Com o fortalecimento de sua equipe comercial, a ampliação das vendas pelo território nacional e o crédito caro — em razão da taxa Selic na casa dos 14,75% ao ano —, a Evoy mira R$ 3 bilhões em vendas de consórcios em 2025. Se concretizada, a projeção será 120% superior aos R$ 1,352 bilhão registrados em 2024, com 11.648 contratos.
“Esse encarecimento do crédito tradicional fortalece ainda mais o consórcio como a melhor alternativa para aquisição planejada e alavancagem patrimonial. Somado a isso, a rede comercial da Evoy está mais forte, estruturada e produtiva, com maior capacidade de entrega e confiança no modelo. A marca também se consolidou nacionalmente, ampliando reconhecimento e conversão”, disse Marcelo Lucindo, CEO e fundador da administradora, ao divulgar os resultados e a perspectiva de crescimento com exclusividade ao BRAZIL ECONOMY.
“Não estamos apenas no caminho dos R$ 3 bilhões, mas posicionados para ultrapassar essa meta com consistência, estratégia e força de execução”, complementou o executivo da companhia — única administradora de consórcios independente, sem grupo empresarial e sem fundo de investimentos — a receber autorização do Banco Central nos últimos 20 anos.
De janeiro a abril deste ano, a Evoy alcançou R$ 619 milhões em créditos contratados, com 4.992 vendas pagas. Isso representa um aumento de 114,2% em volume financeiro e 84,7% em adesões, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, foram R$ 289 milhões nos primeiros quatro meses. “Com base nesses dados, fazemos uma projeção lógica e matemática, baseada no histórico real da empresa. Se aplicarmos a mesma proporção aos R$ 619 milhões de 2025, a projeção é de um fechamento próximo de R$ 2,89 bilhões — praticamente no alvo da nossa meta de R$ 3 bilhões para o ano”, discorreu.
O desempenho está bem acima do registrado pelo mercado. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) apontam que o setor cresceu, no primeiro bimestre deste ano, 25,9% nas vendas de cotas. Em janeiro e fevereiro, foram 802,62 mil adesões, superando o acumulado de 637,69 mil registrado no mesmo período do ano passado.
Para Lucindo, o diferencial da Evoy está na cultura, no branding, na tecnologia, na agilidade e na linguagem adotados em mais de 20 anos de experiência no segmento. “Isso tem gerado um efeito magnético: estamos atraindo pessoas com a mesma mentalidade, que enxergam na Evoy uma plataforma de crescimento real”, disse o CEO, que iniciou a carreira em 2003 como vendedor de porta em porta — “numa época em que celular era raridade e tudo era analógico”.
“Ao longo de quase 20 anos de trabalho intenso, enfrentei obstáculos, superei desafios, inovei, criei processos e liderei equipes. Convivendo diariamente com as limitações das administradoras tradicionais — como lentidão, burocracia e falta de visão —, amadureci a ideia de construir algo diferente, mais eficiente, mais leve e mais alinhado com o que o mercado realmente precisa”, frisou Lucindo.
Na avaliação do executivo, contribuem para o atual momento da empresa e do mercado de consórcios o cenário econômico brasileiro, com juros altos e crédito tradicional cada vez mais caro. “O consórcio passou a ser uma alternativa estratégica tanto para compra quanto para investimento”, disse.
“Na compra, atende desde bens de alto valor, como imóveis, automóveis, caminhões e frotas, até bens de menor valor, como motocicletas, eletroeletrônicos e viagens”, exemplificou.
Já no investimento, Lucindo analisa que tem crescido o uso do consórcio como ferramenta de alavancagem patrimonial. “Muita gente utiliza para montar uma aposentadoria imobiliária: adquire um imóvel com o consórcio, coloca para alugar, reinveste o resultado e forma um ciclo.”
Outro movimento que tem crescido é o uso do consórcio como forma de potencializar o poder de compra. “Em vez de comprar à vista, utiliza parte do valor para dar lance, é contemplado, adquire o bem e mantém o restante aplicado. E o rendimento ajuda a bancar as parcelas”, salientou o CEO da Evoy, ao ressaltar que a companhia tem evoluído em soluções tecnológicas para atender a essa demanda. “Tudo isso com previsibilidade, sem juros e com mais controle.”