Muita gente não conhece o Efí Bank, mas quem é do varejo eletrônico certamente já ouviu falar ou até mesmo trabalha com a plataforma da fintech. Criado em 2007 por Evanil Paula, o Efí surgiu com o objetivo de atender demandas do e-commerce por soluções de pagamento mais ágeis, seguras e flexíveis. Desde então, no embalo da digitalização do setor bancário, evoluiu para se tornar relevante no mercado de meios de pagamento, com um portfólio diversificado e presença nacional.
Isso porque a instituição oferece um conjunto de soluções financeiras para empresas e empreendedores, incluindo boleto bancário, Pix, carnês, assinaturas, links de pagamento, split de pagamentos e ferramentas para e-commerce. Entre seus principais públicos estão provedores de internet, lojas virtuais, escritórios de contabilidade, profissionais da educação, prestadores de serviços autônomos e até funerárias.
No ano passado, o Efí processou 132 milhões de boletos e 87 milhões de transações via Pix. Ao todo, foram 282,9 milhões de cobranças emitidas no período. Segundo o CEO Denis Silva, no cargo desde novembro de 2024 e funcionário da empresa há uma década, o desempenho se deve à robustez tecnológica da instituição. “Temos uma API muito eficiente, capaz de suportar grandes volumes de transações com segurança e agilidade”, afirmou, em entrevista ao BRAZIL ECONOMY.
Além da tecnologia, a gestão de pessoas tem papel central na estratégia do Efí. Desde 2020, a empresa opera de forma 100% remota e, em 2022, adotou a semana de quatro dias úteis — tornando-se uma das pioneiras do setor financeiro a implementar o modelo no Brasil. A iniciativa resultou em ganhos significativos: a retenção de talentos passou de 78% para 90%, enquanto os pedidos de demissão caíram 81%.
Reconhecido com o selo Great Place to Work como a Melhor Instituição Financeira para Trabalhar no Brasil, o banco conta com quase 300 colaboradores distribuídos por diferentes regiões do país. “Temos uma equipe altamente engajada, com autonomia, foco em resultados e forte senso de responsabilidade”, destacou Silva.
A atuação próxima ao Banco Central também tem sido um dos pilares do posicionamento estratégico do Efí. A instituição participou ativamente do desenvolvimento de iniciativas como o Pix e o Open Finance. “Fomos um dos primeiros a adotar essas soluções, o que reforça nosso DNA inovador e a capacidade de execução”, afirmou o CEO.
Estratégia voltada a nichos
Focado em segmentos pouco atendidos pelos grandes bancos, o Efí desenha soluções personalizadas para nichos específicos do mercado. A abordagem, segundo Silva, gera alta aderência e fidelização. “Nosso foco é ajudar o cliente a simplificar a gestão financeira do negócio, algo que ainda representa um desafio para muitos empreendedores”, explicou.
Para 2025, a meta é alcançar R$ 150 milhões em faturamento e consolidar a liderança entre os bancos digitais voltados para empresas. Para isso, a empresa pretende ampliar investimentos em tecnologia, firmar novas parcerias estratégicas e fortalecer o relacionamento com a base de clientes.
Entre as novidades previstas estão soluções de crédito baseadas em dados transacionais, maior integração com sistemas de gestão empresarial (ERPs) e o desenvolvimento de ferramentas voltadas à conciliação e ao planejamento financeiro. “Queremos ser o banco completo para empresas — do microempreendedor individual às grandes plataformas digitais”, disse Silva.
A expectativa da instituição é seguir atuando como agente de transformação no ecossistema financeiro brasileiro. “Queremos estar cada vez mais integrados ao ambiente de inovação, contribuindo para um sistema mais eficiente, acessível e transparente”, acrescentou o executivo.
