Se há um McDonald’s próximo ou no caminho da sua casa ou do seu trabalho, saiba que a escolha do local passou pela Cortex, empresa de análise de dados e inteligência de mercado. O gigante Google, que possui um dos mais conhecidos buscadores e localizadores do mundo, e a AWS, serviço de nuvem da Amazon, também são clientes da companhia fundada em 2003, no Rio de Janeiro – e que hoje mantém escritório também em São Paulo. A Cortex já utilizava, há décadas, inteligência artificial preditiva em suas ferramentas de go-to-market e lança agora soluções com IA generativa para os mercados B2B e B2B2C. Com elas, as empresas clientes encontram outras companhias com as características mais adequadas para geração de novos negócios.
“A IA generativa entra com uma camada para ser o copiloto dos projetos dos nossos clientes. É dar a armadura do Homem de Ferro para as pessoas trabalharem”, disse Pedro Henrique Escarabelin, diretor da Cortex.
O McDonald’s usa os serviços de georreferenciamento da Cortex para, por exemplo, decidir a melhor localização de uma unidade, levando em conta critérios de concorrência, presença de outras lojas da rede de fast food, movimento e circulação de pessoas, entre outras informações.
O Google e a AWS contratam a Cortex para entender melhor o mercado em que atuam e visualizar potenciais clientes. “Conseguimos fornecer dados sobre o tipo de cloud que as empresas utilizam e, assim, nossos clientes conseguem direcionar campanhas comerciais mais assertivas”, afirmou o executivo.
“Também estimamos o quanto é investido em tecnologia por empresas e, com isso, nossos clientes podem moldar uma proposta adequada para elas”, frisou.
Assim, Google e AWS conseguem enxergar melhor o conjunto de tecnologias que seus potenciais clientes utilizam, entender qual é a maturidade digital deles, em quais soluções já investem, quem são seus fornecedores e diversos outros dados obtidos em mais de 100 fontes.
O foco é proporcionar às empresas um conjunto de informações para torná-las mais competitivas ao lançar um produto, abrir um ponto de venda, expandir uma loja ou definir qualquer estratégia de distribuição.
“Se uma companhia possui uma frota, buscamos a quantidade de veículos, se são pesados, se têm serviço de gestão… Com isso, podemos calcular se necessitam de uma solução de monitoramento ou de manutenção recorrente, por exemplo”, explicou Escarabelin, ao ressaltar que a IA generativa torna a busca de dados mais dinâmica.
“Relatórios que demoravam cinco horas para serem feitos hoje são gerados em cinco minutos”, disse o diretor. “Ganhamos em entrega de valor e em eficiência.”
Uma das empresas que contratou a Cortex, que oferece modelo de SaaS (Software as a Service), adotou a solução de IA e viu aumentar em 48% o número de clientes prospectados mensalmente, uma elevação de 24% na conversão e um crescimento de 45% na receita proveniente de novos negócios.
Segundo Escarabelin, o conceito de go-to-market feito apenas uma vez e colocado em prática por mais de um ano fica ultrapassado, tamanha a velocidade das mudanças nos negócios.
“Esses planos não passavam por revisão constante. Atualmente, o que foi planejado no Day Zero e efetivado nos meses seguintes precisa ser atualizado, pois os potenciais clientes que faziam sentido podem não fazer mais, e o caminho do negócio pode estar completamente diferente. Isso acabava gerando ineficiência no processo. É isso que evitamos com uma atuação contínua”, destacou o executivo da companhia, que realiza hoje em São Paulo o Cortex Summit 2025, com cases de uso de IA de diversos clientes.
Além de McDonald’s, Google e AWS, a Cortex tem entre seus 800 clientes corporações como SAP, Centauro, L’Oréal, Danone, Petz, Melissa, Flash, Heineken, OLX, BRF, Suzano, Alpargatas, Mondelez, Vivo, Carrefour, Prio, Electrolux, BTG Pactual, Americanas, MRV, Engie, Boticário, Domino’s e Ambev.
Abordagem
As soluções da Cortex chegam também a sugerir abordagens aos potenciais clientes de seus clientes. O tipo de mensagem, o momento mais adequado e os pontos favoráveis a serem ressaltados são algumas das orientações das ferramentas da companhia, que quadruplicou de tamanho desde 2020, quando começou a receber investimentos de grandes fundos.
De 2020 a 2022, foram R$ 430 milhões aportados na Cortex, principalmente por SoftBank, Lightrock e Riverwood Capital.
“Esses aportes nos permitiram investir no desenvolvimento das nossas soluções, na nossa especialização e no nosso posicionamento como referência global em go-to-market”, disse Escarabelin.