A receita da MAG Seguros é a mesma desde 1835 (sim, a empresa tem 190 anos de história). O negócio está ancorado em seguros de vida e títulos de capitalização. É com esse “arroz com feijão”, como define Patrícia Campos, diretora de Gente e Gestão da MAG Seguros, que a companhia tem crescido 20% ao ano, em média, nos últimos períodos e vai encerrar 2025 com lucro líquido recorde, acima dos R$ 300 milhões registrados em 2024. Para 2026, um plano de expansão ousado: passar das atuais 38 unidades para 100 pontos de venda, especialmente no interior do Brasil.
“Estamos em 23 capitais. Temos crescido em presença territorial e em número de clientes. Vamos avançar em cidades do interior do Brasil que estão crescendo. Vamos atingir todas as regiões”, disse Patrícia.
“Pretendemos não ter uma dependência tão concentrada em certas praças, onde já estamos consolidados. Vamos pulverizar”, afirmou a executiva da MAG Seguros, que nasceu há quase duas centenas de anos como Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado, uma espécie de previdência social do Brasil Colônia, criada por decreto da Regência Trina, que governava o País no lugar de Dom Pedro II, então com 9 anos.
Atualmente, a MAG Seguros está entre as 15 maiores companhias dos segmentos de vida e previdência. São 6,8 milhões de vidas seguradas em todo o País, com R$ 950 bilhões em capital segurado. No ano passado, foram R$ 3,2 bilhões em prêmios emitidos, com R$ 860 milhões pagos em benefícios e indenizações.
Tempero na receita
Patrícia Campos ingressou na empresa como trainee em 1999 e fez carreira na MAG Seguros, liderando iniciativas de gestão de pessoas, inovação, tecnologia e desenvolvimento humano.
A executiva tem colocado tempero nesse tradicional “arroz com feijão” da companhia. Um dos diferenciais é o trabalho voltado para gênero, no qual é referência na empresa e no mercado. Quando atuava como estagiária de psicologia no RH, menos de 10% dos profissionais do setor de seguros eram mulheres. Hoje são cerca de 35%. Na MAG, metade dos quatro cargos de diretoria é ocupada por elas. No time comercial, 52% das funções são lideradas por mulheres.
Outra iniciativa que adiciona sabor aos negócios da companhia é a formação de corretores. “Formamos uma média de 600 novos corretores dentro de casa por ano. Com nossa expansão territorial, naturalmente vamos alavancar ainda mais essa formação para abrirmos novas frentes”, disse Patrícia, ao ressaltar também o desenvolvimento da plataforma digital de vendas da MAG Seguros, que hoje é responsável por metade da receita.
Uma boa mistura no prato principal da MAG Seguros é o Favela Seguros, voltado a oferecer produtos para clientes das comunidades de baixa renda. A MAG e a Holding Favelas são sócias no negócio, que tem apoio social da CUFA (Central Única das Favelas).
É a primeira companhia de seguros dedicada a levar “seguros acessíveis para os sonhos que nascem nas quebradas do Brasil”, como define a própria empresa. “Atingimos todas as camadas da pirâmide. Vemos muita força e oportunidades na Favela Seguros”, afirmou Patrícia Campos, sobre o braço da MAG Seguros criado em julho do ano passado.

