Criada em 2007, a incorporadora Meta está lançando no Jardim Guedala o empreendimento mais ambicioso de sua trajetória: The Club, complexo multiuso de 43 mil m² de área construída e Valor Geral de Vendas de R$ 500 milhões. Com projeto assinado pelo arquiteto Gui Mattos, o complexo combina residências de alto padrão, estúdios, escritórios e área comercial. Mas o trunfo está nas mais de 45 amenities, incluindo quadras de beach tennis, simuladores de Fórmula 1 e spa.
Para o CEO da Meta, Alexandre Souza Lima, o empreendimento foi concebido como um “clube dentro do bairro”, em que os serviços são operados por profissionais e comércios já consolidados no Jardim Guedala, bairro que vem passando por uma rápida transição. “Não adianta só entregar academia e piscina. Esses espaços precisam funcionar bem”, disse o CEO. “Por isso, trouxemos para dentro do prédio gente como o fisioterapeuta Douglas Gil, que vai gerir a área de wellness, ou a padaria Dona Celina, que servirá café da manhã todos os dias. É o bairro entrando no prédio.”

Engenheiro que diz adorar arquitetura, Souza Lima começou a construir aos 21 anos em uma empresa modesta, que fazia desde serviços de manutenção — como pintura, instalações elétricas e hidráulicas, guaritas e outros — para construtoras maiores. “Muito rapidamente, a Meta cresceu bastante e a gente se especializou em obras comerciais de alto padrão”, afirma. “Viramos líderes no segmento de construir restaurantes, lojas, academias, esse tipo de coisa.” O foco era a região dos Jardins e do Itaim-Bibi. Até que o Jardim Guedala, onde o CEO da Meta vive há 25 anos, entrou no radar.
O bairro, diz ele, vive um momento de redescoberta. “Muitos moradores de outras regiões estão migrando para cá”, afirmou. Os atrativos vão da boa oferta de escolas de ponta, como Miguel de Cervantes, Santo Américo e Porto Seguro, a hospitais como o Albert Einstein e o São Luiz. “Antes da pandemia, a decisão de compra do imóvel se baseava no percurso até o trabalho.” Segundo o CEO da Meta, isso mudou. “Hoje, muita gente prefere morar perto de onde os filhos estudam e onde há qualidade de vida, mas sem perder tanto tempo com deslocamentos.” Com 42 andares que combinam residências de até 284 m² com estúdios compactos e espaços corporativos, o The Club busca capturar essa nova demanda.
Para Souza Lima, a proximidade de polos empresariais como as regiões das Avenidas Berrini e Faria Lima torna o Jardim Guedala estratégico. “E o metro quadrado aqui custa metade do que no Itaim”, afirmou, durante entrevista ao Brazil Economy no estande de vendas que apresenta o empreendimento.
A demonstração do prédio, que será construído em torre única, usa uma inovadora tecnologia gráfica, com animações que mostram até detalhes da vista de acordo com a hora do dia e a posição do sol. Sem nenhum apartamento decorado para visitação, o showroom serve para mostrar as dimensões do terreno. Ele foi montado a partir da entrada de um sócio que já possuía uma área no local e exigiu a aquisição de várias residências.
“A gente, há algum tempo, estava tentando formar um terreno grande que possibilitasse desenvolver um produto como esse, que conseguisse entregar um cardápio de amenities enorme, que fosse como um clube dentro do bairro, com serviços do bairro dentro do empreendimento”, disse Souza Lima. Só a área de lazer terá 3 mil m². As lojas somarão outros 2 mil m², em um lote que confronta três ruas. Uma delas é a Avenida Francisco Morato, artéria que cruza a zona oeste da capital a partir do corredor Rebouças–Eusébio Matoso e desemboca na rodovia Régis Bittencourt – principal acesso ao Sul do país.

Uma peculiaridade da Meta é que, além de construir, ela administra parte dos imóveis entregues. “Mais de 90% do mercado olha o imóvel como instrumento de operação financeira. O nosso negócio não é esse. Acreditamos no produto. Tanto que construímos com recursos próprios, sem recorrer a bancos, e mantemos em carteira várias unidades para acompanhar de perto como o prédio se comporta”, afirma.
Essa escolha, segundo ele, garante que o empreendimento preserve a qualidade pensada no projeto. “Um prédio tem alma. O que dá valor a ele é a vida que abriga, os serviços que realmente funcionam. Quando ficamos com parte das unidades, conseguimos zelar para que não se perca o espírito original.”