Tarifaço dos EUA e retorno do IOF ampliam pressão sobre dólar, inflação e consumo

Medidas simultâneas causam volatilidade no dólar, alta de preços e encarecimento do crédito, desenhando um cenário de pressão dupla sobre o consumidor brasileiro

Raissa Florence*
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Imagens: Divulgação

Raissa Florence afirma que a volta do IOF vai ampliar a arrecadação, mas encarecer financiamentos, viagens e remessas

Raissa Florence afirma que a volta do IOF vai ampliar a arrecadação, mas encarecer financiamentos, viagens e remessas

A combinação entre o novo pacote tarifário dos Estados Unidos e a retomada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com cobrança retroativa no Brasil, deve acionar um efeito dominó sobre o câmbio, a inflação e o custo de vida dos brasileiros. A avaliação é de Raissa Florence, economista e diretora da Oz Câmbio, que alerta: “Estamos diante de gatilhos simultâneos que agravam a instabilidade da nossa economia e impactam diretamente o bolso da população”.

De um lado, o governo norte-americano anunciou um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, o que provocou uma reação imediata nos mercados, com disparada do dólar futuro e queda expressiva da bolsa. Para a economista Raissa Florence, da Oz Câmbio, o impacto da medida é estrutural e atinge diretamente setores estratégicos da economia brasileira, que têm alta dependência de insumos e bens importados. “A pressão cambial resultante pode se refletir rapidamente nos preços de alimentos, combustíveis e serviços do cotidiano, mesmo antes de qualquer resposta diplomática formal por parte do governo brasileiro.”

Do outro lado, a retomada das alíquotas elevadas do IOF em operações de crédito e câmbio — decisão mantida pelo STF em 16 de julho — amplia a arrecadação federal, mas encarece o custo de financiamentos, viagens e remessas internacionais. Estima-se um impacto de R$ 11,55 bilhões aos cofres públicos em 2025, com repercussões também no consumo interno. “É uma carga dupla no bolso do brasileiro. O câmbio instável afeta o custo dos produtos. O IOF pesa no parcelamento, encarece viagens e impõe custo adicional até nos pequenos envios de dinheiro ao exterior. O resultado é mais pressão inflacionária, menos poder de compra e um clima de insegurança para quem precisa operar com moeda estrangeira”, conclui Raissa.

A Oz Câmbio, corretora licenciada pelo Banco Central, monitora diariamente os impactos do cenário macroeconômico sobre o mercado de câmbio e orienta consumidores e empresas sobre como mitigar riscos em períodos de alta volatilidade. Com tecnologia proprietária e foco em inovação, a Oz se posiciona como uma das principais referências do setor em segurança e automação no câmbio digital.

*Raissa Florence é economista e sócia da Oz Câmbio

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