Wake, vertical de e-commerce da LWSA, muda o foco e aposta em grandes empresas

Criada há dois anos, empresa que oferece soluções para evolução de comércio online é uma das principais estradas de crescimento do grupo, cuja receita pode atingir R$ 1,5 bilhão neste ano

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Imagens: Divulgação

Alessandro Gil, vice-presidente da Wake, uma das marcas do grupo LWSA

Alessandro Gil, vice-presidente da Wake, uma das marcas do grupo LWSA

Com apenas dois anos e meio de atuação, a Wake, vertical de e-commerce enterprise da LWSA (Locaweb), vai mudar a descrição de sua “missão”. A empresa, que antes era voltada ao pequeno empreendedor, agora mira médias e grandes companhias diante do sucesso de suas soluções para a evolução das vendas digitais de seus clientes. “Nossa missão falava em ajudar as empresas a nascerem e prosperarem no mundo digital. Hoje o propósito é mais amplo, porque também engloba empresas maiores ou que já têm intenções mais ousadas”, disse Alessandro Gil, vice-presidente da Wake, que nasceu da fusão de seis empresas do grupo: Tray Corp, All in, Samurai Experts, Ideris, Síntese e Creators. “Estamos olhando do middle market para cima. Esse é nosso cliente-alvo.”

Com crescimento trimestral acima de dois dígitos, a unidade é uma das frentes de desenvolvimento do grupo LWSA, que fechou o primeiro semestre com receita líquida de R$ 719,7 milhões, 9,6% superior ao mesmo período do ano passado. A expectativa, segundo fontes do mercado, é de que o faturamento atinja R$ 1,5 bilhão em 2025, com a Wake ainda coadjuvante no montante geral de vendas, mas protagonista no percentual de crescimento do próprio negócio e no potencial de geração de receita futura para a LWSA.

A empresa constrói e gerencia digitalmente a jornada de venda de ponta a ponta, desde a atração até a fidelização do cliente, passando pela conversão e pela transação.

São três verticais: plataforma de e-commerce (Wake Commerce); experiências digitais omnichannel baseadas em inteligência comportamental (Wake Experience); e conexão de marcas com influenciadores digitais (Wake Creators).

Também são três os principais setores em que atua: varejo de moda, material de construção e, mais recentemente, farmácias — uma das apostas para ampliar a atual base de 900 clientes.

Na avaliação de Gil, alguns parceiros de entrega das farmácias ficam com uma fatia importante da margem ao oferecer seus serviços logísticos, que poderiam ser realizados de forma mais eficiente pelas próprias redes.

As grandes do setor, como Drogaria São Paulo e RaiaDrogasil, estão bem estabelecidas nesse processo, mas há outras com operação relevante que podem evoluir na omnicanalidade, segundo o executivo.

“A maioria dos e-commerces das farmácias forma um carrinho baseado em uma loja. Por isso, observamos muitos itens não entregues com frequência. Nós acreditamos que a dinâmica deveria ser contrária: primeiro o consumidor forma seu carrinho de compra e depois a rede escolhe a melhor loja para atender aquele pedido”, salientou Gil.

Momento do varejo

No cenário em que o varejo está, de fato, colocando energia para otimizar a operação diante de margens curtas, com inflação acima de 5% e juros básicos a 15% ao ano, a Wake se apresenta como aliada nesse processo, ao oferecer, segundo Gil, “a melhor orquestração possível no mercado brasileiro de integração do físico com o digital”.

Em uma rede de lojas de roupas, por exemplo, o estoque é muito pulverizado. Cada unidade tem o seu, e ainda é preciso haver conexão com o e-commerce. A Wake virtualiza o estoque loja a loja. Em outra camada, junta o estoque de todas as lojas como se fosse um só, aumentando a disponibilidade para as vendas online.

“Em alguns casos, a conversão de vendas cresce 40%, porque quanto mais produto disponível, mais se vende”, disse o executivo, ressaltando que o sistema de realocação automática evita a ruptura (falta do produto) na loja.

“Realocamos automaticamente os itens para outras unidades para manter o consumidor sem prejuízo”, acrescentou. “Isso gera uma eficiência operacional importante.”

Além disso, a plataforma utiliza critérios específicos, como a margem de cada loja, para definir a melhor entrega ao consumidor. “Assim, nem sempre a melhor venda está na loja mais próxima do pedido. E isso sem comprometer o desempenho no canal físico. Não podemos desabastecer uma loja que vende muito em detrimento de uma que tem pouco movimento”, exemplificou o vice-presidente da Wake, que prepara novas evoluções em suas ferramentas.

Entre as novidades está a ampliação da linha de disparo de contatos com consumidores por e-mail, SMS e WhatsApp. A plataforma entende o comportamento das pessoas e dispara ações como promoções e avisos.

A Wake também trabalha na criação de agentes para responder às interações, inclusive com alterações de preços de produtos de forma dinâmica. “Devemos lançar até o fim deste ano ou início do próximo”, disse Gil.

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