São vários os apontamentos sobre a área de Pagamentos da Positivo Tecnologia no último balanço da empresa, sobre os resultados referentes a nove meses de 2024. Todos positivos, com o perdão do trocadilho. “Os principais impulsionadores foram o segmento de consumo, que continua a recuperar, e o segmento de Pagamentos”, frisou um trecho do relatório. “Em soluções de Pagamento, reportamos um salto significativo na receita com boas margens”, destacou outra parte, ao citar ainda que a essa linha de negócio continua “a consolidar nossa posição no Brasil como parceiro preferencial dos maiores adquirentes”. Não é para menos.
O segmento de Pagamentos praticamente dobrou de tamanho de janeiro a setembro em receita (+97%), na comparação com o mesmo período do ano anterior, com R$ 306 milhões em faturamento, dos R$ 3 bilhões em vendas totais. A área já responde por 10% da receita da companhia. Em 2023 a representatividade era de 5,6%, em 2022 de 3,7% e em 2021 o setor praticamente não existia.
Enquanto isso, a linha de negócios de computador vem sofrendo quedas. A receita nos nove meses de 2024 foi de R$ 1,3 bilhão, 1,5% menor que no ano anterior. Em 2023, de janeiro a setembro, o faturamento em computadores foi de R$ 1,32 bilhão, 36,8% a menos do que no mesmo intervalo de 2022.

Seguir nesse ritmo – com os projetos e as nuances do mercado favoráveis como estão –, a área de Pagamentos será uma das mais relevantes da Positivo. O caminho para que isso ocorra está sendo asfaltado e o segmento dentro da corporação está sendo tratado como uma joia.
“Estamos em um momento de expansão e fortalecimento no mercado, impulsionada pela nossa capacidade de desenvolver inovação por meio de tecnologias acessíveis e eficientes”, disse Norberto Maraschin Filho, vice-presidente de Negócios de Consumo da Positivo Tecnologia. “Com um portfólio em constante evolução, buscamos oferecer soluções que garantam mais segurança, agilidade e inovação para os clientes, sempre alinhados às tendências do setor e às necessidades do varejo brasileiro”, acrescentou.
A empresa possui a liderança de market share no Brasil entre as 3 milhões de maquininhas inteligentes – aquelas que além de pagamentos também tiram pedidos de clientes em restaurantes, possuem biometria e outros serviços agregados. No País, as três maiores adquirentes e seis das oito maiores subadquirentes são clientes da Pagamentos Positivo. E a companhia acabou de finalizar uma operação com cliente da Argentina.
Essa penetração no mercado deixou a companhia em uma boa posição para pensar junto com os parceiros em nova soluções, antecipando tendências. Por exemplo, na questão do Pix por aproximação, que começa nesta sexta-feira (28), conforme regulamentação do Banco Central.
A área de Pagamentos da Positivo trouxe essa tecnologia para seus clientes e o BC definiu como padrão de mercado. A empresa trabalha junto às instituições financeiras nessa inovação desde meados do ano passado. E atualizou os softwares de suas 2 milhões de maquininhas de forma remota. “É mais uma ferramenta que vai transformar muito rapidamente o comportamento dos pagamentos brasileiros”, vislumbrou
PRESENTE E FUTURO
E qual a aposta para o futuro da área de Pagamentos Positivo? Bom, podemos falar de presente. A partir do mês que vem serão colocadas em funcionamento milhares de totens inteligentes de pagamentos, as chamadas “maquinonas”. Principalmente nos setores de farmácia e de alimentos.
A estimativa é de que até o fim deste ano esses equipamentos estejam em cerca de 100 mil pontos de venda espalhados pelo País.

São diferentes dos totens atuais de autoatendimento que só fazem pedidos de refeições, por exemplo, como uma maquininha acoplada nele. Nas maquinonas da Positivo a ferramenta de pagamento está embutida no sistema. “Temos apostado em soluções integradas”, afirmou o Otani.
Essa opção de várias soluções em um único dispositivo tem fundamento operacional e econômico. Primeiro porque permite escalar produtos em um País com cerca de 5,5 mil municípios, com toda diversidade que esse cenário acarreta. E também para não gerar muitos casos de suporte. “Não pode ter muito help desk, por isso não pode haver muitos equipamentos conectados a outros. Tem de ser um único equipamento com várias funções”, explicou o executivo.
Há, inclusive, possibilidade de pagamentos por biometria por digital, por palma da mão ou facial – e nestes casos, sim, estamos falando de futuro. “Temos investido esforços nos meios de biometria para deixar nossos dispositivos prontos para adoção”, disse o diretor, ao enfatizar que a biometria facial no Brasil é um case global, em especial pelos avanços nos aplicativos de bancos e do governo brasileiro, que possuem essa interface como meio de autenticação.
Assim a Positivo faz suas apostas em meios de pagamento. Para os clientes terem uma jornada mais fluída e a companhia incrementar seu faturamento.