Indicium lança diagnóstico gratuito para empresas medirem sua maturidade em IA

Solução identifica em três minutos o estágio de avanço em IA e entrega um roteiro para escalar iniciativas. No geral, companhias precisam de menos tecnologia e mais organização de dados

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Imagens: Divulgação

Fundadores da Indicium: Daniel Avancini, Isabela Blasi, Vitor Avancini e Matheus Dellagnelo

Fundadores da Indicium: Daniel Avancini, Isabela Blasi, Vitor Avancini e Matheus Dellagnelo

Consultoria global especializada em dados e Inteligência Artificial, com sede em Nova York e operação no Brasil, a Indicium lança o AI Readiness Assessment (Avaliação de Prontidão para IA), uma ferramenta de diagnóstico gratuita que ajuda organizações a entenderem seu nível de maturidade em IA. Além disso, auxilia a identificar os passos necessários para escalar projetos. O BRAZIL ECONOMY teve acesso antecipado aos detalhes da solução da companhia, que possui mais de 1.000 projetos concluídos no setor de dados para grandes empresas como Burger King, Volvo, PepsiCo e Copa Energia.

A partir da avaliação proposta pela Indicium, em três minutos as empresas recebem um score detalhado, uma análise comparativa com companhias do mesmo setor e um roteiro de investimentos prioritários.

A novidade chega em um momento crítico para o mercado, pois a adoção de Inteligência Artificial corporativa vive um ponto de inflexão, segundo a empresa. Enquanto companhias no mundo inteiro aceleram investimentos em IA generativa e análise avançada, poucas conseguem transformar pilotos em resultados concretos. O potencial é gigante, mas capturar todo o valor embutido segue sendo um desafio.

Um levantamento recente do MIT aponta que 95% dos pilotos de IA generativa não chegam à etapa de escala, principalmente por falta de infraestrutura adequada, integração de dados e preparo interno.

Com sede em Nova York, Indicum possui escritório em São Paulo (foto), na região da Avenida Paulista
Com sede em Nova York, Indicum possui escritório em São Paulo (foto), na região da Avenida Paulista

Para Matheus Dellagnelo, cofundador e CEO da Indicium, o cenário exige mais precisão e menos experimentação aleatória. “O problema não é falta de interesse ou investimento. É falta de clareza”, disse o executivo.

“A maioria das empresas está correndo para adotar IA sem ter um diagnóstico real da sua maturidade e acaba repetindo erros caros. Nosso objetivo com essa ferramenta é ajudar líderes a priorizarem o que realmente importa, evitando desperdício de recursos e acelerando o impacto”, afirmou.

O diagnóstico classifica as organizações em quatro estágios: Exploratório, Emergente, Integrada e Em Escala. Também fornece uma visão de longo prazo, com recomendações específicas para acelerar o ROI (retorno sobre investimento) e construir as bases necessárias para a adoção contínua de IA.

Segundo a Indicium, empresas que modernizam seus dados, aprimoram a governança e desenvolvem as capacidades internas necessárias alcançam 94% de sucesso em projetos de IA, reforçando a importância de uma base sólida antes de partir para iniciativas mais complexas.

Mas em que estágio estão as empresas brasileiras em relação à IA?

Para Daniel Avancini, cofundador e Data Chief Officer (CDO) da Indicium, a maturidade, de forma geral, está entre os estágios exploratório e emergente. “O que observamos no mercado brasileiro é um grande volume de interesse, discursos ambiciosos e pressão do topo das organizações para adotar IA, mas uma dificuldade real de transformar essa intenção em soluções estáveis, escaláveis e integradas ao negócio”, avaliou.

Nas métricas da Indicium, a maior parte das empresas ainda opera em estágios iniciais, com pilotos, provas de conceito e aplicações pontuais, normalmente restritas a uma área específica. “Poucas conseguiram incorporar a IA de maneira consistente ao core da operação. O debate estratégico avançou muito mais rápido do que a infraestrutura, os dados e a capacidade de execução.”

Demandas

Apesar da ânsia pela adoção de IA pelas empresas, as necessidades são menos sofisticadas do que o discurso ou a vontade dos líderes sugerem. Avancini apontou que, antes de pensar em modelos avançados ou aplicações revolucionárias, a maioria das empresas precisa resolver questões fundamentais.

“Isso passa, sobretudo, por organizar dados, garantir qualidade e confiabilidade das informações, integrar sistemas que hoje operam de forma fragmentada e estabelecer uma governança clara para o uso de dados e IA”, frisou, ao ressaltar que ainda há um desafio importante de capacitação de mão de obra. “Sem essa base, qualquer iniciativa de IA tende a ficar limitada ou gerar frustração.”

Segundo o Data Chief Officer da Indicium, setores de serviços financeiros, energia e utilities, varejo, supply chain e saúde são alguns dos segmentos que melhor têm explorado o potencial da IA. “O ponto comum entre esses setores não é o hype, mas a disciplina em dados.”

Dados como aliados da eficiência

Combinar engenharia de excelência, cultura de execução e pensamento estratégico para transformar dados em vantagem competitiva é o trabalho da Indicium entre seus clientes.

Foi assim com a Copa Energia, uma das maiores distribuidoras de gás da América Latina, que buscava transformar um processo fragmentado e manual de aprovação de crédito em um motor proprietário baseado em IA.

Construída sobre a plataforma Lakehouse da Databricks e aprimorada com Agent Bricks, a solução proposta unificou dados internos e externos, automatizou análises e incorporou governança de ponta a ponta.

“Como resultado, houve decisões de crédito em tempo real, total autonomia sobre dados e modelos e redução de risco anual de US$ 2,5 milhões. Além disso, ao liberar mais de 270 horas mensais de revisões manuais, o time financeiro da Copa pôde se concentrar em análises estratégicas e no crescimento do negócio”, detalhou Avancini.

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