A Allied Tecnologia (ALLD3), líder na distribuição de eletrônicos no Brasil, divulgou na quarta-feira (12) um conjunto de resultados considerados os mais robustos de sua trajetória. No terceiro trimestre de 2025, a companhia registrou lucro líquido recorrente de R$ 37,4 milhões, avanço de 2,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, além de um fluxo de caixa operacional expressivo de R$ 517 milhões. A receita somou R$ 1,41 bilhão, o maior nível alcançado nos últimos cinco trimestres. O desempenho foi reforçado pela recuperação da divisão de distribuição internacional, que cresceu 2,9% na comparação anual e 33,8% sobre o trimestre anterior, consolidando o movimento de retomada iniciado no segundo trimestre após desafios operacionais na unidade de Miami.
Segundo a empresa, a forte geração de caixa foi impulsionada especialmente pela monetização de créditos tributários da Lei do Bem e por uma gestão mais eficiente do capital de giro. “Entregamos mais um trimestre de desempenho sólido, com rentabilidade e forte geração de caixa”, afirmou Silvio Stagni, CEO da Allied.
No varejo digital, o ritmo de expansão foi ditado principalmente pelo avanço da Trocafy, plataforma de smartphones recondicionados da Allied, cujas vendas aumentaram 121% no período. O programa iPhone pra Sempre, desenvolvido em parceria com Itaú e Apple, também apresentou seu melhor trimestre da série histórica, impulsionado pelo lançamento do iPhone 17 e um crescimento de 21% nas adesões. “A capacidade de alavancar parcerias estratégicas usando nossa expertise no ecossistema de eletrônicos tem sido determinante para competir em um mercado altamente competitivo”, disse Stagni.
No front financeiro, a companhia reforçou o compromisso com a distribuição de valor ao mercado. Após pagar R$ 130,7 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) em agosto, a Allied aprovou em assembleia a redução de capital de R$ 180 milhões, cujo repasse aos acionistas está previsto para 25 de novembro. A medida conclui a distribuição dos recursos provenientes da venda dos créditos tributários da Lei do Bem.
Com isso, o dividend yield acumulado em 2025 alcança 23%. Considerando a redução de capital, o índice chega a 44%, um dos mais elevados entre as empresas de tecnologia listadas no país. “Esse patamar reforça nosso compromisso com a geração de valor ao acionista”, afirmou o CEO.
Entre outros destaques do trimestre estão o caixa de R$ 617,7 milhões ao fim de setembro, impulsionado pela entrada de mais de R$ 300 milhões referentes à Lei do Bem, e a reversão da dívida líquida, que fechou positiva em R$ 152,2 milhões, equivalente a -0,7 vez o EBITDA. A companhia também registrou lucro líquido contábil de R$ 262,6 milhões, alta de 1.155% na comparação anual.
Com um portfólio diversificado e posicionado entre os maiores distribuidores de tecnologia do país, a Allied atua em três frentes: distribuição de produtos eletrônicos, varejo físico (com 96 pontos de venda) e varejo digital, por meio de marketplaces e alianças estratégicas com grandes instituições financeiras e fabricantes globais.
A companhia destaca que os resultados do trimestre reforçam a resiliência do modelo de negócios, em um cenário marcado por maior competição no varejo de eletrônicos e por uma crescente demanda de consumidores por programas de assinatura e dispositivos recondicionados, dois pilares que têm ganhado tração dentro do grupo.
Com números recordes e recuperação consistente em diversas unidades de negócio, a Allied encerra o trimestre preparada para acelerar sua estratégia de crescimento, apoiada em geração de caixa, ampliação de parcerias e expansão dos modelos digitais que têm impulsionado a companhia nos últimos anos.
