Quem investe provavelmente já está acostumado com modalidades tradicionais como renda fixa, ações, dólar, Fundos Imobiliários (FIIs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ou Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Uma das mais recentes – e inusitadas novidades – é o investimento em antecipação de royalties de artistas sertanejos. A Hurst Capital, plataforma originadora e distribuidora desses ativos alternativos, projeta para o “Hit do Verão” (nome da linha dessa linha de investimento) uma rentabilidade estimada de 21% ao ano, equivalente a 142,35% do CDI, em prazo de seis meses e aporte mínimo de R$ 5 mil.
Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, garante que o “Hit do Verão” possibilita ao investidor participar diretamente dos resultados de artistas com força no mercado da música sertaneja. “Isso traz previsibilidade ao retorno”, afirmou o executivo. “A operação mostra que o sucesso da música brasileira pode ser convertido em oportunidades sólidas de investimento”.
O modelo se apoia em um contrato da New Music com a distribuidora francesa Believe, que remunera a gravadora conforme metas de execução das obras. Até agosto deste ano, 94,9% da meta já havia sido atingida, e estimativas indicam que, em outubro, o índice chegou a 100%. Dessa forma, o investidor que ingressar na operação terá sua remuneração vinculada a um desempenho já consolidado.
A New Music é responsável por um catálogo que reúne nomes conhecidos, mas também de hits de bombam em determinadas épocas, como o single “Descer pra BC”, apontado como um dos grandes hits do verão de 2024. Hoje a empresa detém mais de 1.500 artistas agenciados, em sua maioria ligados ao sertanejo, gênero que domina as plataformas de streaming no Brasil.
A Believe, maior distribuidora de música da Europa, é quem garante os repasses. Listada na Bolsa de Paris, a empresa registrou receita de 988 milhões de euros em 2024 e valor de mercado superior a US$ 1,7 bilhão. O contrato com a New Music prevê repasses mesmo em caso de atrasos parciais, com possibilidade de prorrogação do prazo de entrega por até cinco anos, o que reforça a segurança da estrutura.
O mercado musical brasileiro dá sustentação a esse modelo. Em 2023, o setor movimentou R$ 2,9 bilhões, crescimento de 13,4% em relação ao ano anterior, consolidando o País como o nono maior mercado mundial. O streaming responde por 87,1% das receitas, enquanto o vinil registrou alta de 136,2%, tornando-se o formato físico mais vendido. Globalmente, a indústria alcançou US$ 29,6 bilhões, com a América Latina liderando o crescimento, especialmente o Brasil, com alta de 21,7%.
A Hurst Capital, com mais de oito anos de atuação, já originou mais de R$ 3 bilhões em oportunidades de investimento em ativos alternativos, com média de retorno anual de 21%. Na Operação Hit do Verão 2025, restam R$ 559 mil de lastro disponível, o que indica procura elevada e rápida adesão, segundo Farache. “A estrutura se apresenta como uma oportunidade de participar diretamente dos resultados de hits que dominam o mercado e movimentam milhões de execuções nas plataformas digitais”, afirmou o CEO.

