HSM triplica receita ao conectar CEOs ao futuro com imersões em IA, China e festivais

Plataforma de educação corporativa da Ânima se reinventa e vê receita com ensino passar de 40% para 80%, superando a tradicional linha de negócios de eventos

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Imagens: Divulgação

Reynaldo Gama assumiu como CEO da HSM em 2019: receita triplicou em seis anos

Reynaldo Gama assumiu como CEO da HSM em 2019: receita triplicou em seis anos

Denise Fraga, atriz, produtora e cronista brasileira, propõe em seu monólogo “Tem Tempo pra Tudo” uma reflexão sobre os desafios da vida moderna. Diante de um cotidiano cada vez mais frenético, com prazos curtos e pressões por demandas quase inalcançáveis, encontrar o equilíbrio é tão essencial quanto complexo. Já Scott Galloway, professor de marketing da Stern School of Business, da Universidade de Nova York, e um dos maiores especialistas em tecnologia e negócios da atualidade, expõe em suas apresentações análises profundas sobre o poder de empresas como Amazon, Apple, Facebook e Google. Ele instiga o público a pensar de forma diferente e olhar para o mercado em busca de oportunidades.

Mas onde se encontram as performances, as carreiras e as ideias de Denise Fraga e Scott Galloway? A resposta está no modelo de atuação da HSM, plataforma de educação corporativa, que tem se transformado diante de um mundo impactado por inteligência artificial e computação quântica, além de uma geopolítica abalada pelas relações dos Estados Unidos com outras nações importantes, inclusive o Brasil – e, em especial, a China.

Com o dinamismo arrebatador dos tempos atuais, manter-se atento a movimentos e tendências – sem descuidar da saúde mental – é questão de sobrevivência no mercado. A HSM sabe disso. E os executivos buscam exatamente isso.

Com o conceito de lifelong learning (aprendizado ao longo da vida) incorporado ao negócio nos últimos anos, a HSM virou a chave para permanecer relevante em seus 38 anos de atuação no setor.

Juntar Denise Fraga e Scott Galloway no ano passado, na abertura do palco principal do HSM+, um dos principais eventos de gestão e inovação da América Latina, teve um caráter emblemático sobre o atual momento da companhia – braço importante da Ânima Educação, que recentemente, pela primeira vez em sua história, superou a marca de R$ 1 bilhão em um trimestre: mais precisamente, R$ 1,04 bilhão de janeiro a março deste ano.

Ao longo do tempo, a HSM deixou de ser uma empresa focada apenas em eventos corporativos para se tornar, de fato, uma companhia de educação. “Quando eu assumi, 60% do faturamento vinha de eventos. Hoje, 80% da receita é gerada com educação”, afirmou Reynaldo Gama, CEO da HSM desde 2019.

“A gente fala muito de soft skills. Na verdade, não gostamos muito desse nome, porque de soft não tem nada”, disse o executivo ao BRAZIL ECONOMY, em uma conversa realizada no Learning Village, prédio localizado na Vila Madalena, em São Paulo, idealizado pela HSM para fomentar um ecossistema de geração de negócios entre startups, grandes empresas e laboratórios de inovação.

Com essa transformação, a HSM triplicou o faturamento nos últimos seis anos – os números específicos da empresa não são divulgados separadamente pela Ânima. A evolução foi mais acentuada nos últimos três anos, após a pandemia.

Aliás, a pandemia foi praticamente antecipada por Yuval Noah Harari, no fim de 2019, quando abriu o evento da HSM. Incitado a falar sobre o futuro da humanidade, inclusive sobre a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial, disse que o mais provável seria o surgimento de uma pandemia.

Com o The Town Learning Journey (foto) e Rock in Rio Academy, a HSM oferece experiências de aprendizado dentro dos maiores festivais de música do mundo
Com o The Town Learning Journey (foto) e Rock in Rio Academy, a HSM oferece experiências de aprendizado dentro dos maiores festivais de música do mundo

Um dos pensadores mais influentes do nosso tempo e autor de Sapiens, Homo Deus e 21 Lições para o Século XXI, Harari falou isso quatro meses antes de a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar a pandemia de Covid-19, num momento em que ninguém cogitava essa possibilidade. Ele se baseou em dados e nos ciclos históricos da humanidade.

Yuval Harari estará presente na 25ª edição do HSM+, em novembro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Qual será a previsão desta vez? “Espero que traga mais notícias boas desta vez”, brincou Reynaldo Gama.

CEO realfabetizado

Um mês atrás, a HSM promoveu a Missão IA: convidou 35 CEOs de grandes empresas para um dia de imersão prática no uso de ferramentas de inteligência artificial.

O resultado da experiência foi resumido por André Turquetto, CEO da Veloe: “Fui realfabetizado”, disse ele, sobre a plataforma de pagamentos para pedágios e estacionamentos.

“Foi um verdadeiro convite ao desconforto e à redefinição do nosso papel como líderes. Quanto mais eu experimentava, mais percebia o quanto ainda não sabia. Voltei para casa com muito mais perguntas do que respostas – mas também instigado a desbravar esse mundo de possibilidades e criação de futuros”, descreveu no LinkedIn.

A Missão IA é um exemplo de como a HSM tem se posicionado para ampliar sua atuação, oferecer conteúdo diferenciado, atrair clientes e parceiros, e diversificar sua receita. “O que fizemos na Missão IA reverbera no ecossistema dos CEOs”, destacou Gama.

Sob o guarda-chuva da HSM estão ainda Singularity Brazil, HSM Expo, HSM Academy, Revista HSM Management, projetos CO-branded, HSM Experience e HSM University.

A HSM atende cerca de 1.000 empresas. Aproximadamente 400 firmam contratos anualmente, com soluções que vão desde cursos prontos até grades personalizadas montadas conforme as necessidades de cada organização – inclusive com salas de aula instaladas nas sedes dos clientes.

O corpo docente é formado por 500 profissionais, entre professores e especialistas. Um dos nomes mais relevantes é Guilherme Horn, CEO do WhatsApp no Brasil, Índia e Indonésia. “Fala de blockchain há anos com a gente”, pontuou Gama.

“Somos uma consultoria boutique que atende organizações de 300 a 100 mil colaboradores”, explicou o CEO. “Brinco que a HSM não é um unicórnio, mas uma fênix, porque atuar com educação executiva e eventos há quase 40 anos é muito desafiador.”

Missão China

Se a HSM leva CEOs para imersões em IA, também os leva para conhecer inovações in loco, em outras partes do mundo – especialmente na China.

Com a Missão China, executivos de grandes companhias brasileiras passam 10 dias na nação asiática conhecendo empresas de tecnologia e universidades. “Eles vão beber da fonte”, afirmou Gama.

Uma das parceiras é a Tencent, uma das gigantes globais da tecnologia, com sede em Shenzhen e atuação em áreas como internet, redes sociais, jogos, serviços financeiros e IA. Além do contato com executivos chineses, os participantes têm acesso a oportunidades comerciais e aprendem com os processos e produtos desenvolvidos por lá.

Cada momento da viagem é aproveitado. “Até o ônibus, no deslocamento de um lugar para outro, vira uma sala de aula, com debates sobre o que está sendo observado”, explicou Gama.

O projeto foi criado há um ano e já realizou quatro missões. “Além de um conteúdo fortemente voltado para tecnologia, também funciona como team building para as empresas brasileiras, promovendo aculturamento e integração entre os profissionais”, ressaltou.

Universidade de shows

Outra vertente inovadora da HSM é o ensino relacionado à promoção, gestão e divulgação de música e entretenimento. Por meio dos projetos Rock in Rio Academy e The Town Learning Journey, a plataforma oferece experiências de aprendizado dentro dos maiores festivais de música do Brasil e do mundo.

Na semana entre os fins de semana de shows, os bastidores dos festivais são abertos para imersões profissionais, com foco em gestão executiva. Os participantes assistem a palestras com os criadores dos eventos e observam as soluções práticas adotadas para viabilizar os espetáculos.
“A música é só um detalhe de tudo o que acontece ali”, disse Gama.

A HSM também realiza a GPSP Academy, no mesmo formato. Os participantes conhecem a fundo tudo o que acontece na Fórmula 1, principal categoria do automobilismo mundial – desde os boxes até os bastidores de quem coordena o espetáculo da F-1.

Velocidade, dinamismo e conhecimento são os elementos que movem a modalidade. E também a HSM. Seja com pilotos, engenheiros, músicos, profissionais do entretenimento, da IA, executivos chineses, Denise Fraga, Scott Galloway ou Yuval Harari. Afinal, o aprendizado é ao longo da vida.

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