A Mapfre Seguros, companhia espanhola líder de seguros na América Latina, registrou um salto de 35% na demanda por cartas de crédito destinadas à aquisição de imóveis fora do Brasil no acumulado dos últimos 12 meses. O movimento reflete o apetite crescente do brasileiro em procurar um consórcio internacional de imóvel não apenas como um bem de uso, mas como uma estratégia de diversificação patrimonial e de exposição ao dólar ou ao euro.
A companhia enxerga esse movimento como uma necessidade dos investidores acessarem o mercado imobiliário internacional sem recorrer ao crédito externo ou a aportes à vista, oferecendo previsibilidade, planejamento financeiro e segurança jurídica. Até o momento, Miami, Lisboa e Madrid são as cidades mais procuradas pela carteira da seguradora, mas a companhia já começou a mapear outras praças de interesse, como alguns mercados da América Latina.
“Na Mapfre, o consórcio faz parte de uma estratégia maior, que é ajudar as pessoas a construir patrimônio de forma inteligente. Hoje, estamos vendo um movimento do consumidor brasileiro, cada vez mais conectado com oportunidades fora do País, buscando não só diversificação cambial, mas também uma forma estruturada de investir com inteligência e planejamento. Entrar no segmento de imóveis no exterior via consórcio é uma resposta a esse novo perfil de cliente”, afirma Oscar Celada, CEO de Negócios da Mapfre Seguros.
No Brasil, a companhia oferece uma ampla gama de serviços que incluem seguros, previdência, investimentos, consórcios, capitalização e assistência a residências e veículos. Porém, a compra de imóveis no exterior via consórcio ainda é uma novidade, principalmente porque essa é uma modalidade tipicamente brasileira. Atualmente, apenas dois players no Brasil oferecem essa opção de consórcios com o serviço completo de consultoria e operação, o que mostra que esse mercado, apesar de estar no começo, tem grande potencial de crescimento.
“O brasileiro está cada vez mais atento à diversificação geográfica dos investimentos, mas nem sempre tem liquidez ou acesso facilitado a financiamentos internacionais. Estamos adaptando um produto tipicamente brasileiro, que é o de consórcios, para uma demanda que já é global na busca por imóveis fora do país”, explica a superintendente de seguros massificados e consórcios da Mapfre, Andrea Nogueira.
Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o volume de consórcios imobiliários cresceu mais de 41% no acumulado de 2025. A Mapfre, que vem acompanhando o crescimento da média do setor, aposta que o movimento de internacionalização pode abrir um novo ciclo de expansão.
Presente no portfólio da Mapfre desde 2019, o consórcio internacional permite que os participantes usem as cartas de crédito para adquirir imóveis em mercados como Estados Unidos, Portugal e Espanha, destinos já consolidados entre os brasileiros que buscam renda em moeda forte, segunda residência ou até uma porta de entrada para o processo de dupla cidadania. O tíquete médio das cartas de crédito internacionais da Mapfre gira em torno de R$ 1 milhão, podendo chegar a R$ 3 milhões. Os grupos têm prazos de até 204 meses (17 anos) e o processo é estruturado com suporte jurídico e consultoria cambial, garantindo segurança tanto no Brasil quanto no país de destino.
O crescimento da modalidade internacional acompanha o desempenho robusto do braço de consórcios da Mapfre, que fechou o primeiro trimestre de 2025 com alta de 45% na originação de novas cartas em todas as categorias, puxado principalmente pelo segmento imobiliário. Com o cenário de juros ainda elevados no Brasil e o câmbio volátil, a companhia acredita que o consórcio seguirá como alternativa eficiente para quem deseja converter seus patrimônios em dólar ou euro de forma gradual, sem se expor imediatamente às flutuações cambiais ou à necessidade de grandes aportes iniciais.
“Damos todo o suporte técnico, jurídico e operacional. E isso é fundamental, porque quando falamos de comprar um imóvel em outro país, as regras são diferentes, os processos são outros. Ter esse acompanhamento faz toda a diferença para o cliente. Essa é uma decisão estratégica da Mapfre e que amplia fronteiras. Estamos falando de abrir portas para que mais brasileiros tenham acesso a ativos globais com planejamento e segurança”, finaliza Oscar Celada.