Faria Lima recebe o primeiro clube de networking para jovens da Geração Z

Chamado NGT Partners, o projeto surgiu com o apoio de grandes empresas e tem como meta firmar 100 contratos até o final de 2025, conectando jovens a oportunidades reais

Paulo Pandjiarjian
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Imagens: Divulgação

Martin Monteiro, do NGT Partners: “Por que esperar terminar a faculdade pra começar a fazer algo grande?”

Martin Monteiro, do NGT Partners: “Por que esperar terminar a faculdade pra começar a fazer algo grande?”

Um novo movimento começa a ganhar força entre os jovens brasileiros interessados em unir educação, propósito e prática empresarial. Chamado NGT Partners, o projeto surgiu com o apoio de grandes empresas e tem como meta firmar 100 contratos até o final de 2025, conectando adolescentes de 16 e 17 anos a oportunidades reais de aprendizado e empreendedorismo.

Em meio aos debates sobre o futuro da educação e o papel da tecnologia no ensino, cresce entre os estudantes o interesse por experiências práticas. Segundo levantamento do Sebrae, o número de jovens interessados em educação empreendedora aumentou 41% nos últimos 12 meses, e 67% dos adolescentes entre 16 e 19 anos afirmam desejar abrir o próprio negócio. Mais da metade deles, 58%, já deu os primeiros passos, seja em iniciativas digitais, revendas ou criação de conteúdo.

É nesse contexto que o gaúcho Martin Monteiro criou a NGT Partners, definida como o primeiro clube de networking da Geração Z. O movimento reúne cem jovens em eventos simultâneos realizados em Porto Alegre e São Paulo, com destaque para a unidade instalada na Avenida Faria Lima, principal polo financeiro do País.

“O projeto nasceu de uma inquietação: por que esperar terminar a faculdade para começar a fazer algo grande?”, explicou Monteiro, em entrevista ao BRAZIL ECONOMY. “A NGT nasceu para encurtar esse caminho. Conectamos jovens ao mundo real dos negócios, mostrando que é possível aprender, empreender e gerar resultado desde cedo, com método e propósito.”

A proposta da NGT Partners é antecipar o aprendizado que normalmente ocorre na universidade, substituindo a teoria isolada por imersões com executivos, mentorias sobre finanças e oficinas práticas de gestão e inovação. O objetivo é formar lideranças que pensem em impacto e estratégia antes mesmo do primeiro diploma.

O projeto conta com o apoio do Grupo Studio, consultoria empresarial com 27 anos de mercado, e da Origem Invest, assessoria de investimentos. Juntas, as duas empresas fornecem infraestrutura, mentoria e conhecimento técnico. O Grupo Studio já gerou mais de R$ 16 bilhões em benefícios para empresas e atua em áreas como revisão tributária, holdings, mercado livre de energia e compliance. A Origem Invest complementa o programa com formação em finanças e sustentabilidade empresarial.

“O suporte dessas empresas é essencial para transformar teoria em prática”, afirmou Monteiro. “Os jovens participam de mentorias, visitam companhias, acompanham cases reais e aprendem sobre planejamento financeiro, inovação e liderança.”

Expansão e propósito social

Embora o movimento tenha começado com escolas particulares, a meta é ampliar o acesso a jovens de diferentes realidades socioeconômicas. “Queremos usar o projeto como vitrine para inspirar e abrir portas. A educação empreendedora pode transformar vidas, e queremos levar isso a quem não teria acesso a esse tipo de rede”, explicou Monteiro.

Cada encontro da NGT Partners aborda temas como inovação, sucessão familiar e liderança, sempre com foco em autonomia e visão de futuro. “A Geração Z precisa dominar três pilares: autonomia, visão e execução. Não basta ter ideia, é preciso colocá-la em prática e entender de gestão e relacionamento humano. Aqui tudo é mão na massa”, resumiu o fundador.

Com a meta de alcançar 100 contratos até o fim de 2025, a NGT Partners quer consolidar um ecossistema de aprendizado contínuo, em que jovens e empresas crescem lado a lado. As atividades incluem parcerias com startups e o desenvolvimento de projetos colaborativos entre os próprios participantes. “O verdadeiro resultado está no crescimento pessoal e profissional de cada jovem. O número é simbólico, mas o impacto é real”, afirmou Monteiro.

O interesse de escolas e universidades tem crescido rapidamente, e a partir de 2026 o movimento planeja expandir-se para outros estados, criando polos regionais e ampliando a rede de mentorias.

Segundo Monteiro, o maior desafio é lidar com a ansiedade natural da juventude. “O medo do fracasso é comum, mas o que a NGT faz é transformar esse medo em ação. Aqui, errar faz parte do processo. O clube cria um ambiente de confiança, onde o foco está em tentar, aprender e evoluir.”

Mais do que um programa educacional, a NGT Partners representa uma mudança cultural no modo como os jovens encaram o futuro. Em vez de esperar por oportunidades, eles decidem criá-las. “A gente cresce ouvindo que o futuro pertence aos jovens”, acrescentou Monteiro. “O que estamos fazendo é começar esse futuro agora, com propósito, planejamento e coragem.”

 

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