Encontrar marcas brasileiras em diferentes países tem se tornado cada vez mais comum. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o número de operações de franquias nacionais no exterior cresceu 26,3% em 2023, com destaque para os Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Bolívia e Chile.
Esse crescimento não apenas demonstra o amadurecimento das empresas brasileiras, como também reforça a importância da análise de mercado, da pesquisa e compreensão do comportamento do consumidor local para garantir um bom desempenho no exterior. Ainda assim, é essencial reconhecer que a expansão internacional oferece oportunidades e desafios que vão muito além das fronteiras geográficas.
Entre as oportunidades estão o acesso a novos mercados e clientes e o fortalecimento da marca em diferentes territórios. Já os desafios envolvem diferenças culturais e linguísticas, complexidades legais e regulatórias, além dos riscos cambiais e econômicos, que exigem preparo e estratégia.
A internacionalização de uma marca não deve ser encarada como a simples exportação de um modelo nacional. É necessário adaptar-se à nova realidade, investir em capacitação e, principalmente, escolher bem os parceiros locais. Essa jornada exige mais do que ajustes operacionais: ela demanda sensibilidade cultural, visão estratégica e disposição para aprender continuamente.
No setor de consórcios, um produto genuinamente brasileiro, a expansão para fora do país representa a força de um modelo de negócio que conecta brasileiros ao redor do mundo. Permite que aqueles que vivem no exterior adquiram bens ou construam patrimônio no Brasil, mantendo vínculos com suas origens e projetando uma renda passiva futura por meio da modalidade.
Foi com essa visão que iniciamos nossa trajetória internacional, com a inauguração da primeira loja da Ademicon em Miami, nos Estados Unidos. O objetivo é atender a uma demanda reprimida de brasileiros que residem fora do país. A iniciativa fortalece a expansão da companhia e reforça o papel do consórcio como ferramenta de realização de projetos de vida e de retorno da riqueza ao país, já que o consórcio é em reais e operacionalizado no Brasil, por meio daqueles brasileiros que optaram por viver fora.
Mais do que nunca, estamos atentos às necessidades globais dos nossos clientes, ultrapassando fronteiras e democratizando o acesso ao crédito em qualquer parte do mundo.
*Tatiana Schuchovsky Reichmann é administradora, especializada em gestão empresarial e CEO da Ademicon