A forma como as empresas organizam o fim de ano corporativo passa por uma transformação significativa no Brasil. O tradicional modelo de cestas físicas, com caixas e itens padronizados, vem sendo substituído por soluções mais flexíveis e digitais. De acordo com a pesquisa de Natal da Ticket, marca da Edenred Brasil, 73% dos trabalhadores preferem receber cestas digitais em vez das versões físicas.
O levantamento indica que a mudança reflete não apenas uma evolução no formato dos benefícios, mas também uma adaptação das empresas ao cenário econômico mais desafiador e às novas expectativas dos colaboradores. Segundo Tatiana Romero, diretora da Ticket, embora a cesta física ainda tenha valor simbólico, a liberdade de escolha se tornou um fator decisivo. De acordo com ela, a cesta digital permite que o trabalhador decida como e onde utilizar o benefício, adequando o uso às necessidades da família e ao contexto financeiro.
A pesquisa ouviu 3.722 trabalhadores e 172 profissionais de recursos humanos em diferentes regiões do país e aponta que a digitalização dos benefícios integra um movimento mais amplo de modernização das práticas de reconhecimento corporativo. Para a executiva, empresas que investem em flexibilidade e praticidade tendem a ganhar competitividade no mercado de trabalho, especialmente em períodos de maior pressão econômica.
Nesse cenário, soluções como o Ticket Presente Digital reforçam a tendência ao oferecer benefícios baseados em pontos flexíveis. Por meio do aplicativo, os colaboradores podem direcionar o valor para alimentação, bem-estar, educação ou até realizar a transferência para conta bancária. O modelo simplifica a gestão, dispensa o uso de cartões físicos e contribui para estratégias de engajamento e reconhecimento.
A preferência pelas cestas digitais também está associada à busca por maior autonomia financeira por parte dos trabalhadores, sobretudo em um período marcado pelo aumento das despesas de fim de ano. Além de atender às necessidades individuais, o formato digital reduz a complexidade operacional para as áreas de recursos humanos, ao eliminar custos logísticos, minimizar desperdícios e permitir maior personalização dos benefícios.
Confraternizações voltam ao radar
Apesar do avanço da digitalização dos benefícios, as confraternizações corporativas seguem relevantes. O estudo da Ticket mostra que a intenção de realizar festas de fim de ano cresceu 30% para 2025. Ainda assim, 71,6% das empresas afirmam que manterão o orçamento congelado, o que indica celebrações mais simples e financeiramente controladas.
Segundo Tatiana Romero, diretora da Ticket, as organizações buscam equilibrar responsabilidade financeira e valorização dos colaboradores. “Mesmo com restrições orçamentárias, as confraternizações mantêm um papel importante ao reforçar a cultura corporativa, o sentimento de pertencimento e o reconhecimento simbólico”, disse.
A expectativa é que o fim de ano corporativo combine benefícios flexíveis e iniciativas voltadas ao engajamento humano. Na avaliação da executiva, empresas que conseguirem alinhar inovação, cuidado com as pessoas e disciplina financeira tendem a se diferenciar no mercado e fortalecer sua relação com os colaboradores.

