, que fica na Bahia, o executivo frisou que a ideia é ocupar um espaço maior e ampliar as instalações. “Essas expansões são reflexo tanto das demandas do mercado como da visão de longo prazo da Axial no País.”

Desde 2012, o Brasil recebeu investimentos na ordem de R$ 230 bilhões em projetos de energia solar. Apenas no ano passado foram instaladas mais de 120  usinas solares no País, segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Como se destacar, então, diante de um mercado que está cada vez mais acirrado? Segundo Esteban, a resposta está na oferta pela Axial Brasil de uma “abordagem personalizada” para cada projeto de grande porte, “com soluções completas e de alta qualidade”.

“Desde a concepção do projeto até as condições de pagamento, garantimos que cada cliente receba uma solução sob medida para suas necessidades”, afirmou o executivo, ao apontar ainda a capacidade de otimizar layouts e minimizar a movimentação de terra pelas “tolerâncias de declividade” de seus equipamentos.

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