A presença feminina no comando de empresas representa não só a superação de desafios, mas também uma chance real de transformar a estrutura corporativa. Em um ambiente tradicionalmente dominado por homens, as mulheres líderes têm a capacidade de promover mudanças profundas, criando culturas organizacionais mais inclusivas, inovadoras e voltadas para a sustentabilidade. Elas não só quebram barreiras, mas materializam sonhos, levando suas equipes a novos patamares.
“Sonhar é o que me impulsiona” e esse conceito vai muito além de uma simples metáfora. Trata-se de uma força que alimenta ações decisivas e resultados transformadores. Desde o início da minha trajetória, sabia que queria construir algo significativo, que transcendesse conquistas pessoais. Esse objetivo, sustentado por 21 anos de vivências, é o motor que guia minha liderança. Acredito que uma equipe bem-sucedida se constrói com valores comuns, complementação de habilidades e confiança recíproca.
Pesquisas indicam que a diversidade de gênero é um diferencial estratégico para as organizações. De acordo com a McKinsey & Company, empresas mais diversas têm 25% mais chances de superarem as concorrentes em termos de lucratividade. Isso revela não apenas uma questão de equilíbrio, mas a habilidade das mulheres em trazer perspectivas inovadoras que impulsionam o sucesso contínuo.
A verdadeira liderança vai além da ascensão hierárquica e das métricas financeiras. Ela consiste em criar um ambiente onde todos se sintam valorizados e envolvidos em um propósito compartilhado. Para tornar esse sonho uma realidade, as empresas precisam cultivar uma cultura baseada em ética, transparência e valores sólidos. Organizações que buscam crescimento sustentável devem criar espaços inclusivos, onde a diversidade seja celebrada e onde os colaboradores possam se desenvolver plenamente.
Líderes femininas têm a responsabilidade de inspirar suas equipes, criando as condições necessárias para que todos possam alcançar seu potencial máximo. A verdadeira liderança não está na autoridade, mas no impacto positivo que ela gera. O legado é a transformação, que vai além dos resultados financeiros e constrói uma cultura de excelência para o futuro.
* Karin Formigoni é diretora-presidente da Arcadis no Brasil e líder do cluster Latam da companhia