Royal Prestige acelera expansão na América Latina e vê no Brasil seu maior potencial

Marca oficial de panelas do MasterChef Brasil, empresa dispara 91% no País e aposta na venda direta como modelo de geração de renda e empreendedorismo

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Imagens: Divulgação

O Brasil ainda representa cerca de 3% do faturamento total do grupo, que registrou US$ 500 milhões em 2024

O Brasil ainda representa cerca de 3% do faturamento total do grupo, que registrou US$ 500 milhões em 2024

A Royal Prestige, multinacional americana de utensílios de cozinha de alto padrão, vive um momento de solidez e expansão nos mercados latino-americanos. Com presença em oito países (incluindo Argentina, Brasil, Colômbia, Peru, Equador, República Dominicana, México e Estados Unidos), a companhia encerra 2025 com otimismo e crescimento expressivo na região. “Nós estamos sempre contentes com o resultado do nosso negócio. A América Latina continua sendo um terreno fértil para nós, e o Brasil é o país com maior potencial de crescimento”, afirmou Paulo Amoledo, CEO global da Royal Prestige, em entrevista ao BRAZIL ECONOMY.

O Brasil ainda representa cerca de 3% do faturamento total do grupo, que registrou aproximadamente US$ 500 milhões em 2024, mas desponta como o mercado mais promissor da empresa. “Entre 2020 e 2024, crescemos 91% no país. Todos os anos tivemos aumento nas vendas, na base de distribuidores e na visibilidade da marca”, destaca o executivo. Esse avanço se deve, segundo Amoledo, a investimentos em marketing, parcerias com influenciadores e à expansão da rede de distribuidores independentes, que é a base do modelo de negócios da Royal Prestige.

 

Segundo Amoledo, a América Latina continua sendo um terreno fértil
Segundo Amoledo, a América Latina continua sendo um terreno fértil

Fundada há 65 anos, a Royal Prestige construiu sua trajetória sobre o modelo de venda direta. Segundo Amoledo, esse formato não apenas será mantido, como é parte da essência da companhia. “Mais do que vender panelas, o nosso foco é oferecer oportunidade de negócio para milhares de pessoas. Essa é a missão da empresa”, explicou.

Atualmente, são 9 mil distribuidores independentes ativos em todo o mundo. Cada um deles atua diretamente com o consumidor, realizando demonstrações em domicílio e oferecendo planos de financiamento próprios da companhia, sem necessidade de bancos ou intermediários. O tíquete médio das vendas no Brasil gira em torno de R$ 5 mil, podendo chegar a R$ 15 mil nos kits mais completos. “O produto é aspiracional, mas o financiamento direto permite torná-lo acessível a qualquer classe social”, disse o CEO.

A estratégia reflete uma tendência crescente no Brasil: o desejo de empreender. Dados do Global Entrepreneurship Monitor citados por Amoledo mostram que cerca de 30% dos brasileiros estão envolvidos em algum tipo de negócio independente. “É essa fatia da população que queremos atender. Diferentemente de uma franquia, aqui o investimento inicial é zero, e o retorno depende do desempenho do distribuidor”, afirmou.

Apesar de o portfólio da Royal Prestige incluir produtos duráveis (como jogos de panelas com garantia de até 50 anos, facas e liquidificadores de alto desempenho), a empresa construiu um modelo de recorrência baseada no relacionamento. Segundo Amoledo, entre 30% e 35% das vendas globais vêm de clientes que já compraram anteriormente, chegando a 50% nos Estados Unidos.

“O cliente começa com um jogo básico e, ao longo do tempo, adquire outros itens. O distribuidor mantém contato, faz visitas periódicas, oferece manutenção gratuita e apresenta novos produtos”, explicou. Esse relacionamento de longo prazo faz com que o consumidor se torne fiel à marca e recomende a experiência para outras famílias. “Ninguém acorda com vontade de comprar panelas na internet. O que funciona é o contato humano, a demonstração, a história por trás do produto.”

Estratégia global e resiliência

Mesmo com a pressão econômica nos Estados Unidos, seu maior mercado, a Royal Prestige conseguiu driblar o impacto do tarifaço americano sobre o aço. O segredo, segundo Amoledo, foi a antecipação de estoque. “Em 2024, aumentamos em cerca de 20% a 30% as compras para o mercado americano. Nossos produtos não têm validade, então conseguimos proteger nosso inventário e praticamente zerar os efeitos no primeiro ano”, explicou.

A produção da empresa é globalmente diversificada. Parte das linhas de panelas destinadas à América do Sul é produzida no Peru, enquanto Itália, China e Tailândia abastecem os mercados do México e dos Estados Unidos. “Temos um modelo de cadeia produtiva eficiente, que nos permite ajustar custos e manter preços competitivos sem comprometer qualidade nem margens”, disse o executivo.

Nos últimos dez anos, a Royal Prestige consolidou uma trajetória de ascensão no setor de venda direta. Em 2012, a empresa ocupava a 71ª posição entre as maiores do mundo no segmento; em 2018, saltou para a 48ª; e, em 2024, alcançou a 23ª posição global. “Mesmo quando o resultado não é o que esperamos em nível global, estamos ganhando participação de mercado. Isso mostra que o nosso modelo continua atual, competitivo e rentável”, avalia Amoledo.

Com 65 anos de história, produtos com tecnologia premium e uma rede crescente de empreendedores, a Royal Prestige se posiciona como uma marca que combina qualidade, oportunidade e propósito social. “Nosso compromisso é oferecer um produto que dure a vida inteira e, ao mesmo tempo, uma oportunidade real de renda. Essa combinação é o que explica o sucesso da Royal Prestige em qualquer país onde atuamos”, acrescentou o CEO.

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