A Escale, sales tech brasileira especializada em vendas de alta complexidade, acaba de lançar a aisa, sua agente de inteligência artificial. O produto chega com a promessa de transformar a forma como grandes marcas conduzem seus processos comerciais, aumentando em 40% as taxas de conversão em canais digitais como WhatsApp, chat e telefone.
O movimento ocorre em um momento estratégico: só em 2024, a companhia registrou R$ 2,1 bilhões em vendas geradas para clientes e viu as negociações com grandes marcas crescerem 300% no primeiro semestre. Agora, a aposta na aisa sinaliza a ambição da Escale de consolidar-se como referência em inteligência artificial aplicada às vendas no Brasil.
“O mercado já entendeu que não basta implementar um agente de IA simples. É preciso robustez e treinamento adequado para garantir resultado e qualidade”, afirmou Ken Diamond, CEO e cofundador da Escale. “Com a aisa, aplicamos mais de 10 anos de experiência em conversão para treinar um agente que entrega performance 24 horas por dia, sete dias por semana.”
Diferentemente dos chatbots tradicionais, a aisa foi projetada para atuar como uma vendedora digital, capaz de compreender perfis de clientes, negociar ofertas, propor soluções adequadas e concluir transações. A promessa é entregar escalabilidade sem abrir mão de um atendimento personalizado e humanizado, característica que se tornou diferencial competitivo em setores de relacionamento intenso com o consumidor.
A solução utiliza arquitetura anti-alucinação, baseada em Retrieval-Augmented Generation (RAG), combinada a curadoria contínua de conteúdo e supervisão humana. Essa estrutura reduz riscos de respostas incorretas ou fora de contexto, além de assegurar alinhamento com os objetivos de conversão. A plataforma oferece ainda dashboard em tempo real, que permite às empresas acompanhar indicadores de performance e otimizar estratégias rapidamente.
O lançamento ocorre em meio a um cenário de forte expansão do mercado de tecnologias para vendas no Brasil. Segundo levantamentos de consultorias do setor, o uso de inteligência artificial aplicada a processos comerciais deve crescer a taxas superiores a 25% ao ano até 2028, impulsionado pela necessidade de reduzir custos operacionais e aumentar eficiência.
No País, empresas de telecom, bancos digitais, grupos educacionais e utilities estão entre os principais adotantes dessas soluções, justamente os segmentos priorizados pela Escale. A competitividade acirrada e a pressão por margens mais enxutas tornam a automação inteligente uma ferramenta estratégica para aumentar produtividade e engajamento com clientes.
“O nosso motor de IA se adapta a diferentes perfis de consumidores, oferece respostas contextualizadas e conta com atualizações contínuas, governança estruturada e equipes dedicadas ao monitoramento e à otimização das jornadas, assegurando alta performance”, destacou Diamond.
Trajetória e expansão da Escale
Fundada por Ken Diamond, Mathew Kligerman e Daniel Rosa, a Escale nasceu com soluções voltadas para e-commerce, evoluiu para vendas via WhatsApp e agora avança no desenvolvimento de IA especializada em vendas complexas. A parceria com a Meta no Brasil foi um dos marcos que permitiram ampliar a escala de atuação e consolidar a empresa como fornecedora estratégica de grandes corporações.
Hoje, a companhia concentra esforços em setores de maior ticket médio e relacionamento intenso com consumidores, como telecomunicações, financeiro e educação. A estratégia está alinhada à busca das marcas por soluções que conciliem volume, personalização e governança de dados, requisitos cada vez mais críticos em ambientes regulatórios complexos.
A Escale já projeta os próximos passos. O objetivo é dobrar a base de clientes corporativos em 2025 e posicionar a aisa como referência em vendas por inteligência artificial no Brasil. Segundo Diamond, a ambição não se restringe ao ganho de escala, mas também à consolidação de boas práticas na implementação de agentes de IA, garantindo impacto direto no resultado e segurança nas interações. “Estamos levando as marcas para o futuro, em que agentes inteligentes são implementados de forma responsável e geram impacto direto no resultado”, afirmou Diamond.