Ao longo de sua trajetória, a japonesa Orient construiu autoridade ao unir design e engenharia, sendo pioneira no desenvolvimento de movimentos mecânicos, de quartzo e movidos a energia solar. Com operação própria no Brasil desde 1973, quando instalou uma fábrica na Zona Franca de Manaus, a marca, que hoje pertence ao grupo Epson, tem investido na infraestrutura local para criar modelos exclusivos voltados ao consumidor nacional.
Agora, ao completar 75 anos e celebrar sua liderança no mercado brasileiro por dois trimestres consecutivos, a Orient aposta em um reposicionamento que valoriza tanto sua herança japonesa quanto a inovação feita em solo brasileiro. Uma dessas inovações é a tecnologia SolarTech, cujas iniciais dão nome à linha ST Elite.
Segundo o diretor de produtos da Orient Brasil, Rodrigo Anzanello, a mudança pretende consolidar a marca como a melhor escolha para quem busca seu primeiro relógio profissional. “Queremos entregar qualidade e confiabilidade para um público que começa a explorar o mundo dos relógios analógicos”, afirmou em um café da manhã no escritório da empresa, em São Paulo.
Para cumprir esse objetivo, o portfólio foi renovado e dividido em linhas que dialogam com estilos distintos, do clássico ao esportivo, em versões automáticas (que não usam bateria) e solares (com autonomia de seis meses e garantia de 12 anos para as baterias).
O impacto das mudanças já começou a ser sentido: a coleção lançada em julho deste ano impulsionou um dos melhores meses de vendas da companhia, que projeta crescimento superior a 30% em 2025.

Nessa reformulação do portfólio, a linha 3 Estrelas, formada por relógios automáticos de entrada, ganhou três opções de perfis: a Heritage, com modelos que remetem a clássicos da marca lançados principalmente nas décadas de 1970 e 1980; a Elegance, de visual mais funcional; e a Sport, com relógios do tipo diver (de mergulho), pilot (inspirados na aviação) e field (com pegada militar e utilitária). Já os modelos com energia solar (ST Elite) serão vendidos em versões nas mesmas categorias da Sport, além de cronógrafos.
Com presença consolidada na América do Sul, Oriente Médio, Europa e Ásia, a Orient reafirma três pilares estratégicos: tradição japonesa, autonomia tecnológica e expansão internacional. Essa combinação sustenta uma trajetória que atravessa gerações e mantém a marca entre as mais relevantes do universo relojoeiro.
“No topo da pirâmide, a gente tem a Orient Star, nossa gama de luxo, composta por relógios que chegam a custar até R$ 20 mil, com tecnologia própria também desenvolvida pelo grupo Seiko Epson”, disse Anzanello. Além das marcas próprias, a Orient Relógios da Amazônia (ORA) monta e distribui modelos de grifes como Diesel, Armani e Armani Exchange (A/X).