Com apagão de imigrantes, Amazon convoca funcionários de escritório para fazer entrega

Gigante do varejo pede “voluntariado” de colaboradores corporativos para impulsionar entregas e moral durante evento promocional Prime Day nos EUA

Chris Morris (Fortune)
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Imagens: GettyImage

A ação revela uma estratégia da Amazon de mobilização interna para lidar com picos de demanda

A ação revela uma estratégia da Amazon de mobilização interna para lidar com picos de demanda

Em mais um movimento inusitado para garantir a operação do Prime Day, a Amazon pediu que parte de seus funcionários corporativos “voluntariassem” algumas horas de trabalho para auxiliar nas entregas e elevar o moral das equipes de armazém. Segundo o jornal britânico The Guardian, funcionários do escritório da Amazon em Nova York receberam uma mensagem via Slack solicitando ajuda durante o evento promocional, que este ano se estende por quatro dias. A empresa estaria buscando voluntários para turnos de duas horas, entre 10h e 18h, no centro de distribuição da Amazon Fresh localizado no bairro de Red Hook, no Brooklyn.

A missão dos voluntários seria múltipla: selecionar produtos, embalar pedidos e distribuir lanches aos colegas de armazém, em uma tentativa de animar a equipe. A Amazon informou ainda que os colaboradores poderiam continuar participando de reuniões e atender chamadas de trabalho nas salas de conferência do local durante os turnos.

A medida ocorre em meio ao aumento da automação nos centros de distribuição da companhia e a caçada do governo Trump a imigrantes. A Amazon afirmou recentemente que já opera com quase 1 milhão de robôs, que atuam em processos de seleção e empacotamento de produtos. Atualmente, cerca de 75% das entregas globais da empresa contam com algum nível de assistência robótica.

Apesar disso, a divisão Amazon Fresh — especializada em entrega de mantimentos — continua enfrentando desafios. O braço de supermercados da companhia tem tido dificuldade para gerar lucros e passou por diversas rodadas de demissões desde 2022.

Procurada pela Fortune, a Amazon não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário sobre a reportagem do The Guardian. No entanto, um porta-voz da empresa disse ao jornal britânico que a iniciativa “é totalmente opcional” e tem como objetivo “aproximar os funcionários corporativos dos clientes e permitir que as equipes de loja se concentrem nas tarefas mais impactantes”.

A ação revela uma estratégia da Amazon de mobilização interna para lidar com picos de demanda e reforça o esforço da companhia em manter a eficiência operacional em datas comerciais cruciais como o Prime Day.

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