Dasa amplia serviço domiciliar e vê receita trimestral perto de R$ 2 bi com diagnósticos

Demanda crescente por conveniência e personalização impulsiona operação domiciliar e fortalece posicionamento da companhia em um setor em transformação

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Imagens: Divulgação

Rafael Lucchesi, CEO da Dasa, diz que a empresa fez investimentos para operar em escala, sem perder vínculo humano

Rafael Lucchesi, CEO da Dasa, diz que a empresa fez investimentos para operar em escala, sem perder vínculo humano

A pandemia ficou para trás, mas muitos hábitos do isolamento resistem, principalmente na área da saúde. Prova disso é o desempenho da Dasa, maior rede de medicina diagnóstica do País. Depois de registrar crescimento de 280% em 2024 na comparação com 2019 nos serviços de atendimento domiciliar (como coleta de exames), a empresa atingiu R$ 1,9 bilhão de receita com o segmento no primeiro trimestre deste ano, alta de 6% sobre o mesmo período anterior. Um recorde histórico. No atual ritmo de expansão, a Dasa vai superar a marca de R$ 2 bilhões trimestrais na segunda metade deste ano. “Investimos pesado em tecnologia para operar em escala, sem perder o vínculo humano. Convertemos capilaridade em inteligência, acesso em cuidado”, afirmou Rafael Lucchesi, CEO da Dasa.

Se os cálculos dele estiverem certos, a empresa vai ultrapassar neste ano a inédita marca de 1 milhão de atendimentos domiciliares ou InCompany (dentro das empresas), consolidando o modelo de saúde móvel como um dos principais pilares da jornada do paciente. A expansão do serviço acompanha uma mudança estrutural no comportamento da população, que passou a priorizar conveniência, agilidade e atendimento personalizado.

Segundo a Pesquisa de Tendências em Saúde 2025, da consultoria Marsh, 68% dos brasileiros aumentaram o consumo de serviços médicos em casa desde a pandemia, e 72% preferem esse formato sempre que possível. De olho nessa tendência, a Dasa intensificou sua operação móvel, que hoje já está presente em 14 estados e mais de 70 cidades, por meio de 37 marcas do grupo.

Atualmente, o portfólio conta com mais de 3 mil serviços, incluindo exames laboratoriais, vacinas, infusões, genética, imagem, polissonografia, laserterapia e o tradicional teste do pezinho. A cada mês, cerca de 8 mil novos pacientes aderem à modalidade, e a logística da empresa percorre uma distância mensal equivalente a mais de 20 voltas ao redor da Terra.

“A mobilidade na saúde é um reflexo das novas expectativas do paciente, que quer ser atendido com excelência onde estiver”, disse Roberto Caldeira Cury, vice-presidente de Unidades de Atendimento e Experiência do Cliente da Dasa. “Estamos investindo em inovação para garantir isso.”

Além do avanço na atenção primária, a Dasa reforçou sua presença em serviços hospitalares de alta complexidade. Em abril deste ano, a empresa iniciou a operação da Rede Américas, fruto de uma joint-venture com a Amil. A nova rede reúne 27 hospitais, 42 unidades oncológicas, 4,2 mil leitos, mais de 34 mil colaboradores e mais de 40 mil médicos.

A Rede Américas já nasce com 90% das unidades acreditadas por instituições como JCI, ONA e Magnet, e inclui hospitais de referência como o Samaritano Higienópolis, Nove de Julho e Pró-Cardíaco.

Resultados financeiros

No primeiro trimestre deste ano, a Dasa apresentou crescimento em receita e rentabilidade, mesmo diante de desafios operacionais. A receita bruta consolidada foi de R$ 4,2 bilhões, alta de 4% em relação ao mesmo período de 2024. Já a receita líquida totalizou R$ 3,8 bilhões, avanço de 3% na comparação anual. O Ebitda consolidado somou R$ 708 milhões, aumento de 11%, com margem de 18,5%, crescimento de 1,4 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2024. O lucro bruto ajustado foi de R$ 1,2 bilhão, 8% acima do registrado um ano antes.

A companhia também reforçou sua agenda de investimentos. No trimestre, os aportes somaram R$ 69 milhões, alta de 29% frente ao mesmo período do ano anterior. A dívida líquida consolidada totalizou R$ 10,6 bilhões, com relação dívida líquida/Ebitda de 4,17 vezes. A posição de caixa foi de R$ 3,6 bilhões, montante suficiente para cobrir todos os vencimentos financeiros até 2026, segundo a empresa. Bom para a saúde e para as finanças da Dasa.

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