Desde o começo do ano, um avião colorido, modelo Cirrus SR22, decola e pousa todos os dias no aeroporto de Vitória da Conquista, no interior da Bahia. É com essa recém-adquirida aeronave que o empresário Jardel Couto, cofundador e CEO da VCA Construtora e Incorporadora, visita seus mais de 50 canteiros de obras espalhados por todo o Nordeste, desde Montes Claros, em Minas Gerais (não é Nordeste, mas está quase), até seus terrenos em preparação em locais como Pipa, no Rio Grande do Norte, e no litoral do Ceará.
“Acompanho de perto todo empreendimento nosso em construção para garantir que nossa proposta de valor esteja presente em cada casa ou apartamento”, afirmou Couto, em entrevista ao BRAZIL ECONOMY. “Muitas vezes, quando dá tempo, chego a visitar duas ou três obras no mesmo dia.”
O empenho de Couto parece ser diretamente proporcional ao ritmo de crescimento da VCA. A empresa, que fechou 2024 com vendas de R$ 1,8 bilhão, vai superar R$ 3 bilhões neste ano. Até 2027, pelos cálculos de Couto, a companhia ultrapassará a marca de R$ 5 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV). Neste ano, segundo ele, dos 50 projetos imobiliários, 15% são focados no mercado de praia, um segmento que se consolida como uma de suas principais apostas para os próximos anos.
“A velocidade do nosso crescimento será exponencial, já que temos um grande déficit de bons projetos tanto nas cidades do interior do Nordeste quanto em locais de praia, com enorme demanda por imóveis de bom padrão”, acrescentou o CEO, conhecido na Bahia como “Steve Jobs do Sertão”, dada a aparência, o estilo e a ascensão no mundo dos negócios.
A comparação pode parecer um tanto exagerada, mas, a julgar pela vontade de expandir os negócios, Couto lembra o inventor do iPhone. De janeiro a março, de todos os lançamentos programados para 2025, 61% já estavam vendidos.
“Existe uma gigantesca demanda reprimida em locais fora do radar das grandes construtoras e incorporadoras do País”, garantiu Couto. “Por isso, nossa proposta é crescer levando um novo padrão de qualidade para essas cidades, com projetos que combinam produto, localização e preço competitivo”, acrescentou o CEO.
A presença em Montes Claros, por exemplo, representa mais do que abrir uma nova frente de negócios. Para Couto, trata-se de uma oportunidade de testar e validar o modelo da VCA em mercados que, embora distantes dos grandes centros, apresentam demanda consistente, potencial de valorização e carência por empreendimentos que entreguem não apenas metragem, mas também experiência de moradia.
“Nosso cliente não está interessado só em quatro paredes. Quer qualidade de vida, praticidade, segurança e serviços que facilitem o dia a dia. Por isso, todos os nossos empreendimentos, mesmo os de entrada, são entregues com piscina, academia, lavanderia compartilhada, micro market, playground, co-kitchen e garagem. E, claro, gestão condominial profissional desde o primeiro dia”, destacou o empresário.
Pé no barro, pé na areia
Se o crescimento em mercados urbanos já é relevante, a investida da VCA no litoral nordestino surge como uma verdadeira disrupção no modelo tradicional das incorporadoras. A estratégia é clara: em até seis anos, lançar 50 hotéis e resorts no litoral do Nordeste, todos operados pela própria rede da VCA. O objetivo é oferecer um portfólio padronizado, com possibilidade de intercâmbio entre os empreendimentos, seja para lazer, seja para investimento.
“O que estamos fazendo é transformar a forma como as pessoas encaram a aquisição de um imóvel na praia. Ele pode ser usado como moradia, como uma fonte de renda no modelo hoteleiro ou simplesmente como patrimônio, pronto para ser comercializado”, explicou Couto.
Os apartamentos têm preço inicial de R$ 250 mil e podem ser adquiridos com ou sem os itens de padronização da rede. Caso o proprietário opte por disponibilizar sua unidade para a operação hoteleira da VCA, passa a receber uma renda proporcional à ocupação do empreendimento.
A estratégia começou a se materializar com o Vivant Ecobeach, já em operação na Península de Maraú, na Bahia. Na sequência, vieram lançamentos em Ilhéus e Porto Seguro, e outros seis estão no pipeline, programados para diferentes estados do Nordeste a partir de 2027.
“Estamos olhando tanto para destinos consagrados, como Fortaleza, Maceió, Recife e Natal, quanto para joias ainda pouco exploradas, como Barra dos Coqueiros, São Miguel do Gostoso e Jericoacoara”, disse o CEO. “A ideia é oferecer opções para quem busca locais mais badalados, mas também para quem prefere refúgios menos óbvios, com alta demanda por tranquilidade e contato com a natureza.”
Visão de futuro
O que diferencia a VCA, segundo Couto, não é apenas o número de empreendimentos ou a velocidade da expansão, mas a capacidade de entregar valor agregado em qualquer segmento onde atua, tanto no mercado urbano quanto no turismo.
“Não vendemos apenas imóveis, mas experiências e possibilidades. Na cidade ou na praia, nosso foco é proporcionar ao cliente um ativo que gera conforto, praticidade e retorno financeiro, seja no presente ou no futuro”, afirmou.
Com uma combinação de ousadia, visão estratégica e foco absoluto na experiência do cliente, a VCA Construtora consolida sua trajetória como uma das principais protagonistas do mercado imobiliário do Nordeste. Sob a liderança de Couto, a empresa não apenas redefine padrões nas cidades do interior, mas também revoluciona o conceito de moradia e investimento no litoral.
