ArcelorMittal alcança 54% da produção de aços longos reciclados e a liderança no Brasil

Em todas as linhas, a siderúrgica com sede em Minas Geraisa tinge 22% de produção derivada da reciclagem, equivalente a um volume de compras de 8,5 milhões de toneladas nos últimos três anos

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Imagens: Divulgação

Grupo ArcelorMittal reprocessa, em todo o mundo, 30 milhões de toneladas de sucata ao ano

Grupo ArcelorMittal reprocessa, em todo o mundo, 30 milhões de toneladas de sucata ao ano

Uma das maiores produtoras de aço do Brasil e do mundo, a ArcelorMittal consolida a posição de líder em reciclagem de sucata metálica no país, com 54% da produção de aços longos derivados da transformação de materiais reaproveitados em novos produtos. Na siderúrgica com sede em Minas Gerais, o patamar de produção derivado da reciclagem atinge 22% em todas as linhas de aço, o equivalente a um volume de compras de 8,5 milhões de toneladas nos últimos três anos. O grupo reprocessa, em todo o mundo, 30 milhões de toneladas de sucata ao ano.

Por ser infinitamente reciclável, o aço pode ser recuperado e transformado em produtos de igual ou melhor qualidade. Trata-se de uma das iniciativas que compõem a estratégia de descarbonização da empresa.

“Na ArcelorMittal, a sucata metálica é um insumo estratégico e essencial para uma produção de aço mais sustentável. Ao reciclá-la, reduzimos significativamente a necessidade de extração de matérias-primas como o minério de ferro e contribuímos para a redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirmou Bernardo Rosenthal, diretor de Compras Metálicos da ArcelorMittal Aços Longos Brasil, ao BRAZIL ECONOMY.

Segundo o executivo, esse processo está diretamente alinhado às Diretrizes de Desenvolvimento Sustentável da companhia, que promovem o equilíbrio entre o uso de recursos renováveis e não renováveis.

“A utilização da sucata reforça nosso compromisso com a economia circular, ao transformar resíduos em recursos e fomentar um modelo industrial mais eficiente e responsável com o meio ambiente”, disse.

Bernardo Rosenthal, diretor de Compras Metálicos da ArcelorMittal Aços Longos Brasil
Bernardo Rosenthal, diretor de Compras Metálicos da ArcelorMittal Aços Longos Brasil

O reuso de sucata está incorporado ao processo produtivo e envolve a integração de diversas plantas da ArcelorMittal. Toda a sucata metálica gerada na laminação de tiras a frio da unidade de Vega (SC), por exemplo, retorna para a planta industrial de Tubarão (ES), onde é utilizada como matéria-prima na produção de novos produtos.

Para fazer a roda da reciclagem girar, há investimento na coleta de material, disponibilizada para clientes e fornecedores em vários pontos de atendimento no país — desde a operação customizada em caçambas, passando por atividades de logística reversa e incluindo a emissão de certificação da destruição/destinação final do material.

No total, são 20 pontos de recepção de sucata em todas as regiões do Brasil, além de uma grande quantidade de prensas móveis e outros equipamentos que auxiliam no processamento e otimizam o transporte do material.

Paralelamente, a empresa mantém o programa ReciCAR, especializado na reciclagem de sucata veicular. Com uma equipe exclusiva, a operação começa pela etapa de descontaminação — retirada de todos os elementos não ferrosos contaminantes, como fluidos, baterias, pneus, entre outros — e segue até a destinação final, com garantia total de que os materiais ferrosos serão usados como matéria-prima no processo produtivo do aço, e os contaminantes serão descartados em parceria com empresas especializadas em cada tipo de produto.

Energia renovável

Em outra frente ligada ao ESG, a ArcelorMittal anunciou, no ano passado, a instalação de duas plantas de geração de energia solar, em Minas Gerais e na Bahia, como parte do seu programa de descarbonização.

Os investimentos estão sendo realizados por meio de joint ventures estabelecidas com as empresas Casa dos Ventos e Atlas Renewable Energy, somando R$ 1,6 bilhão.

“Nossos investimentos em energia renovável mostram que a ArcelorMittal não quer ser apenas a maior produtora de aço no Brasil, mas também a mais sustentável. Estamos descarbonizando nossas operações e garantindo segurança energética para nossas unidades”, disse Everton Negresiolo, CEO da ArcelorMittal Aços Longos para América Latina e Mineração Brasil.

O investimento em energia solar soma-se aos R$ 4,2 bilhões que a empresa já destina à construção de um parque de energia eólica na Bahia. Assim, o total chega a R$ 5,8 bilhões em investimentos em energia renovável no país.

Quando estiverem em plena operação, a geração de todas as plantas de energia renovável deverá reduzir as emissões de CO₂ da companhia em 200 mil toneladas por ano. A meta da ArcelorMittal é alcançar 100% de uso de fontes renováveis em energia elétrica até 2030.

Resultados financeiros

Em 2024, a ArcelorMittal Brasil produziu 15,3 milhões de toneladas de aço, um aumento de 3,8% em relação ao ano anterior, com quase toda a produção comercializada. O volume de vendas atingiu 15,1 milhões de toneladas, crescimento de 5,2% sobre 2023, sendo 55,5% para o mercado interno e 44,5% em exportações.

Já a receita líquida consolidada da ArcelorMittal Brasil apresentou recuo de 4,7%, totalizando R$ 66,6 bilhões. O lucro líquido apurado foi de R$ 2,3 bilhões, queda de 39,7% na comparação com o ano anterior, resultado também do aumento da despesa financeira, proveniente da variação cambial negativa da controlada Acindar (Argentina) e das despesas com juros da controladora.

 

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