O Rio de Janeiro receberá entre 12 e 15 de agosto a 5ª edição do Rio Innovation Week, maior evento de inovação da América Latina e um dos maiores do mundo e que deve movimentar, este ano, cerca de R$ 4 bilhões em negócios. A ideia de fazer um encontro desta magnitude, que este ano deve receber 200 mil pessoas, contra 185 mil no ano passado, surgiu dos sócios Fábio Queiroz, Jerônimo Vargas e Carlos Junior, que concedeu entrevista exclusiva ao BRAZIL ECONOMY.
Ele falou sobre as perspectivas para o evento que ocorre no Pier Mauá, com vista privilegiada da capital carioca, algo considerado na escolha do local. “Existem espaços de eventos onde não se vê o Rio e achamos que fazer no Pier Mauá possibilita essa vantagem”, explicou o executivo. Pela primeira vez, a Marinha do Brasil será uma das participantes e cederá um navio para que eventos ocorram dentro dele.
Para Carlos Junior, o incentivo à estratégia de Venture Capital é um dos focos principais a serem debatidos no evento, já que é uma tendência que vem redirecionando suas atenções. “Sempre focamos muito na importância do Venture Capital em todas as edições do evento, mas, o que temos notado é que antigamente esta estratégia era quase que exclusivamente utilizada por startups de tecnologia, mas, agora o setor de biotecnologia tem se tornado a ‘bola da vez’ para este tipo de investidores”.
Ele cita como exemplos startups que utilizam lixo como forma de criar novos produtos por meio de biometano ou ainda que trabalham com pasta de peixes produzidas em laboratório e que se tornam alimentos, como bolinhos de bacalhau, por exemplo. O evento contará com espaços gratuitos de fomento às startups no Brasil, onde jovens empresários podem fazer treinamentos gratuitos com mentoria, conexão com investidores e um ambiente para expor suas ideias que podem gerar produtos interessantes.
“Quando alguém quer desenvolver, patentear e oferecer um produto ao mercado ele precisa ver o Venture Capital como uma opção cada vez mais viável. Para isso, os investidores dessa estratégia devem ter confiança em assumir o risco dessas novas empresas considerando que elas podem dar certo e conseguir bons faturamentos”, afirmou o sócio. Porém, ele sinaliza que startups brasileiras ainda encontram certa dificuldade em conseguir capital privado para desenvolver suas pesquisas no Brasil, enquanto isso já é uma tendência no resto do mundo.
Carlos Junior tem grande conhecimento do setor de startups e é uma das principais referências no mercado brasileiro. Em 2017, foi eleito pela Associação Brasileira de Startups (ABS) como um dos 10 melhores mentores do Brasil e, em 2021, foi reconhecido como um dos TOP 10 investidores anjo no Startup Awards da ABS. A edição deste ano do Rio Innovation Week é o maior desafio de sua carreira diante da magnitude do evento.
“Nosso grande diferencial é fazer pequenos eventos dentro de um encontro enorme. Isso é único no mundo todo. São 200 mil pessoas divididas em mais de 35 conferências temáticas onde ocorrem discussões específicas. Se você vai no ambiente de energia, tem dois ou três palcos falando só sobre isso. Em outros eventos, as pessoas precisam procurar o assunto que tem mais interesse no meio de todos e isso tira a densidade do encontro”, afirmou.
Entre os palestrantes confirmados, o Rio Innovation Week preza mais uma vez por grandes nomes do mercado, como João Appolinário (Fundador da Polishop), Caito Maia (CEO da Chilli Beans), John Maeda, VP de IA da Microsoft) e Camila Farani (Maior investidora Anjo mulher da América Latina). Ao mesmo tempo, também traz palestrantes de peso fora do mercado executivo, como Denis Mukwege (Prêmio Nobel da Paz), Sebastian Vettel (Tetracampeão Mundial de Fórmula 1) e Rebeca Andrade (Ginasta Bicampeã Olímpica). “Por nomes assim, somos conhecidos por muitos como o ‘Rock in Rio’ da inovação”, explicou o executivo.
