Com mais de meio século de atuação no setor de climatização e um crescimento acelerado no mercado solar, a Adias Sol.Ar. está reposicionando sua estratégia para se tornar um dos principais hubs de soluções energéticas e financeiras do país. A empresa, que já cresceu 300% no segmento solar desde 2021, projeta atingir R$ 1 bilhão em faturamento até o fim de 2026, apoiada em um modelo de negócios baseado em tecnologia, capilaridade logística e serviços financeiros integrados.
Sob a liderança dos irmãos Bruno e Rafael Dias, representantes da terceira geração da família fundadora, e do sócio Eduardo Klepacz, a Adias aposta em um ecossistema empresarial diversificado. A principal novidade é o lançamento do Adias Bank, plataforma financeira criada para atender os mais de 18 mil integradores cadastrados — principal canal da empresa com o consumidor final.
“Estamos integrando soluções de crédito diretamente na jornada de vendas. A operação-piloto com o BTG Pactual, em parceria com a fintech Nura, marca um novo estágio na experiência de compra de soluções solares no Brasil”, afirma Bruno Dias.
A Nura, por sua vez, está em fase de expansão com o apoio de uma nova parceria com a Odyssey, empresa norte-americana especializada em gestão de crédito e análise de risco. O acordo prevê o uso de tecnologia avançada para avaliação de integradores, além da estruturação de linhas de financiamento com bancos e agências de fomento. “Mais do que conceder crédito, queremos aumentar a qualificação dos integradores e oferecer segurança às instituições financeiras. Isso é essencial para a maturidade do setor”, complementa Bruno.
Logística como vantagem competitiva
Para sustentar o crescimento, a Adias está reforçando sua estrutura logística. Além do centro de distribuição em São Paulo, a companhia está abrindo novas unidades na Bahia, Espírito Santo, Campo Grande e Tocantins. O objetivo é descentralizar a operação e reduzir custos com transporte. “Essas bases híbridas atendem tanto a climatização quanto à energia solar. Com isso, ganhamos agilidade, ampliamos nossa capilaridade e melhoramos o nível de serviço”, explica Rafael Dias.
Outro vetor estratégico é a entrada da empresa no mercado de baterias de armazenamento de energia, com foco no público residencial. A previsão é lançar no segundo semestre kits acessíveis a partir de R$ 8 mil, voltados inclusive a consumidores sem sistemas solares instalados. “A demanda por autonomia energética está crescendo. Esse será um mercado importante e vamos atuar com soluções viáveis e seguras”, diz Eduardo Klepacz.
Parceria internacional e escala global
Durante a Intersolar Europe 2025, em Munique, a Adias anunciou seu maior contrato até hoje: um acordo de fornecimento com a chinesa Ronma para importar 600 megawatts em placas solares, com valor superior a R$ 600 milhões. “Nosso foco é estar alinhado com os principais fornecedores globais. Continuaremos viajando para China e Europa em busca de soluções que nos mantenham na vanguarda tecnológica”, reforça Eduardo.
Desde 2016, a Adias Sol.Ar. passou por uma profunda transformação digital. O modelo de negócios foi profissionalizado, plataformas comerciais foram automatizadas e a empresa criou uma robusta trilha de capacitação. Só em 2024, foram realizados 147 treinamentos presenciais em 70 cidades.
A sede em São Paulo também está sendo modernizada. O novo showroom, na Várzea da Barra Funda, será um hub de relacionamento e loja-conceito, voltado para clientes, integradores e parceiros comerciais.
Fundada em 1969 por Aparecido Dias, que trocou os eletrodomésticos por climatizadores, a Adias consolidou seu modelo de distribuição sob o comando de Gerson Dias, e agora vive seu momento mais inovador com a atual gestão. “Temos uma cultura de escuta ativa, responsabilidade e compromisso com nossos parceiros. Isso é o que sustenta nosso crescimento”, resume Rafael Dias.
Com foco em resultado, eficiência e inovação, a Adias Sol.Ar. se firma como uma potência emergente no mercado de energia distribuída e soluções financeiras — um modelo de negócios adaptável, escalável e atento às novas demandas do setor energético brasileiro.