O Banco do Estado do Espírito Santo e o Banco Senff, com sede em Curitiba, são as duas primeiras empresas brasileiras a aderirem ao chamado Seguro Reverso, modalidade desenvolvida pela seguradora espanhola Mapfre voltada à inclusão de consumidores no mercado de seguros. Por meio de uma proposta flexível e integrada ao ambiente digital dos parceiros, a solução permite que o cliente escolha o quanto deseja pagar e, a partir disso, recebe automaticamente uma proposta com coberturas ajustadas ao valor informado, conforme a necessidade do cliente.
Com uma base de 1,4 milhão de clientes, sendo 1,3 milhão de pessoas físicas, o Banco do Estado do Espírito Santo mantém, atualmente, a maior rede bancária entre as cidades capixabas. Já o Banco Senff tem mais de 130 anos de história e é uma das principais referências bancárias do sul do país, com mais de 4 milhões de clientes.
“O Seguro Reverso representa um avanço no modelo de precificação e distribuição do setor. Em vez de partir de um produto pré-formatado, ele parte da capacidade de pagamento do cliente. Essa inversão de lógica é relevante porque amplia o público endereçável e cria eficiência na oferta, ao permitir que o seguro se adapte ao perfil financeiro e comportamental de cada consumidor. É um modelo escalável, baseado em dados, tecnologia e integração com parceiros digitais”, afirmou Oscar Celada, CEO de negócios da Mapfre no Brasil, onde a empresa atua desde 1992.
Após um 2024 bem-sucedido, com receitas globais atingindo € 33 bilhões e mais de 31 milhões de clientes em todo o mundo, a Mapfre vem apostando em um modelo de seguro sob demanda, integrado a plataformas de bancos, fintechs, varejos e outros parceiros, dentro da lógica de embedded insurance, formato em que o seguro é oferecido diretamente no fluxo digital do parceiro, como parte da jornada de contratação de crédito, consultoria financeira ou patrimonial, abertura de conta e compra parcelada, por exemplo.
“O Seguro Reverso é uma proposta que respeita o orçamento do cliente e simplifica a jornada de contratação. Ele pode escolher pagar o valor que desejar, como por exemplo R$ 20, R$ 50, R$ 100 mensalmente, e com isso montamos automaticamente o pacote de proteção possível dentro desse valor”, disse o superintendente comercial de bancassurance e parcerias financeiras da Mapfre, Lucas Feliciano. “É uma solução pensada para públicos que muitas vezes nunca tiveram acesso a um seguro ou consideravam o produto caro e complexo”, enfatizou Lucas.
A cobertura pode incluir diferentes modalidades, como seguro de vida, invalidez, perda de renda, acidentes pessoais, assistência funeral, proteção financeira e residencial, entre outras. O pagamento pode ser feito mensal ou anualmente e toda a contratação ocorre de forma digital, diretamente no aplicativo ou site do parceiro. A seguradora tem investido em uma operação dedicada ao desenvolvimento de soluções customizadas para terceiros, com tecnologia modular, APIs abertas e esteiras de integração prontas para diferentes jornadas, desde apps e carteiras digitais até plataformas de crédito e marketplaces.
Além da proposta sob medida, o Seguro Reverso também reflete um movimento estratégico na atuação da Mapfre no País. A seguradora tem ampliado parcerias com plataformas digitais e bancos para operar como fornecedora de produtos modulares, prontos para serem incorporados por diferentes tipos de canais. Com esse modelo, a Mapfre quer ocupar uma posição diferente no ecossistema, focada não só na venda da apólice, mas também como uma infraestrutura de proteção que pode ser incorporada ao dia a dia de outros negócios. Nos últimos meses, a companhia reestruturou as áreas de parcerias estratégicas e reforçou a equipe com profissionais do mercado para acelerar essa frente.
“Nosso objetivo é reposicionar a Mapfre como uma plataforma de proteção dentro dos ecossistemas de terceiros, seja num aplicativo bancário, numa fintech ou numa plataforma de varejo. Ao operar como infraestrutura de seguros, com esteiras de integração, precificação automatizada e APIs abertas, conseguimos acelerar o tempo de entrada em novos canais e reduzir o custo de distribuição. Essa abordagem B2B2C é um dos eixos centrais da nossa estratégia de crescimento no país. Nossa ambição é ampliar o alcance do seguro no país, conectando proteção ao cotidiano digital de milhões de pessoas que ainda estão fora desse mercado”, diz o CEO Oscar Celada.

