Pesquisa global da SoftwareOne, líder em soluções de software, tecnologia de nuvem e serviços, aponta que empresas que adotam melhores práticas de gestão financeira de TI são duas vezes mais propensas a alcançar melhor ROI (retorno sobre investimento) em comparação com companhias menos maduras nesse aspecto. O índice comparativo é de 50% de chances de um ROI melhor apurado nas classificadas como “Inovadoras Otimizadas”, enquanto, nas “Inovadoras Iniciantes”, o número é de 26%.
O estudo, ao qual o BRAZIL ECONOMY teve acesso de maneira antecipada, mostra ainda que as companhias que têm um setor financeiro que enxerga a inovação de maneira estratégica geram maior lucratividade (35% vs. 23%) e um time-to-market mais ágil (43% vs. 26%) em comparação com companhias menos estruturadas.
De acordo com o country manager da SoftwareOne Brasil, Otavio Argenton, o segredo está em quebrar o ciclo vicioso da escassez orçamentária para criar um de economia e reinvestimento inteligente. “Empresas que otimizam seu ambiente de TI conseguem liberar recursos para investir nas frentes que realmente impulsionam valor”, afirmou.
Segundo Argenton, alinhar os benefícios da inovação com oportunidades estratégicas de otimização do ambiente de TI é essencial para o sucesso. “A pesquisa mostra que existe um caminho claro para as empresas que desejam inovar a partir da eficiência”, enfatizou.
O executivo ponderou que, com prioridades bem definidas, é possível realizar uma leitura estratégica do ambiente tecnológico. Isso envolve a análise de licenças de software, ambientes em nuvem e aplicações personalizadas, para identificar áreas de melhoria.
“Esse processo libera recursos para investir no que realmente importa para o negócio, seja na adoção de GenAI, soluções de segurança ou aceleração da jornada em nuvem. Essas oportunidades funcionam como impulsionadores de crescimento”, ressaltou Argenton.
O grupo de empresas mais avançadas em gestão de TI segue um caminho estruturado de evolução digital, baseado em sete práticas-chave, que combinam investimentos estratégicos e controle orçamentário.
São elas: infraestrutura moderna de TI (já implantada ou em estágio avançado em mais de dois terços dessas empresas, com foco em nuvem e sistemas escaláveis); foco em segurança e automação (investimentos acima da média em segurança de rede, automação de processos e gestão de SaaS); adoção acelerada da nuvem (até 2026, pretendem ter 70% das aplicações e workloads em cloud, incluindo 56% dos softwares personalizados); governança e compliance como base (políticas robustas de segurança e conformidade estão consolidadas nesse grupo); uso prático de Inteligência Artificial (84% usam IA em processos internos, enquanto 71% aplicam IA na experiência do cliente); vanguarda na IA Generativa (empresas estão quase duas vezes mais avançadas na adoção de GenAI em relação às demais); e FinOps sustentável (integram práticas financeiras com metas ambientais, otimizando recursos e reduzindo desperdícios).
BRASIL
Os dados do estudo indicam uma janela de oportunidade para médias e grandes empresas no país, pois, ao aplicar boas práticas de gestão de TI, é possível acelerar a inovação de maneira sustentável e com impacto direto nos resultados.
“A tendência já começa a se confirmar no mercado nacional. Cada vez mais, vemos CIOs e CFOs atuando juntos para gerar eficiência e liberar orçamento para o que realmente move o negócio: inovação, crescimento e competitividade”, destacou o executivo.
ALARMANTE
O dado mais alarmante do estudo é que 48% dos executivos afirmaram não ter orçamento, ou não saber se têm, para sustentar o próximo ciclo de inovação, evidenciando um impasse crítico de planejamento estratégico das organizações.
Intitulado “Impulsionando resultados de negócios por meio da inovação com otimização de custos”, o levantamento da SoftwareOne foi realizado em parceria com a consultoria ThoughtLab no fim de 2024, com 600 empresas em 12 países, incluindo o Brasil.
O levantamento contempla seis setores econômicos: serviços financeiros; bens de consumo e varejo; saúde e ciências da vida; serviços profissionais; manufatura e automotivo; e tecnologia, mídia e telecomunicações.
A amostra contemplou empresas de médio porte (com receita entre US$ 500 milhões e US$ 5 bilhões) e grandes corporações (com mais de US$ 5 bilhões), incluindo executivos C-level e gestores com conhecimento sobre estratégias de inovação e gestão de ativos de TI.