Grupo Supley supera primeiro bilhão em vendas e diversifica para avançar no varejo

Com marcas como Max Titanium, Probiótica e Dr. Peanut, companhia prevê crescimento de 15% em 2025 e mira canais como farma, alimentar e e-commerce

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Imagens: Divulgação

Mariane Morelli, cofundadora da empresa, diz que a suplementação deixou de ser um nicho e hoje alcança 9% da população

Mariane Morelli, cofundadora da empresa, diz que a suplementação deixou de ser um nicho e hoje alcança 9% da população

O Grupo Supley, um dos principais nomes da indústria de suplementação alimentar no Brasil, vem consolidando uma trajetória de crescimento robusta em um mercado cada vez mais impulsionado pela busca por saúde, bem-estar e desempenho físico. Com faturamento de R$ 1,15 bilhão em 2024 e previsão de crescer 15% neste ano, a companhia aposta na expansão multicanal e na diversificação do portfólio para manter sua curva ascendente.

Segundo Mariane Morelli, cofundadora e uma das sócias do grupo, o avanço da cultura fitness e o aumento da conscientização sobre a importância da nutrição têm impulsionado a indústria, que hoje cresce a dois dígitos ao ano e movimenta R$ 8 bilhões no Brasil. “A suplementação deixou de ser um nicho. Hoje, temos uma penetração de cerca de 9% da população brasileira”, afirmou Mariane, ao BRAZIL ECONOMY.

Fundado há cerca de 20 anos por Carlos Philipe Moretto, Mariane Morelli e Alberto José Moretto, o Grupo Supley abriga três marcas principais: Max Titanium, lançada pelos próprios fundadores; Probiótica, adquirida em 2018; e Dr. Peanut, mais recente integrante do portfólio, voltada à produção de snacks saudáveis e indulgentes, como pastas de amendoim, bombons e wafers com apelo proteico e de saudabilidade.

Philipe Moretto, Mariane Morelli e Alberto José Moretto fundaram o Grupo Supley há 20 anos
Philipe Moretto, Mariane Morelli e Alberto José Moretto fundaram o Grupo Supley há 20 anos

Embora não divulgue os valores das aquisições devido a acordos de confidencialidade, Mariane revela que os investimentos foram feitos com recursos próprios e apoio bancário, sem a participação de fundos. “O nosso modelo de aquisição foca em sinergias operacionais e comerciais. Com mais de 150 vendedores, conseguimos escalar rapidamente as marcas adquiridas”, disse.

Apesar de uma agenda ativa de fusões e aquisições, o grupo decidiu frear temporariamente novas investidas em razão dos juros altos e da valorização excessiva de empresas do setor de bem-estar. “Estamos encontrando ativos muito precificados. Além disso, o custo de capital está elevado. Já tínhamos três NDAs assinados, mas optamos por recuar neste momento”, explicou Mariane.

Distribuição multicanal como prioridade

Atualmente, cerca de 70% das vendas do Grupo Supley são realizadas por meio de lojas especializadas, as chamadas body shops, que sempre foram o canal tradicional do segmento. Outros 20% vêm dos canais alimentar e farma, enquanto 10% são realizados pelo e-commerce próprio. A estratégia, no entanto, é ampliar a participação dos canais online, alimentar e farmacêutico nos próximos anos.

“Hoje, aproximadamente 25% da minha agenda está dedicada à expansão da distribuição. O varejo alimentar e o farmacêutico passaram a enxergar o valor da categoria. São canais com bom ticket médio, boa margem e alta recorrência”, destacou. Ela lembra que, ao contrário do que muitos pensam, nunca houve restrição regulatória para a venda de suplementos nesses canais — a mudança se deu por maturidade do mercado e quebra de preconceitos.

O mercado fitness cresce a dois dígitos ao ano e movimenta R$ 8 bilhões no Brasil
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Mariane tinha apenas 19 anos quando cofundou a empresa, com um aporte inicial de R$ 100 mil — parte oriunda de um seguro de vida deixado por seu pai. “Na época, abrir uma indústria de suplementos exigia bem menos capital do que hoje. Hoje é preciso muito investimento em marca e tecnologia”, lembrou.

Com uma plataforma forte voltada à saúde e à performance, Mariane afirma que o grupo enxerga oportunidades crescentes na transformação da alimentação cotidiana dos brasileiros. A marca Dr. Peanut, por exemplo, deve ser a base para novas linhas de produtos saudáveis com apelo indulgente, mantendo a proposta de zero açúcar, menos gordura e alto teor de proteínas.

“Queremos continuar crescendo organicamente, aproveitando as oportunidades do mercado brasileiro, e também nos manter atentos para aquisições futuras que façam sentido estratégico”, afirmou Mariane.


Supley em números

  • Faturamento 2024: R$ 1,15 bilhão
  • Previsão de crescimento 2025: 15%
  • Penetração de mercado no Brasil: 9%
  • Principais marcas: Max Titanium, Probiótica e Dr. Peanut
  • Distribuição atual: 70% lojas especializadas, 20% alimentar/farma, 10% e-commerce
  • Crescimento da indústria de suplementos: dois dígitos ao ano

 

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