Dois anos após a fusão de dois dos maiores nomes do ensino de tecnologia no Brasil, o ecossistema formado pela Alura, FIAP e PM3 anuncia um novo passo estratégico: a nomeação de Juliano Tubino como CEO. Com uma trajetória consolidada no setor de tecnologia, Tubino chega para liderar um momento de expansão e fortalecimento da governança.
Com passagens por Accenture, Microsoft e Amazon, Tubino esteve à frente de projetos estratégicos como a joint venture com a Techfin na Totvs e a criação da Dimensão de Business Performance na RD Station. Agora, assume o desafio de ampliar o impacto da Alura e suas marcas. “Estou entusiasmado para contribuir com o crescimento do grupo, levando o melhor ensino tech da América Latina a mais estudantes e fortalecendo nosso compromisso com inovação e transformação digital”, afirma.
Paulo Silveira assume papel estratégico como CVO
Com a chegada de Tubino, Paulo Silveira, fundador da Alura e até então CEO do ecossistema, passa a atuar como Chief Vision Officer (CVO). Nessa nova função, ele reforçará a cultura de educação em tecnologia, preservando a identidade e os valores da empresa, além de ampliar sua presença junto à comunidade de estudantes, colaboradores e investidores.
Silveira revela que a transição foi planejada ao longo de um ano. “Buscamos alguém que compartilhasse nossos valores e trouxesse novas perspectivas para este momento de expansão. Estou muito otimista com os próximos passos”, afirma. Segundo ele, dois pilares foram essenciais para a decisão: a forte conexão com a comunidade e a visão de educação contínua e processual. “Sempre acreditei no poder do conhecimento compartilhado por meio de eventos, blogs, podcasts e parcerias. Esse sempre foi o motor do nosso crescimento e será ainda mais importante daqui para frente”, acrescenta.
Expansão e novos investimentos
Entre as prioridades da nova gestão, está a ampliação da Pós Tech, lançada em 2023 como a primeira cocriação do ecossistema. O programa, que oferece 16 cursos de pós-graduação em Desenvolvimento, Dados e Cibersegurança, registrou um crescimento de 190% em receita e um aumento de 85% no número de alunos no último ano, superando a marca de 10 mil matriculados.
Outro marco da expansão será a nova unidade da FIAP, prevista para inauguração em Porto Alegre, em março. A unidade oferecerá cursos híbridos de graduação e programas de educação corporativa integrados à Alura Para Empresas. Além disso, o grupo já planeja novas unidades em Brasília, Campinas e São José dos Campos.
No portfólio da Alura, a novidade fica por conta dos “Cursos Imersivos”, lançados em fevereiro. O modelo combina aprendizado prático, aulas ao vivo e turmas reduzidas, com conteúdos alinhados às demandas do mercado de tecnologia.
Crescimento acelerado e metas para 2024
Com mais de três milhões de estudantes impactados, o ecossistema da Alura demonstra força no mercado. Em 2024, a empresa registrou um crescimento expressivo, ultrapassando 2 mil colaboradores e atingindo um faturamento superior a R$ 560 milhões. A meta para os próximos três anos é dobrar essa receita, aproximando-se do primeiro bilhão, enquanto maximiza sinergias com a FIAP e explora novas oportunidades de crescimento.
A plataforma da Alura segue em expansão, com um catálogo de mais de 1,6 mil cursos exclusivos e cerca de 800 mil estudantes ativos, oferecendo formação desde o ensino básico até especializações.
Força no mercado corporativo
O braço B2B do ecossistema, que inclui Alura, FIAP e PM3 Para Empresas, representa cerca de 50% da receita bruta. Atualmente, mais de 5 mil empresas utilizam suas soluções, incluindo Banco Pan, Dasa, Suzano, Banco do Brasil e O Boticário.
Outras unidades de negócios também ganham destaque, como a Alura Latam, voltada ao mercado latino-americano; a Alura Start, que atende o ensino básico; a Casa do Código, editora especializada em tecnologia; e o Hipster Network, hub de podcasts renomados como Like a Boss, IA Sob Controle e Dev Sem Fronteiras.
“Estamos muito confiantes neste novo ciclo do ecossistema. Nosso compromisso é manter a Alura como referência no ensino de tecnologia, alinhando-nos a um futuro onde mais de um bilhão de desenvolvedores transformarão o mundo”, finaliza Tubino.