Com aproximadamente 25 mil metros quadrados, o Fasano Tennis Club acaba de ser inaugurado para oferecer aos sócios uma experiência integrada, conciliando esporte, bem-estar, gastronomia e hospedagem de alto padrão. O projeto arquitetônico é assinado pelo Estudio Obra Prima, de Carolina Proto, e o paisagismo é de Maria João d’Orey, da Fazenda Boa Vista. A infraestrutura inclui dez quadras de tênis, sendo seis cobertas, além de espaços para padel, squash e pickleball, simulador de golfe e um moderno fitness center.
No segmento de bem-estar, o clube contará com o Spa Fasano, sob coordenação da massoterapeuta Fabrícia Nogueira, oferecendo terapias como infravermelho e haloterapia, salas individuais e para casais, saunas e um beauty center. Na ala gastronômica, haverá um restaurante Fasano e dois bares, um deles à beira da piscina com espaço exclusivo e uma sala privativa para eventos fechados.
Para completar a vivência integrada, o clube agrega oito residências mobiliadas e decoradas, destinadas a locações de longo prazo. A ideia é que sócios tenham a conveniência de um endereço fixo dentro do clube, com todos os serviços e a privacidade compatível ao padrão JHSF. “O Fasano Tennis Club reafirma nossa visão de criar espaços que unem diferentes experiências da nossa expertise, como clubes, hotelaria e gastronomia”, afirmou Augusto Martins, CEO da companhia. “Aqui, o esporte assume papel de protagonista, e cada detalhe foi pensado para proporcionar vivências únicas, sempre alinhadas ao padrão de excelência que caracteriza a JHSF.”
O clube terá um teto de 800 sócios. Os valores dos títulos de associação já divulgados indicam R$ 750 mil para pessoa física, com título individual, e R$ 1,05 milhão para associação familiar.
Inserção no contexto financeiro da JHSF
A JHSF já incorpora o Fasano Tennis Club em suas projeções operacionais. No relatório do segundo trimestre de 2025, o segmento de residências para locação e clubes, que engloba o Fasano Tennis Club e outros empreendimentos, contribuiu com R$ 38,7 milhões em receita líquida, um aumento de 106% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Além disso, a companhia reportou que, no trimestre, foram contabilizados R$ 125 milhões em valorização de propriedades para investimento, especialmente vinculadas a unidades de locação no Cidade Jardim.
Em termos de investimento em projetos de clubes e lifestyle, já se sabe que a JHSF vem alocando recursos nesses empreendimentos. No relatório do terceiro trimestre de 2024, por exemplo, mencionou-se que R$ 54,3 milhões foram direcionados ao São Paulo Surf Club, ao Fasano Club e a demais unidades do segmento.
Esse movimento faz parte da estratégia mais ampla da companhia, que tem reforçado o foco em ativos com renda recorrente, como shoppings, hotéis e clubes, para reduzir a volatilidade típica do negócio de incorporação. No segundo trimestre de 2025, a receita consolidada da JHSF foi de R$ 496 milhões, com crescimento de cerca de 25% na comparação anual.
Desafios e perspectivas
Apesar da imagem sofisticada e da promessa de exclusividade, o Fasano Tennis Club enfrenta desafios comuns a empreendimentos de luxo, como o cumprimento dos prazos de obra, a curva de maturação do clube, que envolve atingir ocupação plena de sócios e locações, além do controle de custos operacionais em um contexto de pressões macroeconômicas.
Do ponto de vista estratégico, o clube reforça a tese de que a JHSF não é apenas uma empresa incorporadora, mas um operador de experiências ligadas ao luxo e ao lifestyle. Ao unir esporte, gastronomia, hospitalidade e moradia em um único espaço, a iniciativa busca se diferenciar no competitivo mercado de clubes e associações de elite no Brasil.
