Treze empresas já distribuíram mais de R$ 3 bilhões aos acionistas em 2025, somando dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP). O movimento é liderado por bancos e companhias de commodities, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. Entre os maiores pagadores do ano estão Petrobras, Vale e Ambev, que concentram os valores mais expressivos. Até setembro, essas empresas repassaram R$ 158,8 bilhões aos acionistas, um crescimento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando o total distribuído foi de R$ 153 bilhões.
Confira as 13 empresas que mais distribuíram dividendos em 2025:
- Petrobras (PETR4)
Distribuiu R$37,3 bilhões no ano, puxados pelos R$16,7 bilhões do primeiro trimestre. A petroleira segue como maior geradora de lucro da Bolsa, mesmo com a volatilidade do mercado de energia. - Itaú Unibanco (ITUB4)
Pagou R$28,2 bilhões no ano, com forte avanço no 3º trimestre (R$6,9 bilhões). O banco mantém sólido desempenho mesmo em um cenário de crédito mais seletivo. - Vale (VALE3)
Repassou R$19,5 bilhões no ano, com destaque para o 3º trimestre (R$8 bilhões). A empresa ainda sente pressão dos preços do minério, mas estabiliza margens. - Ambev (ABEV3)
Pagou R$10,8 bilhões no ano, com distribuição equilibrada ao longo dos trimestres. A marca segue resiliente apesar do consumo enfraquecido em algumas categorias. - Itaúsa (ITSA4)
Distribuiu R$10,1 bilhões no ano, sustentada principalmente pelo resultado do primeiro trimestre (R$6,5 bilhões). A holding mantém boa geração via participações financeiras. - Bradesco (BBDC4)
Repassou R$9,1 bilhões no ano, ainda abaixo do histórico da casa. O banco continua em processo de ajuste operacional e melhora gradual da carteira. - Banco do Brasil (BBAS3)
Distribuiu R$8,6 bi no ano, com recuo no 3º trimestre. Mesmo assim, mostra-se consistente e com forte rentabilidade no acumulado de 2024 (R$12,7 bilhões). - BB Seguridade (BBSE3)
Pagou R$8,2 bilhões no ano, com forte 3º trimestre (R$3,7 bilhões). Segue como uma das maiores geradoras de caixa do setor financeiro. - Axia Energia (AXIA3)
Repassou R$8,0 bilhões no ano, com destaque para o salto no 3º trimestre (R$3,9 bilhões). A empresa ganha tração em resultados operacionais. - Santander Brasil (SANB3)
Distribuiu R$7,7 bilhões no ano, recuperando ritmo no 3º trimestre. A operação brasileira segue relevante para o grupo global. - BTG Pactual (BPAC3)
Pagou R$4,0 bilhões no ano, concentrados no 3º trimestre (R$2,3 bilhões). O banco reforça foco em serviços e mercado de capitais. - Marfrig (MRFG3)
Repassou R$3,8 bilhões no ano, quase integralmente no 3º trimestre. O setor de proteínas mostra melhora após ciclos fracos. - Weg (WEGE3)
Acumulou R$3,1 bilhões no ano, com queda no 3º trimestre. A companhia segue altamente lucrativa, embora impactada pela normalização de demanda.
O setor financeiro domina as 13 maiores pagadoras de dividendos no ano, com mais da metade das empresas sendo ligadas à área. Entre as 13, cinco são bancos, além de duas estarem diretamente ligadas ao setor (Itaúsa e BB Seguridade). Na sequência aparecem as gigantes de commodities, como Petrobras, Vale e Marfrig. O setor industrial é representado apenas por Ambev, no segmento de bebidas, e Weg, fabricante de motores elétricos e compressores.
Entre as 308 empresas listadas na bolsa, os dividendos somaram R$222,2 bilhões no ano, um aumento de 6,3% em relação aos R$209 bilhões distribuídos no mesmo período do ano passado. O valor pago no terceiro trimestre também aumentou de 22,4% sobre o ano anterior, alcançando R$71,5 bilhões.

