Locações de galpões pelo e-commerce já atingem 84% do volume previsto para 2025

O ranking dos maiores ocupantes de galpões no Brasil é liderado pelo Mercado Livre, Shopee, Via Varejo, Magazine Luiza e Amazon

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Imagens: Divulgação

Simone Santos, diretora da Binswanger, diz que o ano se consolida como o de maior oferta da série histórica

Simone Santos, diretora da Binswanger, diz que o ano se consolida como o de maior oferta da série histórica

A corrida das empresas de comércio eletrônico para garantir posições estratégicas próximas aos principais centros consumidores impulsionou a ocupação de galpões logísticos no País em 2025. Entre janeiro e setembro, o setor contratou 1,395 milhão de metros quadrados, segundo levantamento da Binswanger Brazil. O movimento reflete a preparação das operações para o período mais aquecido do varejo, que concentra Black Friday e Natal.

Em nove meses, as locações feitas pelo e-commerce já representam 84% de todo o volume contratado no ano. A busca por ativos bem localizados também resultou em 404 mil metros quadrados de pré-locações até setembro, considerando tanto condomínios logísticos quanto galpões isolados.

Somente no terceiro trimestre, o comércio eletrônico ocupou 656 mil metros quadrados. O Mercado Livre, maior empresa do setor na América Latina, liderou as contratações com 451 mil metros quadrados distribuídos em sete endereços e assinou pré-locações nos empreendimentos BTG Log AAA Cajamar, Goodman Jaguaré e WTLog Franco da Rocha. A asiática Shopee aparece em seguida, com 138 mil metros quadrados contratados em oito localidades diferentes.

O ranking dos maiores ocupantes de galpões no Brasil é liderado pelo Mercado Livre, que soma 3,386 milhões de metros quadrados. Na sequência estão Shopee (1,233 milhão de metros quadrados), Via Varejo (985 mil metros quadrados), Magazine Luiza (722 mil metros quadrados) e Amazon (709 mil metros quadrados). Nos condomínios dos padrões A+ e A, a atuação da Shopee se aproxima da do Mercado Livre em termos de pulverização e distribuição geográfica.

De acordo com Simone Santos, sócia-diretora da Binswanger Brazil, apenas as pré-locações de galpões que serão entregues no último trimestre já garantem uma absorção líquida superior aos volumes registrados em 2023 e 2024. Ela destaca que o ano também se consolida como o de maior oferta de novos estoques da série histórica da consultoria, com quase 4 milhões de metros quadrados entregues, apesar do cenário de juros elevados.

“A alta demanda por áreas de armazenagem e distribuição, especialmente por parte do e-commerce, tem estimulado novos projetos em diferentes regiões do País”, afirmou a executiva ao BRAZIL ECONOMY. “O entorno dos grandes centros, como o raio de 30 quilômetros de São Paulo, permanece como principal polo de expansão. Das dez maiores locações do terceiro trimestre, seis foram realizadas por empresas de comércio eletrônico. O segmento também respondeu por 47% da absorção bruta de galpões no período.”

A Binswanger projeta que o dinamismo do setor deve se estender pelos próximos anos. A expectativa é que as contratações sigam aquecidas em 2026, impulsionadas pela expansão territorial das plataformas digitais e pelo aumento contínuo da base de consumidores.

 

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