Marcopolo acelera no cenário internacional e quase dobra exportações no 1º trimestre

Com dólar alto e guerra comercial, empresa gaúcha expande em 68% as operações fora do Brasil e amplia em 86,3% os embarques ao exterior

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Imagens: Divulgação

Com sede em Caxias do Sul, a empresa produziu 3.294 unidades entre janeiro e março, com uma receita de R$ 1,7 bilhão

Com sede em Caxias do Sul, a empresa produziu 3.294 unidades entre janeiro e março, com uma receita de R$ 1,7 bilhão

Gigante brasileira de implementos rodoviários, a Marcopolo iniciou 2025 em velocidade máxima. A empresa registrou um salto expressivo nas operações internacionais no primeiro trimestre deste ano, com uma alta de impressionantes 68% na receita líquida no exterior. O bom desempenho se refletiu nas exportações a partir do Brasil, que cresceram 86,3% no mesmo período.

Com sede em Caxias do Sul, a Marcopolo produziu 3.294 unidades entre janeiro e março — 2.748 delas no Brasil e 546 no exterior. O resultado rendeu uma receita líquida de R$ 1,7 bilhão, avanço de 1,3% em base anual.

O trimestre foi marcado por uma demanda consistente por ônibus rodoviários voltados ao fretamento, veículos urbanos leves, micro-ônibus e modelos da linha Volare. Um dos destaques foi a entrega de 32 carrocerias elétricas Attivi para São Paulo, parte de um lote que continuará sendo entregue ao longo do ano, em linha com a tendência de eletrificação do transporte coletivo.

A atuação internacional da Marcopolo foi impulsionada por mercados estratégicos. Na Argentina, a subsidiária Metalsur aproveitou a boa fase do segmento rodoviário. Já na Austrália (Volgren), México (Polomex) e África do Sul (MASA), a companhia manteve um ritmo constante de oportunidades e entregas, contribuindo para os números recordes do trimestre.

Para Pablo Motta, CFO da Marcopolo, o foco agora é manter o crescimento com um portfólio de maior valor agregado e atenção redobrada à sustentabilidade. “Enxergamos boas oportunidades para 2025, com aumento nas entregas de produtos de maior valor a partir do segundo trimestre”, afirmou o executivo. “Continuaremos investindo em soluções voltadas à descarbonização dos transportes, automação industrial e melhorias em produtos já existentes.”

Apesar das margens apertadas, os números continuam robustos, segundo a empresa. O lucro bruto consolidado no trimestre foi de R$ 384,3 milhões, com margem de 22,9%, praticamente estável em relação aos R$ 385,3 milhões e margem de 23,3% do 1T24. Já o Ebitda fechou em R$ 262 milhões, com margem de 15,6%, frente aos R$ 315,4 milhões e 19% registrados no mesmo período do ano anterior.

O programa federal Caminho da Escola continua sendo um motor importante para a companhia, especialmente nos segmentos de micro-ônibus e modelos Volare. No trimestre, foram entregues 692 veículos, sendo 523 micro-ônibus e 169 Volares, todos contemplando a licitação realizada em 2023. “Acreditamos que o ritmo de entregas se manterá firme em 2025, o que deve continuar beneficiando nossa performance”, destacou Motta.

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