A força da previdência privada no Brasil

A longevidade é um fator determinante para a gestão previdenciária, pois impacta diretamente o cálculo das reservas matemáticas e a sustentabilidade de longo prazo

Por Marco Aurelio Viana, presidente da Petros
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Imagens: Divulgação

Marco Aurelio Viana, presidente interino da Petros

Marco Aurelio Viana, presidente interino da Petros

A previdência privada tem se consolidado como uma força motriz da economia, no Brasil e no mundo, impulsionando novas alternativas de rendas e fomentando o aumento da expectativa de vida. É um setor robusto, que reúne um universo de quase 15 milhões de participantes, sem falar nas suas famílias, que também depositam seus sonhos nessa reserva de poupança para maior segurança no futuro. Apenas ano passado, a Previdência Complementar pagou cerca de R$ 100,7 bilhões em benefícios, de acordo com o Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC) do quarto trimestre de 2024. Quase a totalidade deste valor, R$ 95,6 bilhões (95%), foi desembolsado por entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) como a Petros.

Segundo maior fundo de pensão do país e líder em multipatrocínio, a Petros paga, mensalmente, cerca de R$ 1 bilhão em aposentadorias, pensões e outros benefícios aos seus participantes. No ano passado, o montante de benefícios pagos somou cerca de R$ 11 bilhões, representando mais de 11% do total num universo de 266 EFPC no país.  São mais de 950 mil pagamentos realizados ao longo do ano. A realização desses pagamentos exige responsabilidade, zelo e eficiência. Trabalhamos com rigor para garantir que cada valor seja corretamente apurado, processado e depositado dentro do prazo. Mais do que uma obrigação operacional, trata-se de um compromisso que fortalece a confiança que nossos participantes depositam em nós. E, em 55 anos de história, a Petros paga sempre em dia seus milhares de aposentados e pensionistas.

Se de um lado as entidades de previdência aumentam a capacidade econômica dos seus participantes, do outro, para garantir o cumprimento da sua missão, fomentam a economia ao investir seu patrimônio em ativos para garantir a rentabilidade no longo prazo. Apenas em 2025, esse patrimônio atingiu R$ 2,94 trilhões, o equivalente a 25% do Produto Interno Bruto do Brasil, um crescimento de quatro pontos percentuais em relação há 10 anos, quando respondia por 21% do PIB. Quase a metade desse montante é oriundo das EFPC e há muito espaço para crescer. Na Petros, o patrimônio ultrapassa R$ 136 bilhões.

Quando falamos sobre as oportunidades de crescimento dos fundos de pensão e sustentabilidade dos planos, não podemos deixar de observar o cenário de longevidade crescente dos brasileiros. Atualmente, na Petros, temos cerca de 60% dos nossos mais de 132 mil participantes em fase de recebimento de benefícios. Neste contexto, a longevidade é um fator determinante para a gestão previdenciária, pois impacta diretamente o cálculo das reservas matemáticas e a sustentabilidade de longo prazo. Em 2024, na Petros, conduzimos estudos atuariais detalhados que confirmaram o aumento contínuo da expectativa de vida de nossos participantes. Hoje, a idade média dos nossos participantes é de 61 anos, e a expectativa de vida média alcança 88 anos – um número significativamente superior à média nacional, que é de 76 anos, segundo o IBGE. Além disso, mais de 2,8 mil assistidos da Petros possuem 90 anos ou mais e, desses, 101 são centenários.

A maior longevidade dos nossos participantes é uma ótima notícia, pois reflete as melhores condições de saúde e de qualidade de vida, mas vem também acompanhada de desafios na perspectiva da gestão previdenciária. Se as pessoas vivem mais, a Fundação precisará pagar aposentadorias por mais tempo, tornando mais desafiadora a gestão dos investimentos.  Ao mesmo tempo, devemos fortalecer a cultura de educação financeira, uma frente essencial que deve ser cultivada desde cedo, fomentando a poupança previdenciária e aumentando a adesão à previdência complementar, o que refletirá em maior bem-estar e qualidade de vida no longo prazo.

*Marco Aurelio Viana é presidente interino da Petros

 

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