A Binatural, uma das principais produtoras de biodiesel do Brasil, consolida sua posição como referência em crescimento sustentável na matriz energética da América Latina. Pela quinta vez consecutiva, a companhia integra o ranking The Americas’ Fastest-Growing Companies, elaborado pelo Financial Times em parceria com a consultoria Statista. Desde sua estreia na lista, em 2021, a empresa avançou mais de 200 posições — um feito inédito para uma companhia do setor de biocombustíveis.
Mais do que um resultado de performance financeira, o reconhecimento reflete uma estratégia que combina expansão industrial, disciplina de gestão e um modelo de negócios pautado por critérios rigorosos de sustentabilidade ambiental e social. “O futuro da energia não pode ser construído com as lógicas do passado. Nossa missão é entregar crescimento com impacto positivo real”, afirmou ao BRAZIL ECONOMY André Lavor, CEO e cofundador da Binatural.
Em linha com seu plano de crescimento, a empresa acaba de firmar uma parceria estratégica com a Porsche Consulting, braço de consultoria da montadora alemã, reconhecida globalmente por sua expertise em metodologias de excelência operacional, Lean Manufacturing e processos industriais de alta performance.
O objetivo é estruturar um modelo de gestão robusto, que combine ganhos de produtividade, desenvolvimento de talentos e escalabilidade operacional. A meta é ampliar em 20% a capacidade produtiva até 2027, alcançando a marca de 700 milhões de litros de biodiesel.
“O setor de energia renovável exige hoje o mesmo nível de sofisticação operacional visto na indústria automotiva ou na tecnologia. Essa parceria simboliza nossa aposta em um modelo de negócio altamente profissionalizado, com eficiência, rastreabilidade e governança como pilares”, explicou Lavor.
Os avanços em gestão são acompanhados por resultados expressivos na agenda ESG. Desde sua fundação, a Binatural já evitou a emissão de aproximadamente 7,48 milhões de toneladas de CO₂, volume equivalente ao sequestro de carbono gerado pelo plantio de mais de 52 milhões de árvores.
Além disso, a empresa implementa soluções de economia circular dentro da sua própria cadeia produtiva. Um exemplo é a redução de 77% no consumo de copos plásticos descartáveis entre 2021 e 2024 — queda de 325,8 mil unidades para 74,8 mil por ano, o que representa uma redução de 1,7 tonelada de plástico e a mitigação de até 5 toneladas de CO₂, considerando a pegada de carbono do material.
Embora seja uma medida simples do ponto de vista operacional, o impacto é significativo, tanto ambientalmente quanto no fortalecimento da cultura organizacional. “Sustentabilidade precisa ser incorporada às rotinas, não apenas às estratégias. Quando uma prática se torna hábito, ela gera impacto estrutural”, pontuou Lavor.
Logística sustentável e ciclo regenerativo
A descarbonização também avança na cadeia logística. A companhia opera rotas abastecidas por caminhões movidos a B100 — biodiesel puro —, reforçando um ciclo produtivo no qual energia limpa é gerada e distribuída por meio de fontes igualmente sustentáveis. “Essa é uma demonstração prática de que o setor de biocombustíveis não apenas fornece soluções para a transição energética, como também adota esses princípios no seu próprio modelo de operação”, ressaltou o executivo.
O movimento da Binatural acontece em um momento crítico para a pauta climática global, especialmente com a aproximação da COP30, que será realizada no Brasil, em 2025. Para Lavor, o protagonismo do setor privado será determinante na construção de soluções para os desafios da transição energética.