Rodrigo Pacheco assumirá comando do Ministério da Justiça, segundo fontes

Interlocutores ligados ao governo afirmaram ao Brazil Economy que a escolha pelo senador já está tomada pelo presidente Lula, que também cogitou as pastas da Defesa e da Indústria e Comércio

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Imagens: Pedro Gontijo/Ag. Senado

Ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco terá a missão de arrefecer os embates entre os poderes

Ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco terá a missão de arrefecer os embates entre os poderes

Na dança das cadeiras promovida pelo governo na chamada reforma ministerial, o senador Rodrigo Pacheco será nomeado para o Ministério da Justiça, segundo fontes do governo ouvidas pelo BRAZIL ECONOMY. O presidente Lula também cogitou passar para Pacheco as pastas da Defesa ou da Indústria e Comércio, hoje sob o comando do vice-presidente, Geraldo Alckmin. No entanto, em tempos de acirramento dos embates entre Executivo, Legislativo e Judiciário (entenda-se Supremo Tribunal Federal), o estilo diplomático e conciliador do ex-presidente do Congresso é o que mais se encaixa naquilo que Lula busca para o posto. A decisão deverá ser anunciada depois do feriado de Carnaval.

Se confirmada, a nomeação de Pacheco para o Ministério da Justiça deverá fortalecer Lula em seus próximos dois anos de governo e contribuir com as articulações durante a corrida eleitoral no pleito de 2026. O senador tem todas as características para isso. Pacheco, nascido em 3 de novembro de 1976 em Porto Velho, Rondônia, é advogado e político, com uma trajetória marcada por posições de destaque no cenário nacional.

Embora tenha nascido em Rondônia, Pacheco foi criado em Passos, Minas Gerais, onde iniciou sua formação acadêmica. Graduou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) em 2000, especializando-se em Direito Penal Econômico. Antes de ingressar na política, destacou-se como advogado criminalista e teve atuação significativa na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde foi conselheiro seccional e presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas dos Advogados.

Sua carreira política teve início em 2014, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais pelo PMDB. Durante seu mandato na Câmara dos Deputados (2015-2019), Pacheco presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sendo o primeiro deputado de primeiro mandato a ocupar tal posição. Em 2018, foi eleito senador por Minas Gerais, desta vez pelo Democratas (DEM), e posteriormente filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) em 2021.

Como presidente da CCJ, Pacheco conduziu debates cruciais, incluindo as denúncias contra o então presidente Michel Temer. Sua atuação foi marcada por uma postura equilibrada, sendo elogiado por opositores e criticado por membros de seu próprio partido. No Senado, foi eleito presidente em fevereiro de 2021 e reeleito em 2023, até passar o bastão para Davi Alcolumbre, no começo deste mês.

O estilo de gestão de Rodrigo Pacheco é caracterizado pela promoção do diálogo entre diferentes correntes políticas. Em seus discursos de posse e de despedida como presidente do Senado, enfatizou a necessidade de “pacificação das relações políticas e institucionais” e destacou a importância de atuar em prol da saúde pública, do desenvolvimento social e do crescimento econômico.

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