Academia Gaviões ganha músculos fora do Brasil e projeta 300 unidades até 2026

Até 2020, empresa familiar com 50 anos de história tinha apenas cinco unidades. Com projeto de franquias, hoje tem 64, outros 80 contratos já estão assinados. Meta é abrir 300 até 2026, com receita perto de R$ 1 bi

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Imagens: Divulgação

Na Academia Gaviões, equipamentos são multimarcas, importados principalmente dos Estados Unidos, Itália e China

Na Academia Gaviões, equipamentos são multimarcas, importados principalmente dos Estados Unidos, Itália e China

Primeiro conheça a si mesmo, depois conheça os outros. Esse é um dos ensinamentos do caratê, modalidade que deu início à Academia Gaviões há 50 anos. Em 1974, o casal Léo e Roseli Aguiar montou uma pequena estrutura em uma garagem no bairro do Tucuruvi, em São Paulo. Mais de duas décadas depois, transferiram a sede para uma estrutura maior na cidade de Guarulhos (SP). A segunda unidade veio somente no ano 2000. Em seguida, outras três. A família Aguiar ficou com cinco academias durante 45 anos — conhecendo a si mesma. Apenas nos últimos cinco anos abriu o modelo de franquias — para conhecer os outros.

Hoje são 64 unidades em operação, outras 80 já contratadas e um plano que visa chegar a 300 até o fim de 2026, alcançando um faturamento próximo de R$ 1 bilhão. Aliado a esse planejamento está o processo de internacionalização. A Academia Gaviões já está presente no Paraguai e em Portugal, e suas asas já começam a bater rumo aos Estados Unidos.

“Estamos no nosso momento mais acelerado, em plena expansão”, afirmou ao BRAZIL ECONOMY Priscila Aguiar, CEO da marca e filha do casal fundador.

As 64 unidades em funcionamento — sendo 14 próprias e 50 franqueadas — possuem 160 mil alunos inscritos. O faturamento de 2024 foi de R$ 113 milhões, e, faltando três meses para terminar o ano de 2025, esse valor já foi alcançado.

A expectativa de receita para 2026 é de R$ 900 milhões, com 200 unidades ativas e outras 100 contratadas. Se o projeto para o Brasil é ousado, o plano internacional é igualmente ambicioso.

Casal Léo e Roseli, fundadores da Academia Gaviões, com a filha Priscila Aguiar, CEO da empresa
Casal Léo e Roseli, fundadores da Academia Gaviões, com a filha Priscila Aguiar, CEO da empresa

No Paraguai, já são três unidades inauguradas — em Ciudad del Este e Santa Rita — e sete em implantação. “A expectativa é chegar a 40 no país nos próximos cinco anos. Temos um parceiro importante para viabilizar isso”, disse Priscila, que começou a trabalhar na Academia Gaviões aos 13 anos, ajudando os pais na recepção.

Em Portugal, há uma unidade, levada por um franqueado de São Paulo, e outra nos Estados Unidos está sendo preparada, com abertura prevista até o fim do próximo ano.

Diferenciais

Apesar do nome, a Academia Gaviões nada tem a ver com a famosa torcida organizada do Corinthians. A marca foi criada por Léo Aguiar, que escolheu a ave como símbolo da empresa — uma tendência entre academias de caratê nas décadas de 1970 e 1980.

Entre os diferenciais está o funcionamento 24 horas por dia (exceto as unidades dentro de shoppings) e uma estrutura que inclui musculação, lutas, dança e pilates.

Os equipamentos são multimarcas, importados principalmente dos Estados Unidos, Itália e China. Para uma empresa que atende tanto alunos iniciantes quanto os mais experientes, essa variedade tem surtido efeito positivo no negócio.

“É um mix atrativo de máquinas, que o nosso aluno gosta de usar na Gaviões e não costuma encontrar em outros lugares”, afirmou a executiva, que contratou uma consultoria para preparar a empresa em seu avanço no modelo de franchising.

Além da franquia total, a Academia Gaviões também oferece a modalidade de cotas por unidade. Em muitas delas, a própria família fundadora é parceira do negócio.

“O fato de sermos uma família cuidando do negócio traz mais segurança para quem está adquirindo uma franquia ou uma cota”, disse Priscila. “Trazemos toda a expertise que desenvolvemos nesses 50 anos de atuação nesse mercado.”

Além de Priscila, outros dois irmãos ocupam funções executivas na companhia: Daniel Aguiar, responsável por tecnologia e inovação, e Leandro Aguiar, encarregado da área de expansão. Os pais e fundadores, Léo e Roseli, integram o conselho administrativo.

“Com esse organograma e nossa governança, ganhamos mais clareza das nossas atividades e responsabilidades. As demandas têm aumentado e temos um melhor fluxo de decisões”, frisou a CEO.

Dessa forma, a Academia Gaviões ganha musculatura e se prepara para seu próximo cinquentenário — levando as lições do caratê em seu DNA, como a que prega manter-se sempre alerta, diligente e capaz em sua busca pelo caminho.

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