A pandemia de 2020 ensinou ao universo dos negócios muitas coisas, e a importância das feiras e eventos figura no topo deste ranking. Seja para celebrar ou firmar contratos, os eventos têm papel fundamental na prospecção das empresas, e quem oferece tais serviços tem se saído bem. O Grupo PHD Eventos é um deles. Ano passado eles faturaram R$ 44 milhões, mais que o dobro do curso em 2023. Para 2025, o objetivo é superar a marca dos R$ 50 milhões apostando, além de avanço no número de eventos, no crescimento do tíquete médio por serviço prestado. “O aumento do ticket médio confirma uma tendência que notamos ao longo dos últimos anos, de que os clientes buscam cada vez mais por experiências memoráveis, agregando mais tecnologia e ativações a cada evento”, revela Marco Bordon, Fundador e CEO do Grupo PHD Eventos.
A tendência dos eventos com maior valor agregado, inclusive, vale para todo os setor. Segundo o Barômetro Eventos B2B, elaborado pela Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios). Segundo Paulo Octávio Pereira de Almeida, diretor executivo da UBRAFE, só na cidade de São Paulo, ainda que o número de eventos tenha oscilado para baixo em 2024 frente a 2023 (de 1,28 mil para 1,23 mil) o impacto econômico passou de R$ 11,2 bilhões para R$ 12 bilhões ano passado. “Historicamente não vimos nada igual aos resultados de 2024. A adesão aos eventos de negócios presenciais tem sido extremamente positiva e está comprovando que este tipo de evento é uma excelente alavanca de desenvolvimento econômico para as cidades que os recebem”.

No Grupo PHD Eventos, que tem forte atuação na cidade de São Paulo, Bordon explica que houve um aumento da procura por eventos com experiências 360° – o ponto fora da empresa. “Em linhas gerais, foram fechados 371 eventos, um crescimento de 62,72% em relação ao exercício anterior”, disse. Com relação ao tíquete médio, o executivo explica que a cifra passou de R$ 95 mil para R$ 120 mil na comparação do período, “isso nos indica um foco em ter maior valor agregado.”
Esse movimento, segundo ele, vem acontecendo nos últimos anos, e foi responsável pelo salto no faturamento na passagem de 2023 para 2024, quando a empresa passou de receita na ordem dos R$ 21 milhões para os R$ 44 milhões registrados ano passado. “Isso nos posiciona como um player capaz de fazer essas entregas e a partir daí vamos evoluir a nossa oferta, ampliando-a para além das casas em nosso portfólio”. Em 2025, cada um dos serviços do Grupo PHD Eventos vai operar como uma unidade de negócios independente. “Ou seja, vai ser possível contar com a nossa gastronomia, ou a contratação de talentos, por exemplo, mesmo que a comemoração seja feita em um espaço que não está no nosso portfólio”.
Em relação ao volume de leads, em 2024 foram captados 8890, crescimento de 133,95% na comparação com o total do ano anterior (que chegou a 3800 leads). A companhia também tem a estimativa de passar de 20 espaços no portfólio até o final do ano. O segmento corporativo dominou as contratações em 2024: aproximadamente 78%. Os eventos sociais (aniversários, bar mitzvah e casamentos) representam nichos menores, mas ainda relevantes.
MODELO DE NEGÓCIO
O crescimento da PHD se apoia em premissas pouco convencionais no mercado de eventos. Eles possuem uma espécie de “acervo” de casas privativas para eventos. “Nosso modelo é o ‘one stop shop’ para eventos privativos, garantindo desde a melhor casa para o evento até a execução de todos os serviços necessários”, entre esses produtos, ele cita coquetelaria, catering, staff, decoração e cenografia, casting de artistas entre outros.
Hoje, no portifólio da marca estão casas tradicionais como TETTO Futurist, PHD Rooftop, Casa Melhoramentos, Jive House, Pippo, Tettinho Housi, Tetto Rooftop Vitória, Tetto Rooftop Balneário, Tetto Rooftop Curitiba, Blend 554, Terras de São José Golfe Clube e PHD Discoteca. Entre seus clientes, Netflix, Whirlpool, Prada e B3, além de festas para influenciadores, cantores e atores. Um match perfeito que, depois da pandemia, voltou a dar valor para o contato humano.