Consultoria global especializada em dados e Inteligência Artificial, com sede em Nova York e operação no Brasil, a Indicium lança o AI Readiness Assessment (Avaliação de Prontidão para IA), uma ferramenta de diagnóstico gratuita que ajuda organizações a entenderem seu nível de maturidade em IA. Além disso, auxilia a identificar os passos necessários para escalar projetos. O BRAZIL ECONOMY teve acesso antecipado aos detalhes da solução da companhia, que possui mais de 1.000 projetos concluídos no setor de dados para grandes empresas como Burger King, Volvo, PepsiCo e Copa Energia.
A partir da avaliação proposta pela Indicium, em três minutos as empresas recebem um score detalhado, uma análise comparativa com companhias do mesmo setor e um roteiro de investimentos prioritários.
A novidade chega em um momento crítico para o mercado, pois a adoção de Inteligência Artificial corporativa vive um ponto de inflexão, segundo a empresa. Enquanto companhias no mundo inteiro aceleram investimentos em IA generativa e análise avançada, poucas conseguem transformar pilotos em resultados concretos. O potencial é gigante, mas capturar todo o valor embutido segue sendo um desafio.
Um levantamento recente do MIT aponta que 95% dos pilotos de IA generativa não chegam à etapa de escala, principalmente por falta de infraestrutura adequada, integração de dados e preparo interno.
Para Matheus Dellagnelo, cofundador e CEO da Indicium, o cenário exige mais precisão e menos experimentação aleatória. “O problema não é falta de interesse ou investimento. É falta de clareza”, disse o executivo.
“A maioria das empresas está correndo para adotar IA sem ter um diagnóstico real da sua maturidade e acaba repetindo erros caros. Nosso objetivo com essa ferramenta é ajudar líderes a priorizarem o que realmente importa, evitando desperdício de recursos e acelerando o impacto”, afirmou.
O diagnóstico classifica as organizações em quatro estágios: Exploratório, Emergente, Integrada e Em Escala. Também fornece uma visão de longo prazo, com recomendações específicas para acelerar o ROI (retorno sobre investimento) e construir as bases necessárias para a adoção contínua de IA.
Segundo a Indicium, empresas que modernizam seus dados, aprimoram a governança e desenvolvem as capacidades internas necessárias alcançam 94% de sucesso em projetos de IA, reforçando a importância de uma base sólida antes de partir para iniciativas mais complexas.
Mas em que estágio estão as empresas brasileiras em relação à IA?
Para Daniel Avancini, cofundador e Data Chief Officer (CDO) da Indicium, a maturidade, de forma geral, está entre os estágios exploratório e emergente. “O que observamos no mercado brasileiro é um grande volume de interesse, discursos ambiciosos e pressão do topo das organizações para adotar IA, mas uma dificuldade real de transformar essa intenção em soluções estáveis, escaláveis e integradas ao negócio”, avaliou.
Nas métricas da Indicium, a maior parte das empresas ainda opera em estágios iniciais, com pilotos, provas de conceito e aplicações pontuais, normalmente restritas a uma área específica. “Poucas conseguiram incorporar a IA de maneira consistente ao core da operação. O debate estratégico avançou muito mais rápido do que a infraestrutura, os dados e a capacidade de execução.”
Demandas
Apesar da ânsia pela adoção de IA pelas empresas, as necessidades são menos sofisticadas do que o discurso ou a vontade dos líderes sugerem. Avancini apontou que, antes de pensar em modelos avançados ou aplicações revolucionárias, a maioria das empresas precisa resolver questões fundamentais.
“Isso passa, sobretudo, por organizar dados, garantir qualidade e confiabilidade das informações, integrar sistemas que hoje operam de forma fragmentada e estabelecer uma governança clara para o uso de dados e IA”, frisou, ao ressaltar que ainda há um desafio importante de capacitação de mão de obra. “Sem essa base, qualquer iniciativa de IA tende a ficar limitada ou gerar frustração.”
Segundo o Data Chief Officer da Indicium, setores de serviços financeiros, energia e utilities, varejo, supply chain e saúde são alguns dos segmentos que melhor têm explorado o potencial da IA. “O ponto comum entre esses setores não é o hype, mas a disciplina em dados.”
Dados como aliados da eficiência
Combinar engenharia de excelência, cultura de execução e pensamento estratégico para transformar dados em vantagem competitiva é o trabalho da Indicium entre seus clientes.
Foi assim com a Copa Energia, uma das maiores distribuidoras de gás da América Latina, que buscava transformar um processo fragmentado e manual de aprovação de crédito em um motor proprietário baseado em IA.
Construída sobre a plataforma Lakehouse da Databricks e aprimorada com Agent Bricks, a solução proposta unificou dados internos e externos, automatizou análises e incorporou governança de ponta a ponta.
“Como resultado, houve decisões de crédito em tempo real, total autonomia sobre dados e modelos e redução de risco anual de US$ 2,5 milhões. Além disso, ao liberar mais de 270 horas mensais de revisões manuais, o time financeiro da Copa pôde se concentrar em análises estratégicas e no crescimento do negócio”, detalhou Avancini.

