Kidzhouse Festival propõe “Rock in Rio das crianças” e equilíbrio entre digital e real

Megaevento infantil já captou R$ 10 milhões em patrocínios de grandes marcas e neste ano apela para que os pais apresentem alternativas lúdicas de entretenimento aos pequenos

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Imagens: Divulgação

Jogos, oficinas, espaços de leitura e de esporte são planejados para que adultos e crianças participem juntos

Jogos, oficinas, espaços de leitura e de esporte são planejados para que adultos e crianças participem juntos

O festival Kidzhouse, a maior programação voltada exclusivamente a crianças, terá neste fim de semana a sua segunda edição, com a proposta de consolidar um modelo que busca oferecer às famílias alternativas de diversão longe das telas. Realizado em entre 3 e 5 de outubro, na semana que antecede o Dia das Crianças, o evento será no espaço Arca, na Vila Leopoldina, em São Paulo.

A agenda apresenta novidades como a Biblioteca Encantada, espaço dedicado à leitura e contação de histórias, e a praça de alimentação Family Food, marca própria lançada pela organização. O line-up deste ano combina atrações de grande apelo, como os youtubers, com propostas culturais, a exemplo do show do Palavra Cantada, reforçando a ideia de oferecer experiências diversas.

Segundo o fundador da Kidzhouse, Guilherme Alf, o maior desafio do festival é manter o alto nível de entrega após uma estreia que já nasceu em grande escala. Ele ressalta que a edição de 2025 trouxe patrocínios mais robustos, novos parceiros e a renovação de contratos anteriores. “O primeiro evento já foi muito grande. Nosso desafio agora é manter esse padrão em line-up, marcas, ingressos e garantir uma entrega à altura”, afirmou.

O conceito central da Kids House é “menos tela, mais mundo real”, e o evento aposta em atividades que aproximam pais e filhos. Jogos, oficinas, momentos de leitura e espaços de esporte são planejados para que adultos e crianças participem juntos. “Se pedimos para as crianças ficarem menos na tela, precisamos oferecer alternativas. Queremos criar experiências diferentes, nas quais pais e filhos compartilham vivências que fortalecem vínculos”, explica Guilherme. Além de atrações populares entre o público infantil, a programação inclui personagens e conteúdos que despertam memórias nos adultos, criando conexões entre gerações.

Guilherme Alf, o fundador da Kidzhouse, diz que a edição de 2025 trouxe patrocínios mais robustos
Guilherme Alf, o fundador, diz que a edição de 2025 trouxe patrocínios robustos

O crescimento dos patrocínios acompanha esse posicionamento. Alf lembra que a legislação brasileira de publicidade infantil é bastante rígida e destaca que o festival se tornou uma oportunidade para marcas se aproximarem das famílias de forma ética e não invasiva. Entre os patrocinadores desta edição estão Toddynho, Polenguinho, Nickelodeon, Bolinho Ana Maria, Ninho, Band, UOL, Pixel e Marista. A expectativa é alcançar R$ 10 milhões em faturamento, sustentado por uma estratégia de mídia ampla, que inclui TV aberta, influenciadores como Viih Tube e Eliezer, além de cem microinfluenciadores que atuam em suas comunidades.

A curadoria do evento busca equilíbrio entre fenômenos de audiência e atrações culturais que ampliam o repertório das crianças. Para Alf, apostar apenas em youtubers seria mais fácil para vender ingressos, mas a prioridade é entregar experiências memoráveis. “Quando escolhemos atrações como Palavra Cantada ou projetos teatrais, sabemos que não vendem tantos ingressos, mas acreditamos no valor da experiência e na oportunidade de apresentar obras relevantes às crianças”, disse.

A trajetória da Kidzhouse começou durante a pandemia, com a criação da série animada Turma da Bola. O negócio evoluiu para um modelo híbrido de conteúdo e experiência, com novos projetos como Princesas de Pijama e Agrozinho. A ideia é construir uma marca que vá além do evento e que se posicione como referência em entretenimento infantil. “Somos uma startup que olha para o longo prazo. Queremos ser rápidos, mas com visão de perenidade”, afirmou o empreendedor.

A expansão para outras cidades está nos planos, mas será conduzida de forma gradual. Já há interesse em levar o festival para Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e regiões do Nordeste, mas, por ora, o foco é consolidar São Paulo como base. A edição deste ano foi realizada em outubro, mas a organização já definiu que o festival retorna ao calendário de julho em 2026, nos dias 25, 26 e 27. “Testamos as duas datas e vimos que julho funciona melhor para o público e para a logística do evento.”

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