Joint-venture da Totvs com a B3, a Dimensa anuncia nesta sexta-feira (25), em evento do Sinfac-SP (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo), novas frentes de parceria com o Serasa e a Equifax BoaVista. A informação foi obtida com exclusividade pelo BRAZIL ECONOMY.
“Teremos novos produtos na nossa plataforma. Essa parceria com os birôs de crédito é um desejo antigo e faz muita diferença na nossa atuação junto ao mercado de análise de crédito”, disse Ubiratan Lima, diretor da unidade de negócio de risco da Dimensa.
A companhia já mantém relação com o Cenprot, que centraliza as informações dos cartórios de protesto. Com Serasa e Boa Equifax BoaVista, serão três mais canais de captura de dados, que poderão ser cruzados para traçar perfis cada vez mais precisos dos potenciais tomadores de crédito.
“Podemos comparar as negativações em fontes diferentes para verificar, com cada vez mais precisão, os comportamentos que levam à inibição de negativação”, afirmou Lima.
As novas soluções que serão disponibilizadas se somarão às já existentes. Entre elas, a RegWhatch, lançada no início do ano. Trata-se de uma ferramenta de monitoramento regulatório automatizado, com acesso a uma base de dados de mais de 1 milhão de normativas.
A unidade que analisa riscos de crédito é uma das quatro da Dimensa, que também atua com soluções financeiras para bancos, investimentos e seguros. Criada em 2021, a empresa tem 62,5% de participação da Totvs e 37,5% da B3. No ano passado, registrou uma receita líquida de R$ 224 milhões, com R$ 48 milhões de lucro líquido.
Nove dos 10 maiores bancos do país são clientes da Dimensa, o que permite o processamento de R$ 13 trilhões em ativos e 85% do mercado nacional de fundos líquidos. São pouco mais de 900 clientes. A expectativa é encerrar 2025 com 1.000 logos.
Magia? Não! Tecnologia!
A BU (Business Unit) de riscos de crédito tem crescido entre 20% e 25% ao ano. É transversal, pois atua de forma ativa nas outras linhas de negócio da Dimensa.
Com o dinâmico segmento financeiro do Brasil, que busca informação numa velocidade cada vez maior e com grau de interação cada vez mais intenso, a companhia tem a missão de oferecer “confiança”, segundo Ubiratan Lima.
“O mercado demanda um trust advisor célere, barato e mágico, com capacidade de oferecer poder preditivo aos clientes”, disse o executivo.
O “poder preditivo” citado pelo diretor refere-se a ferramentas que permitem prever cenários a partir de inúmeras variáveis, como taxa de juros, inflação e flutuação cambial. É previsão do futuro? “Não é magia, é tecnologia”, destacou Lima.
Para avaliação de riscos, são consultadas mais de 400 fontes públicas de informação. A empresa monta um quadro com as possibilidades que enxerga e a solução da Dimensa aponta os possíveis cenários. A partir disso, o cliente toma sua decisão.
“A decisão sempre é do cliente, e a decisão de risco, na minha visão, sempre será humana. Porque a decisão de risco só faz sentido se houver percepção assimétrica do mercado”, frisou o diretor.
“Quero que nosso cliente nos use para ser mais rápido, mais eficiente, mais assertivo e que ele tenha mais possibilidades de ação a partir das nossas ferramentas”, acrescentou.
É como se a Dimensa oferecesse um pantone de cores para que o artista pinte seu quadro da maneira que desejar, com seu estilo, seu perfil e com a análise do momento de seu ateliê.
O dashboard é customizável, a partir de termos de pesquisa e filtros, para encontrar normas relevantes a um tema específico, setor ou empresa. “Temos uma Inteligência Artificial que monitora tudo isso e gera relatórios com tudo o que precisa ser feito pelos clientes para estarem em conformidade com leis, normas e regulamentações”, disse Lima.
São averiguados dados do Banco Central, CVM, Susep, projetos de lei estaduais e federais, fontes do exterior e outros canais.