Ferramenta de IA ajuda empresas a entender os impactos da reforma tributária

Um terço das companhias brasileiras encara a reforma como um desafio crítico; nova solução da Qive gera relatórios personalizados em poucos minutos

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Imagens: Mariana Pekin/Divulgação

Ivan Mello, da Qive, diz que a ferramenta foi criada para simplificar a interpretação da reforma tributária e como se preparar

Ivan Mello, da Qive, diz que a ferramenta foi criada para simplificar a interpretação da reforma tributária e como se preparar

Com a aproximação da implementação da reforma tributária, que entrará em vigor de forma gradual a partir de 2026, empresas brasileiras se preparam para enfrentar um dos maiores desafios regulatórios das últimas décadas. Para auxiliar nesse processo, a empresa de tecnologia Qive lançou uma ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) que analisa os principais impactos da nova legislação para cada empresa, de acordo com seu setor de atuação.

A solução é gratuita e tem como base os 544 artigos da Lei Complementar 214/2025, organizando-os de forma personalizada com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). O relatório gerado aponta quais trechos da nova legislação merecem mais atenção, ajudando profissionais das áreas fiscal, financeira e de tecnologia a direcionarem seus esforços de adaptação.

“A ferramenta da Qive foi criada para simplificar a interpretação da reforma tributária e indicar de forma clara como as empresas devem se preparar, onde concentrar seus recursos e quais dispositivos legais terão impacto direto em seus processos e resultados”, explicou Ivan Mello, gerente de controladoria da Qive.

Cada relatório apresenta três informações por artigo da lei: análise de relevância (quanto o artigo importa para o negócio), análise de impacto (se o artigo tende a ajudar ou dificultar a operação da empresa) e texto original da legislação, com a fonte legal completa.

Segundo a pesquisa Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025, realizada pela Qive em parceria com a Endeavor, a reforma tributária é vista como um desafio crítico para 29% das empresas brasileiras. O índice sobe para 35% entre médias empresas e cai para 27% entre companhias de grande porte. O levantamento ouviu 400 empresas de diversos setores e portes em todas as regiões do país.

“A diferença entre médias e grandes empresas é explicada pela capacidade de resposta e maturidade operacional. Grandes corporações, com estruturas robustas, já iniciaram processos internos de adequação. Médias empresas, por outro lado, enfrentam uma contradição: possuem uma operação suficientemente complexa para ser impactada, mas nem sempre contam com recursos e estrutura para responder com agilidade”, afirmou Mello.

Além de exigir mudanças em processos e sistemas, a reforma tributária demandará investimentos em tecnologia e capacitação de equipes. Segundo a pesquisa, 64% das grandes empresas planejam apostar em treinamentos para os times fiscais e financeiros, enquanto 47% devem contratar consultorias especializadas para garantir conformidade com as novas regras.

Entre as principais mudanças previstas estão a substituição de cinco tributos atuais por dois novos impostos de valor agregado, a implementação de um sistema de crédito tributário para compensação de impostos ao longo da cadeia produtiva, a mudança do recolhimento para o local de consumo, e não mais na origem e a criação de um fundo de compensação para Estados e Municípios, a fim de suavizar possíveis perdas de arrecadação.

“A proposta da Qive é democratizar o acesso às informações sobre a reforma. A ferramenta foi pensada para permitir que empresas de qualquer porte compreendam rapidamente como a nova legislação afetará seu dia a dia e possam se preparar para mudanças realmente relevantes”, garantiu Mello.

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