Bankme lança plataforma de crédito estruturado para captação privada

A nova solução da fintech traz funcionalidades como emissão automatizada de títulos, API de integração com sistemas financeiros, módulo white label com personalização da identidade visual e um portal exclusivo para investidores

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Imagens: Divulgação

Thiago Eik, CEO da Bankme, diz que a proposta é oferecer uma estrutura segura e profissional para captar recursos

Thiago Eik, CEO da Bankme, diz que a proposta é oferecer uma estrutura segura e profissional para captar recursos

Com R$ 1 bilhão movimentado em 2025, a fintech paranaense Bankme anunciou nesta terça-feira (11) o lançamento oficial do Bankme ProInvest, uma nova plataforma digital voltada à estruturação de crédito privado por empresários. A solução oferece infraestrutura completa para que empresas com faturamento acima de R$ 40 milhões possam captar recursos de forma direta junto à sua rede de confiança — como sócios, familiares, parceiros e stakeholders estratégicos — com respaldo jurídico, governança profissional e tecnologia proprietária.

Diferentemente de plataformas de investimento voltadas ao público varejista, o Bankme ProInvest coloca o empresário no centro da operação financeira, permitindo a emissão de debêntures privadas, notas comerciais e Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) com condições definidas pelo próprio emissor. A iniciativa surge como alternativa ao crédito bancário tradicional, em um cenário de juros elevados e acesso restrito ao capital, sobretudo para micro e pequenas empresas (MPEs).

“A proposta é oferecer uma estrutura segura e profissional para que o empresário possa captar recursos sem intermediação de bancos ou gestoras, com total autonomia sobre taxas, prazos e condições”, afirma Thiago Eik, CEO da Bankme. Segundo ele, a plataforma representa um novo modelo de financiamento no Brasil, mais flexível, acessível e alinhado à realidade de empresas que já contam com um ecossistema de investidores de confiança.

A nova solução da fintech traz funcionalidades como emissão automatizada de títulos, API de integração com sistemas financeiros, módulo white label com personalização da identidade visual e um portal exclusivo para investidores. As operações podem ser estruturadas em até cinco dias, prazo significativamente menor do que os modelos tradicionais como Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que costumam levar meses para entrar em operação.

Além da agilidade, o ProInvest garante segregação patrimonial, criptografia de dados, conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e relatórios mensais de acompanhamento. Um dos diferenciais é que as operações não impactam o rating da empresa nem são reportadas ao Sistema de Informações de Crédito do Banco Central (SCR).

O foco da plataforma está em captações direcionadas, voltadas principalmente a investidores pessoas físicas com perfil conservador ou moderado que buscam aplicar em negócios próximos e confiáveis. “Não é uma plataforma de varejo. É uma ferramenta estratégica para fortalecer redes de negócio e monetizar relações de confiança com retorno acima da média”, destaca Eik.

De acordo com a fintech, os investimentos via ProInvest podem oferecer rentabilidade em torno de 140% do CDI, o que representa atualmente cerca de 1,8% ao mês. A remuneração maior visa compensar o risco de crédito, ainda que a operação aconteça dentro de uma estrutura regulada e auditada regularmente.

A nova plataforma também se integra às demais soluções da fintech, como o Mini Banco — modelo que permite a antecipação de recebíveis e a criação de estruturas de crédito internas. Empresas que já utilizam o Mini Banco poderão usar o ProInvest para levantar capital adicional para expansão, originar novas carteiras ou reforçar operações existentes sem depender de linhas bancárias tradicionais.

A iniciativa surge em um contexto desafiador para o crédito no país. Com a taxa Selic em 14,75% ao ano, o custo de financiamento segue elevado, impactando especialmente MPEs, que representam mais de 96% dos CNPJs ativos no Brasil, segundo o Sebrae. Embora respondam por cerca de 30% do PIB, essas empresas enfrentam dificuldades para acessar capital. Nesse cenário, o ProInvest busca preencher uma lacuna, oferecendo uma via alternativa para o financiamento empresarial.

Um exemplo já registrado foi a captação de R$ 8 milhões realizada pela própria Bankme durante a fase piloto da nova plataforma, por meio de debêntures privadas. A operação serviu como validação prática da proposta e embasou os ajustes finais antes do lançamento ao mercado.

“O ProInvest é um passo natural na evolução do nosso ecossistema. Começamos com os Mini Bancos e agora damos mais um salto, conectando empresários e investidores em um ambiente regulado, transparente e eficiente”, afirma Eik.

O lançamento foi apresentado durante uma live nos canais oficiais da Bankme, com demonstrações práticas da ferramenta, relatos de empresários que participaram da fase de testes e orientações para interessados em aderir à plataforma.

Fundada no Paraná, a Bankme é uma fintech especializada em soluções de crédito estruturado para médias empresas. A companhia é referência na criação de Mini Bancos, estruturas internas e reguladas que permitem antecipação de recebíveis, securitização e rentabilização do capital de forma autônoma. Com mais de 160 operações ativas e R$ 1 bilhão sob gestão, a Bankme é registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e conta com o apoio de fundos como DOMO VC, Apex Partners e Bamboo.

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