A América Latina vive uma transformação silenciosa, mas poderosa: o uso de stablecoins como ferramenta de inclusão financeira. Nesse movimento, o Brasil está na vanguarda, mostrando ao continente como unir a praticidade do sistema bancário tradicional com a liberdade das criptomoedas.
O Pix, com sua facilidade e velocidade, foi o primeiro passo para democratizar os pagamentos instantâneos. Hoje, ele vai além das fronteiras brasileiras, permitindo que turistas e comerciantes argentinos transacionem entre reais, pesos e dólar digital sem precisar de contas bancárias ou casas de câmbio. Atualmente, mais de 1.100 estabelecimentos na Argentina já aceitam Pix, com 370 mil comerciantes brasileiros recebendo pagamentos de argentinos.
Essa integração só foi possível porque stablecoins como USDT e VRL (stablecoin indexada ao real) estão sendo incorporadas ao sistema financeiro de forma prática e regulamentada. Na Smartpay, criamos o Truther, que permite ao usuário pagar boletos, contas e transferir valores via Pix utilizando stablecoins, além de sacar reais em mais de 24 mil ATMs e 13.500 lotéricas no Brasil.
Este é o verdadeiro significado de inclusão financeira: oferecer liberdade de escolha, independência bancária e facilidade de acesso ao sistema financeiro para qualquer pessoa, independentemente de fronteiras ou restrições bancárias tradicionais.
Outro ponto decisivo é o avanço das tecnologias de blockchain, como a Liquid, que estamos utilizando para oferecer contas globais em USDT, garantindo privacidade nas transações e atendendo a regulamentações internacionais, como a Travel Rule e o MiCA, alinhadas aos estudos que o Banco Central vem realizando com o Drex. Essa tecnologia permite que transações entre usuários sejam feitas de forma privada, sem expor saldos ou históricos, trazendo segurança e transparência ao usuário.
O resultado é uma ponte real entre o mundo cripto e o sistema financeiro tradicional, permitindo liquidez, privacidade e inclusão, além de possibilitar que bancos e fintechs ofereçam contas em dólar digital com total compliance regulatório, enquanto garantem usabilidade para o usuário final.
O mercado está preparado, os usuários estão prontos e as instituições estão se adaptando para essa nova realidade. Reguladores no Brasil, na Argentina e em outros países da região já compreenderam que a digitalização da economia é inevitável. Agora, a questão não é mais “se” ou “quando”, mas quem estará preparado para liderar este mercado em constante evolução.
Na Smartpay, estamos prontos. Nosso compromisso é garantir que stablecoins sejam uma alternativa segura, regulamentada e amplamente acessível, permitindo que pessoas e empresas realizem transações globais de maneira simples e eficiente, conectando o sistema financeiro tradicional ao mercado cripto com a segurança que o usuário merece.
A Truther, desenvolvida pela Smartpay, traz uma proposta inédita no mercado brasileiro: une a autonomia de uma carteira autocustodiada com a integração ao sistema financeiro nacional. O usuário pode, por exemplo, receber reais via Pix, converter automaticamente em stablecoins como USDT, VRL (lastreada no real) ou Bitcoin, mantendo esses ativos sob sua custódia — sem intermediários.
A inclusão financeira está acontecendo agora, e o Brasil é o líder dessa transformação na América Latina.
*Rocelo Lopes é CEO da Smartpay